segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sertanejo Play - Capítulo 3 (a retratação e as novas amizades)

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O segundo do dia - que acabaria com o show - no Sertanejo Play, além de ser dedicado às óbvias retratações pelas cacas da véspera, foi o dia de conhecer novas pessoas. Como a noite anterior eu havia jogado no ralo da História e da memória, pelo menos pra mim, agora que era hora de fazer, acontecer e justificar minha presença ali.



Samuca Produções e a elite da blogosfera sertaneja: Mauricio Ferigato, Timpin, Yago Boufleuer, Renato Murakawa e Marcus Blognejo. Faltou só o Boi Brasil, que estava piriguetando pelo ambiente.

O primeiro a conhecer eu só fui saber quem era depois, mas achei muito nobre sua atitude. Eu estava arrasado no saguão do hotel, estirado no sofá e lendo meu livro "Humano, demasiado humano", do filósofo bigodudo e alemão Friedrich Nietzsche, quando ele veio e cumprimentou-me espontaneamente. Como eu sabia que ele estava no palco na fatídica noite anterior, isso foi um sinal de que ele não tinha em sua mente a imagem espelho de que eu era o mais completo bosta. Quem era ele? O produtor Eduardo Pepato, encarregado pelos arranjos do espetáculo. Dali em diante saquei para comigo, taí um cara humano, demasiado humano.

Quando chegou o meio dia, a equipe da blogosfera desceu de seus quartos, chamou-me e comunicou-me que eu era persona non grata no evento e desaconselhavam inclusive minha presença no almoço. Para meu bem, seria melhor comer por ali mesmo, em alguma lanchonete nos arredores. Marcus Blognejo era o mais enfático quanto a isso. Como, muito mais do que vergonha na cara, eu tenho uma honra a defender e nunca me eximo da responsabilidade pelos meus atos, fui com eles.

No restaurante, após a refeição, fui lá fora fumar um cigarro digestivo junto a segunda pessoa bacana que conheci, o empresário e produtor Juninho, da dupla Jads & Jadson. Perguntei se era realmente verdade tudo o que estavam falando que eu tinha aprontado na noite anterior.

- Rapaz, foi disso pra pior! Tinham que fazer uma corrente de neguinhos em tua volta. Cara, tava muito doidão!
- Puta merda, vou ter que me retratar com o povo. O pior é que nem sei como começar a me desculpar, porque não de lembro de porra nenhuma.
- pode começar a retratação me pagando os mil reais que te emprestei ontem, você não lembra não?

Na mesa, enquanto comia, prestava muita atenção nas conversas do cantor Paulo Sérgio, que faz dupla com Marco Aurélio. Entendam, eu tenho uma intuição quase feminina. No ato me liguei que estava diante de uma pessoa com um enorme coração, uma alma muito especial. Essa suspeita confirmou-se quando, logo ao chegar ao local do evento, fui desculpar-me com a assessora Patricia Decarli. Paulo Sergio de presto prontificou-se a defender-me, dizendo que havia sido uma gafe pontual e que eu não era aquela pessoa que eles tinha visto na época. Um abraço, uma troca de beijos e bola pra frente, disse Paty. Pediu pra mim esquecer tudo.

- Mas como vou esquecer de uma coisa que não lembro?
- Então está resolvido, uai!

O próximo contato era bem mais tenso. Tratava-se de encarar o sócio de Ivan Miyazato, Alexandre Souto, o homem que através de uma ligação, quando eu ainda estava em viagem pelo sertão nordestino, havia me convidado para estar ali. E mais! O homem que havia ligado para o Marcus avisando que não queria ver minha carinha loira deslavada por lá. Depois de algumas horas ele encontrou-me todo encolhido, sentado nos degraus de uma escada. Depois de um rápido sermão, acabou por dar-me a mão e desejar-me tudo de bom. Ufa! Chegou me afrouxar as tripas, fui correndo dali para o banheiro mais próximo.

Mais tarde apareceu por lá o cara que na verdade tinha sido o primeiro a conhecer, o multi-tarefa que, além de desenrolar qualquer coisa que precisássemos, ainda agencia o cantor e compositor iniciante Eddy Matos, que atualmente trabalha seu disco intitulado A Mistura. Estamos falando de João Lourenço, ou Joe Lorentz, como imediatamente passei a chamá-lo. Atualmente morando em Uberlândia, tivemos bons momentos de descontração contando velhas histórias da antiga formação do Grupo Tradição, já que ele tinha trabalhado com a banda.

O dia já estava chegando ao fim quando ele, a lenda, o mito, a figura,o cara que está batendo nos vinte mil seguidores no Twitter, a explosão de energia e carisma chamado Samuca Produções apareceu por lá, tirando sarro da minha cara, por causa da manguaça histórica da noite anterior. Se haviam algumas pessoas ali que não estavam sabendo do ocorrido, agora estavam cientes de tudo, via palestras informais e stand ups de Samuca, Samú para os íntimos. Além de me filar uns quatro ou cinco cigarros meus, convenceu-me que sua simpatia comigo era sincera e que ali estava nascendo uma grande amizade. E potenciais novas aventuras, como vocês por fim descobrirão no capítulo final desta saga. Aguarde e confie.

A cereja do bolo foi quando um maluco cumprimentou-me do nada, quando eu estava mexendo no computador. Ele estava com outro cara e visivelmente tinham pinta de dupla sertaneja. Perguntei pro Marcão quem era e qual não foi minha supresa ao saber que se tratava de Thiago Machado & Rafael. Explico a surpresa. O meu blog de downloads sertanejos predileto é o Modão MS. O único problema do blog é que todo e qualquer disco que você baixe, vem com uma, duas ou três faixas bônus desta dupla. Depois, em conversa com Gabriel Orriz, o dono do Modão MS, descobri que a dupla era empresariada pelo blogueiro. Não deixei barato, chamei os caras.

- Ô seu filha de uma mãe, chegue aqui!
- O que foi?
- Sabia que todo disco que baixo do meu blog de downs predileto vem musicas suas? Conhece o Gabriel Orriz?
- É nosso chefe, !

Dali pra frente foram muitas risadas, aguns tenerés que filei de Joe Lorentz e Samuca e uma foto muito zuada com a dupla agora famosa Thiago Machado & Rafael. Os viadinhos também me filaram alguns cigarros. Mas o que levaram, confesso aqui, foram alguns exemplares da minha carteira de reserva de Classic do Paraguai. Sacaneei os caras, ora xongas!

O clima na janta estava bem mais leve que no almoço, assim como minha alma, que estava bem mais aliviada. Era a noite decisiva, a noite do show do Sertanejo Plays e eu estava transbordando amor e gratidão, por todos os poros do corpo. Não só para os artistas do evento, mas acima de tudo para mim, era uma noite muito especial e decisiva. Era agora ou nunca! E como eu já tinha observado pelo que vi e ouvi nos ensaios, uma noite de boa música.

5 comentários:

Histórias a parte, belíssimo texto. Sou seu fã!

éé TERERÉ velho timpin...teneré é uma moto da yamaha porra!!!!rsrsrsrs

Ahhhh você também fez amizade com o Trio Villa Baggage esqueceu de citar isso hein...Timpin "D beijos

que bom que tudo acabou bem.. vc agiu certo e ai ganhou a confiança de todos. é assim que tem que ser . assumir as falhas e seguir em frente. sou sua fã.

Essas tuas cachaçadas são sempre faraônicas,timpas. Grazadeus tô longe, kkkkkk

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