Já disseram que os desprivilegiados tem quase sempre, muito mais do que os outros, uma inclinação pela ruptura, pela renovação, porque pouco tem a perder e daí ficam naturalmente dispostos a propôr a mudanças. Claro que a galera de Belém, com seus computadores muitas vezes toscos e com conexões precárias, mas mesmo assim em rede. inventaria uma revolução. Os antenados cantam essa pedra desde 2005.
Só que antes o que atraía a atenção era o exotismo "conceitual" de uma cena eletrônica amazonense e que ainda por cima tinha o brega como matriz. Agora o que atrai a atenção é o som, a musica e nada mais além dela. Antes, onze de cada dez autores de artigos elogiosos ao tecnobrega, não escutavam tecnobrega em casa e nos shows, assistiam como quem assiste um novo espécime africano dos macaquinhos bonobos. Agora, esses onze autores dançam e requebram ao som do eletro melody.
A invasão paraense na musica pop brasileira é eminente. Os sinais estão por todos os lado e só que é cego não os percebe. Mês passados os músicos paraenses lotaram duas noites seguidas o Auditório do Ibirapuera com o espetáculo Terruá Pará 2011. Fim de semana passada Gaby Aamarantos e o Dj Waldo Squash fizeram o mesmo no Rio de Janeiro, desta vez no bar Dancing Cheetah. Abaixo, um video com um resumo da apresentação dos dois. Destaque para o frisson que a presença de palco da Gaby causa na platéia.
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