O Rock Nacional Morreu e teve show Sertanejo no Enterro

O sertanejo substituiu o rock como a música consumida pela juventude brasileira. Se esta frase fosse escrita no começo dos anos 90, seria considerada ficção escatológica, mas na atualidade é a mais Pura Realidade.

Exaltasamba Anuncia Pausa na Carreira

Depois de 25 Anos de uma Carreira Brilhante e de Muito Sucesso, o Grupo Exaltasamba anuncia que vai dar uma 'Pausa' na Carreira.

Discoteca Básica - Aviões do Forró Volume 3

O Tempo nunca fez eu te esquecer. A primeira frase da primeira música do Volume 3 do Aviões doForró sintetiza a obra com perfeição: um disco Inesquecível.

Por um Help à Música Sertaneja

Depois de dois anos, João Bosco e Vinicius, de novo conduzidos por Dudu Borges, surgem com mais um trabalho. Só que ao invés de empolgar, como foi o caso de Terremoto, o disco soa indiferente.

Mais uma História Absurda Envolvendo a A3 Entretenimentos

Tudo começou na sexta-feira, quando Flaviane Torres começou uma campanha no Twitter para uma Espécie de flash mob virtual em que os Fãs do Muído deveriam replicar a Tag #ClipSeEuFosseUmGaroto...

sábado, 28 de agosto de 2010

Da série: Comentários que valem por posts



O leitor Robinho da Bahia comentou no post Sobre o preconceito que o Tecnomelody sofre por parte das elites do Pará :

Porra Timpin! Tu bateu seguro véio! "o lamento pela perda do poder do monopólio da emissão de bens culturais." Perfeito!
E ainda desce mais essa: "Os historiadores costumam dizer que quando um produto da cultura popular perde o vigor, passa a ser apreciado pelos especialistas". É por isso que Geraldo Teixeira é cultura, mas não Bruno e Marrone, João Bosco e Vinicius, Vitor e Léo, etc (ops, esses são, afinal tão na Globo). Alcione é cultura, mas Os travessos e Sorriso Maroto não são... Dominguinhos é cultura, mas Aviões, Cavaleiros, Forró do Muído não são... ô raça!


Faltou uma foto do cara para colocar aqui. Este é o cerne da questão. O que se aplica com o tecnomelody em Belém pode ser aplicado em qualquer ritmo verdadeiramente popular por esse Brasilzão.

Lembro que me senti constrangido quando passou na televisão uma cerimônia sobre a Copa de 2014 em que um bando de gringos batiam palminhas para uma apresentação percussiva vocal de uma dezena de branquelos. Fora um cover patético de "Minha Menina" que Os Mutantes lançaram nos anos 60!

Será essa a trilha sonora de 2014?

Francamente...

Alô Robinho! Eu só acrescentaria que Victor & Leo e João Bosco & Vinicius não só ainda não são considerados cultura como nem estão tão assim na Globo. Cadê eles no Criança Esperança desse ano? Até comentei no post que linkei no nome aí.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Direito de Resposta - Rejane Bastos expõe seus argumentos

Segue a réplica de Rejane Bastos, presidente da Associação Amigos do Silêncio, de Belém do Pará à coluna que publiquei no jornal O Liberal nesta última terça-feira. Na coluna em questão, questiono o preconceito que a elite cultural paraense alimenta contra o Tecnomelody. A coluna pode ser lida no post anterior ou clicando aqui.

Ela permitiu a publicação e aceitou abrirmos uma série de debates. Portanto, aguardem minha tréplica.


Prezados,

Li com atenção a matéria e, realmente, não tinha tomado conhecimento da mesma. Ali sim, está retratado o verdadeiro preconceito contra supostas "elites". Minha carta ao Elias que nem de longe é um Diogo Mainardi, pelo contrário, é um jornalista bem talentoso, expressa a opinião, não de um segmento social, mas, de uma coletividade que já está de "saco cheio" de ter suas vidas invadidas pelo som histérico do tecnobrega.

Criou-se no Brasil um preconceito contra as supostas "elites", em especial contra os brancos, esse preconceito sim é que é destilado por pessoas que querem por força de decreto impor sua cultura, e democracia não é isto. As besteiras que o Timóteo falou sobre cor de cabelo, viagens, casacos e etc..., demonstram que na falta de argumento só resta o preconceito, o dele.

Com certeza ele desconhece que a maior parte dos cidadãos que procuraram a Associação Amigos do Silêncio pedindo socorro, é composta pessoas de baixa renda, negras, brancas, ruivas, louras, enfim, todos trabalhadores que exaustos ao chegar em seus lares, não podem sequer ver uma televisão porque os Timpins da vida querem impor sua cultura em decibéis criminosos.

Esse é o grande problema dos fãs do ritmo, querem empurrar pela goela da sociedade um ritmo que não é unanimidade, pelo contrário. Não se trata de ricos ou pobres, trata-se de essência, além de interesses puramente econômicos. As letras são ruins, a melodia super enjoativa e sempre tocada em altíssimos decibéis. Conheço uma infinidade de pobres que detestam o ritmo e uma infinidade de ricos que adoram. A diferença não é classe social, é espiritual e cultural.

Não se vê pelas ruas carros com som potente tocando rock clássico, mpb, samba, música clássica, bossa nova etc... O crime ambiental é, invariavelmente, cometido por fãs do brega em todas as suas modalidades. O tal de Timóteo Timpim, que eu nem sei de quem se trata, deve ser um dos maiores interessados no consumo do gênero, razão pela qual se incomodou tanto com as minhas palavras.

Quanto à crítica por tentarem fazer do ritmo um patrimônio cultural, continua de pé. Uma atividade que está sofrendo uma Ação Civil Pública e que registra os maiores índices de violência e que requer esforço dobrado da polícia retrata o esfacelamento social através de letras que só falam de bobagem, quando não incitam ao crime, tal qual o abominável Funk que invadiu o Rio sem dó nem piedade.

Tenho a impressão que na falta de argumento, este Timpim, contrariado pelas críticas que colaboram para uma reflexão por parte dos senhores deputados antes de votar um projeto a três tapas, resolveu dar uma resposta tardia e sem contexto a uma opinião que não é só a minha, é de uma coletividade, composta pelas classes: A, B e C. Além do mais, interesses imensos e obscuros devem estar por trás de tanto empenho em se aprovar o tombamento do ritmo como patrimônio cultural, tanto é assim que as críticas não são aceitas e rebatidas com preconceito e agressividade, como as do Timpim.

E as heresias continuam, comparar o "carimbó" com a "periquita", que viagem....

Lamento que interesses estejam sendo contrariados e continuo dizendo que estão se preocupando demais com que eu acho e digo, alguma coisa tem por trás disso. Uma coisa é certa, minha palavra tem peso, porque é emitida com bom senso, argumento, dados, e em especial, sem nenhum interesse a não ser o social. A Associação nunca tocou em nenhum tostão e sempre teve um trabalho voluntário em prol da sociedade e com reconhecimento nacional. Sou respeitada pelo que digo, porque tenho argumentos, tanto é assim que já me reuni, inclusive, com donos de aparelhagens e conversamos civilizadamente diversas vezes.

O autor da matéria que citou meu nome, sequer sabe interpretar texto, pois, incluiu o nome da Associação em uma questão onde ficou bem claro que não há preconceitos contra ritmo, e sim, contra crime ambiental e contravenção penal através de decibéis altíssimos em uma cidade campeã nacional em poluição sonora. A opinião sobre o ritmo é da Rejane Bastos, pessoa física, que, aliás, continua inalterada. Não gosto das músicas, nem das letras.

Tenho muito orgulho de ser branca, loura natural - aliás, o que mais tem são bregueiras super oxigenadas, elas sim tentam parecer o que não são, portanto, a contradição na crítica quanto aos cabelos é sem nexo - e pertencer a uma classe que, de fato, viaja, usa casaco e vai pegar um friozinho, como é bom ter a oportunidade de conhecer novas culturas e poder trazer isso para cá, e não sei porque isso tanto incomoda ao Timpim , afinal, a beleza do Brasil está nisso: diversidade de etnias que convivem em harmonia, sem preconceitos e sem disputas raciais ou religiosas, aliás, com certeza, ele nunca fez nem um terço do que eu já fiz pela sociedade, atendendo de graça vítimas de poluição sonora e indo a lugares bem pobres para verificar o tormento em que vivem. Ele também não sabe o que é viver em uma casa de madeira que treme toda quando a festa do brega começa.

Enfim, lamento que o Timpim esteja tendo os interesses contrariados e fique tão aborrecido, só isso explica o trabalho que teve de escrever e de me atacar. Já vi o site de vcs, que são super bonitos, charmosos e talentosos, torço pelo seu sucesso, em especial, se também são contra os decibéis criminosos. Desejo-lhes sorte na trajetória, porém, continua não sendo a minha predileção musical. Como vcs são do Amapá com certeza não estão inteirados do problema de poluição sonora que acomete Belém, não é uma briga de conceitos musicais e de classes sociais, é uma luta contra um crime ambiental que, infelizmente, vem em grande parte via ritmo brega.

Grande abraço,

Rejane Bastos

Sobre o preconceito que o Tecnomelody sofre por parte das elites do Pará

Esse texto foi publicado originalmente na edição de dessa terça-feira (24/08/2010) do jornal paraense O Liberal.



O debate que se formou em torno da aprovação do projeto de lei que transforma o tecnomelody em patrimônio cultural do estado do Pará é a prova de que em termos culturais vivemos em dois países dentro de um só. O primeiro Brasil é aquele que sabe o que é arte e cultura e o segundo não se importa se o que faz e consome é arte e cultura.

O segundo Brasil não sabe que o primeiro existe, ao passo que o primeiro gostaria que o segundo não existisse.

Que ninguém se engane, debaixo da argumentação contra a poluição sonora causada pelas aparelhagens, vendedores ambulantes e apreciadores de tecnomelody existe um subtexto bem claro: o preconceito contra manifestações culturais produzidas de baixo pra cima na pirâmide social.

Uma dos principais esforços para imperdir que o tecnomelody seja reconhecido como cultura popular é empreendido pela Associação Amigos do Silêncio, na pessoa da advogada Rejane Bastos. Em maio, quando o projeto de lei esteve em votação na Assembléia Legislativa, ela publicou na imprensa uma carta indignada que transborda preconceito de classe a cada frase infeliz.

Logo no segundo parágrafo ela pede licença para emitir sua opinião pessoal e declara que acha "...um desrespeito ao povo paraense, em geral, ter sua imagem associada ao tecnobrega, ritmo tão ruim quanto o funk e o axé". Trata-se do velho maniqueismo de nossas elites, que acha-se no direito de definir o que é bom, o que é o ruim e o que o povo deve consumir. E também, naturalmente, o lamento pela perda do poder do monopólio da emissão de bens culturais. Agora é o povo que decide o que quer consumir.

Mais pra frente afirma que o próprio nome do ritmo é um "desrespeito ao brega clássico dos excelentes Wando, Reginaldo Rossi e Odair José". Quer dizer que a distância do tempo necessariamente qualifica uma obra? Os historiadores costumam dizer que quando um produto da cultura popular perde o vigor, passa a ser apreciado pelos especialistas. Tudo o que é morto é inofensivo. E o tecnomelody está bem vivo, daí o incômodo.

Outro argumento que os detratores do movimento costumam usar é o ritmo estimula a baderna e o distúrbio da ordem social.

Engraçado. O Carimbó é atualmente considerado a manifestação cultural paraense por exelência. Ocorre que no final do século XIX ele era proibido de ser tocado, sob a argumentação de que os batuques e os versos gritados estimulavam - veja só - a baderna e o distúrbio.

Mas o ponto alto e mais emblemático da carta da Dra. Rejane Bastos é quando ela afirma que a verdadeira Belém é a "que ainda se vê nos casarões conservados, que dão uma pálida idéia do altíssimo nível das raizes do nosso povo". Nessa frase a advogada revela quem ela representa. Ela representa uma elite que - como diz o jornalista paraense Vladimir cunha - não gosta de ser ligada ao índio, ao negro, ao povo ribeirinho, ao morador da periferia. Uma elite que nega seus traços índios, pinta o cabelo de loiro, sonha em morar em condomínios fechados, passar frio, usar casaco.

Para essa gente, o tecnomelody lhe faz lembrar que ao redor das ilhas de conforto que ela ergueu, e nas quais perpetua a sua ilusão de embranquecimento e de pertencimento a uma realidade que não pode ser replicada numa cidade pobre e caótica como Belém, existe uma gente "feia", de pele escura, "mal-educada", "mal-vestida" e que ouve essa música dura, sexual, rude e que fere os ouvidos.

Uma coisa no entanto deve aqui ficar clara. Não se trata de defender a institucionalização do tecnomelody como cultura. O tecnomelody não precisa disso, ele aprendeu a se virar sozinho. Quando o colunista do jornal que cedeu seu espaço à publicação da carta da Dra. Rejane - um Diogo Mainardi sem o dom - pelo tom de sua retórica esperava uma resposta. Ela demorou um pouco, mas aí está.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A hora e a vez de Gaby Amarantos



Texto publicado originalmente como Coluna do Timpin no jornal paraense O Liberal no dia 16 de agosto de 2009

Gaby Amarantos está por cima da carne seca. No caso, charque com açaí e farofa, que é seu prato predileto. Dos artistas envolvidos no Movimento Tecnomelody, que terá o DVD que foi gravado em dezembro do ano passado lançado pela Som Livre em setembro, Gaby e sua Tecnoshow é o primeiro artista a despontar para o sucesso no sul.

No último dia 10 ela se apresentou no Sesc Pompéia para um público acostumado a atrações por assim dizer, cerebrais. Tratava-se de um desafio e tanto para uma artista que se criou fazendo shows em periferias. Um desafio não só para Gaby como para o movimento tecnomelody em si, que vive o momento de sair do gueto para o sucesso nacional.

O show começou com uma platéia meio que relutante em se entregar por completo ao ritmo contagiante do Ttecnomelody, no entanto após muitas reboladas – com direito a calcinha rasgada – todos estavam dançando, numa demonstração de que aqui no Brasil, existe também um principio de debate semelhante ao que ocorre em torno de Lady Gaga: os limites, se é que existem, entre o cafona e a arte.

É um absurdo o fato desta questão ainda ser debatida. Não resta dúvida que o Tecnomelody é arte no seu estado mais puro. Trata-se de um ritmo eletrônico genuinamente brasileiro, rico em sua genealogia – carimbó, calypso, lambada, guitarradas – e moderníssimo no que tange aos aspectos sociológicos, devido a maneira inédita com que se consolidou enquanto movimento.

O jornalista Danilo Saraiva, do Portal Terra, escreveu em sua coluna que Gaby “serve tanto para a Daslu como para a periferia e que ela é um exemplo do multiculturalismo que uma cidade como São Paulo se gaba de ter”. Aliás, deve-se acrescentar, multiculturalismo que pode-se aplicar ao Brasil inteiro, antropofágico por definição.

A escalada do sucesso de Gaby Amarantos é algo que impressiona. Nos últimos meses a ocorrencia do nome dela em resultados de pesquisa no Google deu um salto significativo, assim como sua presença em programas televisivos. Já apareceu no Video Show, Faustão, Ana Maria Braga e no próximo dia 4 estará no Altas Horas de Serginho Groissman. É a hora e a vez da Gaby.

Trata-se da coroação de uma carreira recheada de percalços, como a expulsão do coral de igreja em que estreou como cantora, por pura inveja ou então a saída de sua primeira banda, a Quero Mais, num típico caso “ou ela ou eu”. No episódio do furto das músicas da Banda Ravelly, por parte dos baianos da Djavú, ela foi uma das mais ferrenhas lutadoras, recebendo inclusive ameaças da produção da banda da Bahia.

Mas isso agora é coisa do passado. Desde que surpreendeu a todos no festival recifense Recbeat – onde atraiu uma platéia de 30 mil pessoas para uma média de 5 mil no festival – e que popularizou na Internet seu hit “Hoje eu tô solteira”, originalmente da Beyoncé, o tempo agora é de paradas de sucesso.

Gaby se apresenta atualmente com sua própria aparelhagem, o valor de seus shows mais do que triplicou, sua agenda está lotadíssima e seu próximo disco está sendo aguardado com ansiedade por todos, pois será produzido por Carlos Eduardo Miranda – popularizado pelo fato de participar do júri do programa Astros, mas que tem uma carreira longa e é considerado um dos maiores produtores do Brasil – mais os descolados Kassin e Berna Ceppas, da Orquestra Imperial.

O disco será lançado no exterior através de um selo independente. Na saída do show no Sesc, Miranda ficou impressionado com a quantidade de hits: “- Pô Gaby, vai ser deficil escolher as músicas do disco, só tem hit!”. Num mundo globalizado onde o inusitado não dá tréguas, a Beyoncé original que se cuide.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cabaré do Arthur - Quando o DNA diz que aqui está

Numa inédita demonstração de adesão ao jabá, venho aqui divulgar o blog do meu filho, Arthur de sete anos. Trata-se, digamos assim, de uma nova visão acerca da Musica Original Brasileira.




Acompanhem e com o tempo observem que o trombadinha tem sensibilidade musical. Além de ser um dançarino nato.

Confiram o novíssimo Cabaré do Arthur

Comentem, porque se existe algo que deixa um blogueiro novato FELIZÃO, são os comentários.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um olhar sobre a Música Original Brasileira

Após intensas e acaloradas discussões, consegui que os editores do jornal O Liberal autorizassem a publicação, neste distinto cabaré, das colunas que escrevo para o supracitado jornal. Apresento para vocês então, minha primeira coluna. Trata-se de uma breve apresentação e um resumo do que penso sobre a música brasileira.

De noite ou no máximo amanhã posto a segunda coluna.

Em tempo: fui autorizado a comprar briga com um povinho mala de Belém na terceira coluna. Ela sairá no sábado.


Um olhar sobre a Música Original Brasileira




Olá pessoal! É com muito orgulho que inauguro aqui minha coluna semanal neste jornal. Antes de mais nada, uma breve apresentação. O leitor deve estar se perguntando – quem é Timpin? A resposta poderia ser algo como:

Um cara aí, surgido das profundezas do nada e que, numa tarde de sábado, tomando cerveja e escutando Tchê Garotos, Fernando & Sorocaba e Aviões do Forró, bateu os olhos na capa do livro Além do Bem e do Mal, de Friedrich Nietzsche e teve uma epifania: "Será que existiam mais pessoas como ele, que escutavam ritmos verdadeiramente populares e que gostassem de ler?"

Como de resto a maiora das epifanias, a minha também foi seguida por uma cabulosa rede de sincronicidades, como se um gatilho tivesse sido apertado.

Na segunda-feira, ao chegar no trabalho e acessar o blog do jornalista André Forastieri, lá estava o texto noticiando que ele havia sido contratado pela MTV para tocar um novo blog musical. E esse blog, segundo ele, seria criado pela multidão e quem apresentasse uma proposta bacana, teria seu espaço. Apresentei a proposta de uma coluna semanal falando sobre ritmos populares de maneira respeitosa, como se fosse música pop como qualquer outra. Ganhei meu espaço e desde abril do ano passado estou, fazendo alguns barulhos, escrevendo sobre o que gosto, conhecendo certos amigos e escolhendo os inimigos certos. E me divertindo muito, naturalmente.

Minha aproximação com a música do Pará se deu inicialmente com a admiração pelo trabalho da banda Calypso e se efetuou em definitivo com minha indignação diante da apropriação indevida do Tecnomelody por parte dos baianos da banda Djavú. Passei alguns meses investigando o caso, fazendo muitos telefonemas e preparando uma matéria que denunciasse o caso.

Em dezembo do ano passado concluí minhas investigações e publiquei no blog BiS MTV a reportagem Watergate do Tecnobrega. Mas não me limitei a isso. Fiz divesas ligações para diversos jornais para que o caso repercutisse. Foi assim que acabei conhecendo a produtora Meg Martins, que me conseguiu esse espaço no jornal O Liberal.

Aqui o leitor se informará sobre o que o povo brasileiro anda produzindo em termos de música originalmente brasileira. Desde o principio, fui motivado pela percepção de que os ritmos verdadeiramente populares, como o brega, forró, axé, pagode ou sertanejo, não recebiam a mesma atenção e repeito por parte da crítica cultural como por exemplo, o samba, a bossa nova e a MPB, que venhamos e convenhamos, de popular não tem nada.

Vivemos num país com uma riqueza musical sem par no planeta e essa riqueza é desprezada pela crítica cultural como uma coisa menor, fruto de um povo brejeiro. Isso só acontece aqui. Pegue-se como exemplo um país como os Estados Unidos, eles pegaram o blues dos pretos - e olhe que eles eram e são mais racistas que nós! - e transformaram no rock n' roll. Por lá a música popular é folk, aqui no Brasil não é nada, não exite sequer um termo que englobe e contextualize gêneros como o forró, o calypso e o sertanejo.

Eu costumo chamar de Música Original Braileira, numa clara oposição a Música Popular Brasileira, um rótulo que com os anos ficou vazio de significado e numa tentativa quase quixotesca de mudar a mentalidade de nossas elites culturais. Claro que não vou mudar o mundo com uma coluna semanal. Mas pelo menos, quero que pessoas como eu, tenham possilidade de ler artigos escritos com empenho e seriedade sobre seus artistas preferidos.

O estado do Pará já presenteou o Brasil com a Lambada, com o trabalho sensacional da Banda Calypso e está na eminência de exportar um novo ritmo, o Tecnomelody. Esta coluna se propõe a informar o leitor sobre esses e demais gêneros populares. Um forte abraço e até a semana que vem

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma palhinha da coluna sobre a Gaby Amarantos

Se clicar aqui dá pra ler pelo menos o começo da matéria.

Gaby Amarantos conquista indies e moderninhos

Hoje será publicada minha segunda coluna no Jornal O Liberal.

Como ainda não acertei com eles os direitos para publicar também aqui no blog e como a leitura completa dos textos on line só é permitida para assinantes, vou republicar aqui uma resenha do show da Gaby Amarantos - que é o tema da minha coluna de hoje - para não deixar os frequentadores deste distinto Cabaré a ver navios.



Por: Danilo Saraiva
Direto de São Paulo - Portal Terra


"Amanhã no Sesc Pompeia tem bagaceira e sapatos com leed, tecnomelody do autêntico do Pará. E de grátis", prometeu Gaby Amarantos, auto-intitulada Beyoncé do Pará, musa do Tecnobrega, um dia antes de se apresentar em São Paulo, pela primeira vez no projeto Prata da Casa, no Sesc Pompeia.

A cantora, febre na internet depois de ter lançado o hit Tô Solteira, uma versão pra lá de festiva de Single Ladies, hit de Beyoncé, subiu ao palco com seus sapatos repletos de luzes piscantes, ainda que só o salto tenha funcionado da forma desejada, como ela mesmo citou - e reclamou - no começo da apresentação.

Mas se no Pará Gaby Amarantos consegue reunir multidões com seus hits absurdamente cafonas, em São Paulo, uma plateia um pouco mais seletiva foi acompanhar seu trabalho. Indies e moderninhos se amontoaram, talvez para a surpresa de Gaby, que pras "bandas" de cá só tornou-se famosa graças a uns tantos vídeos disponíveis no You Tube.

O público paulistano, aliás, embarca pouco na onda da nova popstar, apesar dos esforços da musa em conseguir uma reação um pouco mais acalorada do que as mãos pra cima ou as câmeras digitais em punho. Apesar do enorme carisma, Gaby ainda enfrenta a dificuldade de ver um público acostumado com atrações cerebrais se entregar por completo aos seus hits contagiantes.

Esse é, aliás, o problema da plateia paulistana: num primeiro momento, é preciso ter muito jogo de cintura para fazer todo mundo embarcar. Após muitas reboladas, vai-e-vem e até uma calcinha rasgada de tanto dançar, Gaby consegue dominar todo mundo de tal forma, que não há mais como distinguir o que é cafona do que é conceito. Gaby serve tanto para a Daslu como para a periferia. Em São Paulo, ela é o exemplo perfeito de multiculturalismo, algo que a cidade tanto se gaba de possuir - ainda que tenha uma certa vergonha dessa entrega.

A estrela, no Pará, é quase tão popular quanto seus companheiros do Calypso, a quem ela disse, "pelo amor de Deus", não tem nenhuma competição. Em São Paulo, ela tenta um lugar ao sol.

Lá pro final, um improvável dueto com Daniel Peixoto, vocalista da banda indie Montage, além de Fafá de Belém, também do Belém do Pará, que surgiu como atração surpresa e arrasou na dobradinha de Beba Doida, outro hit da web da estrela. No bis, uma homenagem a Fafá, numa versão "tecnobrega" de Vermelho, cantada em coro pelos moderninhos.

Na saída, reunião com fãs - muitos - e um roupão prateado para cobrir o figurino ousado. Em seu segundo show em São Paulo, Gaby Amarantos, a Beyoncé do Pará, finalmente fez algum alarde.

Na capital, ela se reunirá com Miranda, um dos jurados do Qual é o Seu Talento? e Kassin, o produtor hype da Orquestra Imperial, para começar as gravações de seu próximo disco. Tenho a leve impressão que ainda ouviremos falar muito dela.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Timpin agora é colunista do jornal O Liberal, de Belém do Pará



Quem me segue no Twitter ( @cabaredotimpin )já sabe, desde a semana passada que virei colunista no jornal O Liberal, de Belém do Pará. A primeira coluna foi impressa no jornal da terça-feira. No sábado era pra sair minha segunda coluna, mas por problemas de espaço, acabou não saindo. Para que a coitadinha não fique perdida nos escombros digitais das caixas de e-mail, vou postar aqui para que vocês possam ver.

É necessário levar em conta que foi escrita para o público paraense e no dia 14 de agosto, no caso sábado passado. Assim que obter autorização do pessoal d´O Liberal, posto as outras aqui também.


Magníficos e Garota Safada - um encontro de gerações

No show que ocorrerá amanhã no Cidade Folia, Belém terá a oportunidade de assistir os shows de dois grandes expoentes de duas importantíssimas gerações da história do forró. A geração que modernizou e popularizou definitivamente o gênero é representada pela banda Magníficos. Já a atual geração, que está pela bola oito de estourar nacionalmente, tem na Garota Safada, sua principal aposta.

Os veteranos da Banda Magníficos estão comerando 20 anos de uma carreira que é emblemática acerca do quanto a música pode ser um meio de ascenção social e uma fonte de belíssimas histórias de vida. E também do que pode acontecer quando se dá um instrumento musical para uma criança pobre.

Foi o caso do moleque Jotinha que morava em Monteiro, no interior da Paraíba e ganhou de seu pai uma safona de 60 baixos. Enquanto trabalhava como engraxate e vendedor de picolé, foi tentando tirar clássicos como "Asa Branca" e "Mulher Rendeira" e acabou dominar com maestria o intrumento, a ponto de animar seus irmãos a também aprenderem a tocar algo e montarem uma banda.

Entre esse começo casual e a gravação do primeiro CD independente em 1995 foram cinco anos de trabalho árduo e de uma esperta administração por parte de Jotinha, que investia na banda tudo que ganhava do seu emprego de menor estagiário, que conseguiu no Banco do Brasil aos quinze anos. Tanto que parou de tocar para apenas empresariar a banda, já com o nome Magníficos que ele achou num dicionário.

O primeiro disco fez sucesso apenas nas cidades vizinhas, mas o segundo foi um grande sucesso em todo o nordeste, puxado pelo hit "Meu Tesão é você" e no terceiro já estava na Sony Music. De lá pra cá a banda sempre manteve sua vitalidade e relevância no mercado. Hoje à noite apresenta no Cidade Folia seu show da turnê A Preferida do Brasil, na qual - segundo a vocalista Walkíria Santos - o romantismo impera. No repertório, as três músicas novas que estão sendo muito bem aceitas pelo público: "Diamantes", "Vou Chorar" e "Tá na Cara".

Mas atração da noite que promete arrastar uma multidão para o Forró Fest é o next big thing - termo usado na imprensa extrangeira que numa tradução livre soaria como "próxima grande banda" - do forró, a Garota Safada. Isso se já não é a maior banda da atualidade. No mês do São João foram mais de cinquenta shows. Todos eles concorridíssimos e com lotação esgotada.

Na esteira sucesso arrasa-quarteirão de "Tentativas em Vão" apresentará nesta noite seu novo repertório, capitaneado pela nova música de trabalho "Escravo do Amor", que já recorde de downloads em diversos servidores da Internet.

Aparentemente o som da Garota Safada não tem muita coisa de inovador. Onde está então o diferencial? Sem a menor sombra de dúvidas na figura de seu vocalista Wesley Safadão, que reúne talento, carisma, juventude, beleza e uma forte presença de palco. Mas não é só isso. O megasucesso da banda também se deve ao trabalho de formiguinha empreendido pela nova geração de fãs conectados nas redes sociais. Geração composta majoritariamente por meninhas que passam o dia inteiro escutando Garota Safada e enaltecendo os dotes físicos de seu vocalista de cabeleira fashion twitando, no Orkut ou no MSN.

E as meninhas adoram a bunda de Wesley Safadão. As menininhas veneram a bunda de Wesley Safadão. Estou falando aqui de uma faixa etária para a música realmente importa em suas vidas.

A festa de hoje promente esquentar. O passado sempre presente e o futuro forró reperesentados por essas duas bandas que não costumam fazer feio, a Garota Safada com seu repertório constatntemente renovado e a Magníficos com músicas inteiramente próprias, o que não é comum no meio. Pensar em faltar a uma balada dessas seria como tentar viver sem respirar ou apagar a chama de um vulcão. Pena que não estou em Belém.

sábado, 14 de agosto de 2010

Nenhum Sentido - Algumas questões intrigantes sobre as atrações do Criança Esperança 2010



- Existe história mais mal contada do que a desistência da Xuxa?

- O sertanejo nunca esteve tão em alta no Brasil. Porquê escalaram apenas Luan Santana e Paula Fernandes?

- A ausência de Victor & Leo (fora Jorge & Mateus, João Bosco & Vinicius e Fernando & Sorocaba, que são os que mais fazem sucesso na atualidade) não é um absurdo completo?

- Os Aviões do Forró fecharam um acordo ultra arriscado para sua carreira com a Som Livre justamente para participar de eventos assim. A questão é: porquê Dominguinhos vai se apresentar e não os Aviões.

- A Banda Calypso está completando dez anos de carreira e tem um público consolidado e fiel em todo os páis. Porquê Chimbinha e Joelma não estarão no palco.

- Da Bahia trouxeram Leo Santana com o infame Rebolation. Mas as músicas do carnaval baiano que mais bombaram naturalmente (porque Rebolation foi enfiada guela baixo via mega campanha de marketing)foram "Pense em Mim" na interpretação da cheiro de Amor e "Saia e Bicicletinha" que foi startada pelos mineiros da Kaçamba e ganhou repercussão nacional via zilhões de bandas baianas. Cadê eles?

- Charlie Brown Jr? Hã! Saúde!

- Não basta o Lenine encher nossas sacos com sua chatíssima música de abertura da Passione ainda teremos que aturá-lo ao vivo?

- Quem é Ana costa? A primeira resposta do Google é um hospital.

Um hospital... Hummmmm!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aviões do Forró e Forró do Muído na Revista Billboard Brasil

A Billboard Brasil, edição de junho, foi histórica. Pela primeira vez uma revista séria de música e de circulação nacional, colocou um artista sertanejo em sua capa: Luan Santana. Pena que não escalaram um profissional da área para fazer a matéria, o que fez com que resultasse extremamente superficial, não analisando a fundo o quanto o fenômeno Luan Santana - e de resto, a nova musica sertaneja inteira - representa para a renovação da música pop brasileira.



Na mesma edição foi publicada uma matéria preparada por alguém mais afim com o tema, o caso de Vladimir Cunha, com uma sensacional análise do atual mercado do forró, dando ênfase aos Aviões do Forró, recentemente contratados pela Som Livre, mas descrevendo também a bagunça que se tornou a questão dos direitos autorais.

Vou postar aqui a transcrição da matéria na íntegra. Vou fazer em duas partes, hoje posto o corpo da matéria e amanhã os apêndiçes, com comentários meus sobre os temas abordados. Polêmicos, vou logo avisando.

Se alguém quiser que eu transcreva a reportagem sobre o Luan Santana, é só dar o toque na caixa de comentários.

Boa leitura!

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Faz um calor dos infernos em São Paulo na noite desta sexta-feira, em abril, mas no boteco do Pinguinzinho ninguém parece estar muito preocupado com isso. Como tantos outros bares da avenida Cruzeiro do Sul, bairro de Santana, o local é ponto de encontro de office-boys, comerciários, empregadas domésticas, motoboys, peões de obra. O som é alto: muito brega, calypso e forró eletr6onico de Calcinha Preta, Saia Rodada, Limão com Mel, Collo de Menina e Gatinha Manhosa. Pela avenina, o vai e vem de ônibus é intenso e destinos como Vila Nova Galvão, Jardim Fontális, Cachoeirinha, Jova Rural e Vista Alegre denunciam o estrato social dos passageiros. Não chega a ser uma vizinhança miserável, mas ela guarda poucas semelhanças com a São Paulo que aspira um dia a ser a Manhatan dos trópicos. As calçadas são mal cuidadas, o lixo se acumula aqui e ali e quase não se veem patrulhas policiais. Na esquina fica a praça construída onde antes era a penitenciária Carandiru. Do outro lado lado da rua - cercado por barracas de churrasquinho de gato e ambulantes vendendo cerveja, vinho barato e vodka com energético -, o Santana Hall, onde a banda Aviões do Forró faz sua primeira apresentação em São Paulo depois de dois anos longe da cidade.

Apesar do nome pomposo, o Santana Hall é a típica casa de shows da periferia. As paredes são encardidas e o chão de lajota está permanentemente úmido por causa do calor e dos copos com resto de bebidas que o público joga no chão. Nos mezaninos, "camarotes VIP" para quem pode pagar um pouco mais e não quer se espremer com o resto do povo na pista de dança. O backstage é acanhado; os camarins, modestos. Quando alguém liga a máquina de gelo seco, uma nuvem de fumaça torna quase impossível enxergar alguma coisa no corredor que dá acesso ao palco.

Sentado em uma cadeira de plástico, Xand Avião, vocalista da banda, aguarda sem parecer se incomodar. Do Santana Hall, segue hoje para uma apresentação em Guarulhos - a rotina de dois shows por noite que o grupo sempre cumpre quando toca em grandes centros. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, os Aviões do Forró são tão populares quanto Ivete Sangalo ou a Banda Calypso. Tocam para platéias que variam entre 10 e 35 mil pessoas e causam comoção por onde passam com seu aparato de palco, ônibus e carretas plotados com o logo e a foto dos cantores do grupo - uma tradição inventada pelas bandas de forró, que competem entre si para ver quem tem a maior infra-extrutura. Sem ônibus (ou carreta) e sem as enormes plotagens com as fotos dos cantores, dificilmente uma banda consegue convencer o público a assistir o seu show. No mundo do forró, o aparato tecnológico é quase tão importante quanto a música. A suposta arte fica em segundo plano. O negócio é show business no sentido mais literal da palavra.

"A questão é quem São Paulo, apesar de tudo, existe preconceito contra o nordestino", respode Xand Avião quando lhe pergunto porque os Aviões não causam tanto barulho no Sudeste. As pessoas podem até ouvir e gostar de forró, mas não assumem isso porque na cabeça deles esse tipo de música está ligado às pessoas mais humildes, ao trabalhador, à doméstica, ao porteiro do prédio. Então elas preferem ignorar o tipo de música que a gente faz. Por isso ele fica restrito à periferia. Mas eu tenho o maior prazer de tocar aqui para essas pessoas. São nordestinos que vieram de longe, que sentem saudades de casa e que matam essa saudade indo a nossos shows. A classe média, a classe alta, eles não vem, tem preconceito."

Faz sentido. Numa cidade onde "baiano" é expressão pejorativa, a desconfiança de que o forró ainda não virou mainstream por questões de preconceito tem sua razão de ser. Se até o brega pop de Belém do Pará conseguiu projeção nacional via Banda Calypso, seguido pelo tecnobrega surrupiado dos paraenses pela Banda Djavu, o que falta para que o forró siga o mesmo caminho?

A resposta pode estar no novo disco dos Aviões do Forró. Depois de oito anos em esquema independente, a banda assinou com uma gravadora. Seu sétimo disco, "Aviões do Forró Volume 7", saiu em maio pela Som Livre. O investimento é alto e prevê apresentações em programas da globo e publicidade maciça. Quem sabe até mesmo música em novela. O objetivo é tirar o grupo do gueto das festas agropecuárias e casas de shows de periferia.

LOGÍSTICA PRÓPRIA

A questão é saber se a gravadora vai conseguir lidar com essa nova configuração de mercado criada pelos grupos populares do chamado Brasil Profundo. Assim como o tecnobrega de Belém, o forró criou seu próprio sistema de produção, distribuição e vendas. No forró, CDs e DVDs não são vendidos, são distribuidos ou dados de brinde na compra de merchandising ou ingressos. Ao planejar uma turnê, a banda mapeia as cidades por onde vai passar. Meses antes das apresentações, um representante do grupo passa por todas elas distribuindo CDs e DVDs. O investimento. O investimento é relativamente baixo. Mil discos custam em média R$500,00 para serem confecionados e rapidamente se multiplicam nas mãos dos camelôs, fàs e pirateiros, até atingir a casa dos milhares. Na semana do show o CD já está tocando na feira, no boteco, na cidade toda... Se der tudo certo, daí para um público de 20 mil pessoas pagando R$15 e R$30 por ingresso é um pulo. Os Aviões do Forró prensam mensalmente 50 mil discos.

Foi dessa forma que Antonio Isaias - um dos sócios dos Aviões do Forró, mais conhecido como Isaias CDs - transformou o grupo numa máquina de fazer dinheiro, estabelecendo uma escala industrial de produção que gerou uma série de outras bandas. Além dos Aviões, somente a A3 entretenimento - empresa que Isaías montou com os empresários Carlos Aristides e André Camurça em 2006 - controla as bandas Forró dos Plays, Forró do Muído, Solterões do Forró e mantém seis casas de shows e duas emissoras de rádio.

Xand Avião admite que sim, houve um choque inicial de interesses da Som Livre e o modelo de negócios adotado pelo grupo. Mas um acordo foi firmado e a banda só poderá manter seu esquema de distribuição gratuita nos seis lançamentos anteriores. O "Volume 7", explica ele, está sendo comercializado de acordo com a estratégia "ortodoxa" das gravadoras.

Difícil entender porque voltar ao convencional se o sistema criado por Isaias rendeu tanto dinheiro e visibilidade para o grupo. "Vale a pena porque a Som Livre é o aval que a gente precisa para crescer ainda mais", responde Xand. "O suporte que a gravadora vai nos dar deve fazer com que a gente saia deste mercado segmentado e alcançe o nível que a Calypso alcançou. Imagino a banda na TV, nos programas de auditório, na trilha das novelas. Quem sabe agora, que os Aviões vão começar a aparecer na Globo, a classe média não passa a gostar da gente?"

Enquanto a classe média não vem, o forró continua do mesmo jeito, nessa de ninguém musical que se formou nos recantos mais distantes do Brasil, onde direitos autorais e patrimoniais são mera abstração. Como não existe um mecanismo regulador, a pirataria pode ao mesmo tempo ser aliada e inimiga. É o que ocorre com a banda Forró do Muído, cuja música "São Amores" - uma versão não autorizada de "Son Amores" da dupla espanhola Andy & Lucas - estourou no norte quando a banda paraense Quero Mais a transformou em tecnobrega. Como sempre acontece nesses casos, passa a ser considerado autor da música o artista que primeiro estoura com ela em determinada região do país. Dependendo da parte do país em que você estiver, "São Amores" pode ser creditada ao Forró do Muído, aos Aviões do Forró, à Banda Djavú ou à Quero Mais.

É um conflito que está longe de se resolver. Até porque boa parte dos discos de forró que circulam longe dos grandes centros é de gravações ao vivo. Como é prática comum o show de uma banda não se limitar apenas às suas composições, quando um disco ao vivo chega aos camelôs, não fica muito claro ao público que músicas são daquele grupo, quais são as versões de sucessos internacionais ou quais são covers de artistas de outros gêneros e regiões do país. Produtores, músicos e empresários alegam desconhecer a procedência desse material, mas o fato é que, além dos CDs distribuídos por empresas como a A3, são as gravações ao vivo que ajudam a banda a massificar seu trabalho nas cidades mais distantes dos grandes centros e a impor como sua, a composição de outro artista.

MAL NECESSÁRIO

Vi o Forró do Muído ao vivo pela primeira vez em um show para 15 mil pessoas, no Parque de Exposições de Imperatriz (MA) em maio de 2009. Naquele momento "São Amores" era, ao mesmo tempo, um dos grandes hits das aparelhagens de tecnobrega de Belém do Pará, nas mãos da Quero Mais, e um sucesso que o Muído carregava em suas apresentações pelo Nordeste. Um período em que, muito antes da Banda Djavú, os paraenses acusavam de transformar em forró os sucessos de tecnobrega e vice-versa. A culpa, como não poderia deixar de ser, era dos misteriosos discos ao vivo, que atribuiam a autoria das músicas a quem estivesse executando no momento da gravação do show.

Por ironia, um dos pontos altos da apresentação do Muído foi durante a música "Ai que vida", cuja autoria muita gente credita ao grupo, mas que na verdade é do compositor Cícero Filho e foi gravada por Lili Araújo e Banda Bali em 2008. "Ai que vida" faz parte da trilha sonora da comédia de mesmo nome, dirigida pelo maranhense Cícero Filho e cultuada no Nordeste depois que caiu nas mãos da pirataria. Impulsionada pelas vendas no camelôs, em uma semana a produção fez, nos cinemas de Teresina, mais dinheiro do que Harry Potter e o Enigma do Principe. Na esteira do sucesso do filme, a música tornou-se febre no Piauí, Tocantins e Maranhão.

Mais tarde, no ônibus da banda, a vocalista Simaria - que desde 2007 divide a sociedade da banda com a irmã Simone, o cantor binha e a A3 Entretenimento - me explicaria que aprender a conviver com a informalidade é a única forma de sobreviver quando se está longe das gravadoras. Ela admite, porém, que o preço a se pagar por essa "ajuda" pode ser amargo demais: a falta de controle de direitos autorais e patrimoniais e a constante confusão na cabeça do público sobre a verdadeira procedência das músicas que consome.

De penetra em um camarim VIP do Santana Hall, observo a turma se espremer na beira do palco enquanto os Aviões do Forró tocam "O mundo gira", seu maior hit, um forró com tema de vingança amorosa cuja letra diz "Pintei o meu cabelo me valorizei / Entrei na academia / Eu malhei, malhei / Dei a volta por cima / E hoje te mostrei meu novo namorado". As mulheres se identificam com a letra e berram o refrão, que funciona como deixa para a vocalista Solange almeida emendar com "Me Adora", de Pitty, aquela do "que você me adora / que me acha foda".

A música termina e Xand Avião reaparece no palco. Pergunta quem é nordestino e quase todo o Santana Hall levanta os braços. Xand então cita nominalmente várias cidades: Fortaleza, Natal, João Pessoa, Sobral, Caruaru... A cada nome, mais gritos da platéia. Nessa noite, no Santana Hall, os Aviões do Forró são a sínteses dos anseios de autoafirmação e identidade do seu público. Agora, com um contrato com a Som Livre, exposição na TV e o sonhado acesso à classe média, é possível que tudo mude. E que encontros como esse, em lugares como o Santana Hall, jamais aconteçam novamente.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Considerações Extemporâneas acerca de Luan Santana enquanto Fenômeno de Mídia de Massa

Para compensar o post colegial sobre Luan Santana na semana passada, eis aqui um post acadêmico sobre o rapaz.



Considerações Extemporâneas acerca de Luan Santana enquanto Fenômeno de Mídia de Massa


1

Luan Santana participou esta semana de um quadro no programa Caceta & Planeta da Rede Globo. O fato evidencia uma clara estratégia das Organizações Globo, que durante muito tempo deteve o monopólio na formação da opinião pública deste país, em tranformá-lo no grande fenômeno de massas por definição. Principalmente entre o público jovem, posto que também participou de Malhação, mas não só.

2

A tendencia mercantil, vigente entre os cantores sertanejos de fazerem cruzeiros transtlânticos, foi deguida também pelos produtores de Luan Santana. Em dezembro será efetuado o cruzeiro do jovem cantor. Correm a mensagens pequenas via twitter que no Cruzeiro, posto que a faixa etária dos viajantes será essencialmente composta por adolescentes, o que implica a proibição de bebidas de teor etílico, algodões doces e tubaínas serão gratuitos, assim como as camas elásticas, que no entanto terão seu tempo de uso limitado a três minutos, para evitar confusões.

3

As recorrentes reclamações quanto ao fato de que Luan Santana não cita o nome de Sorocaba como seu tutor responsável por sua meteórica ascenção nas mídias de massa, por certo momento chegaram a arranhar sua imagem de garoto humilde. Some-se a isso a preocupação de amplos setores do meio sertanejo de que sem os hits de Sorocaba, um eventual disco subsequente de Luan resultasse num retumbante fracasso. O silencio quanto a responsabilidades éticas na relação compositor/cantor, se deu aparentemente por razões contratuais entre diferentes gravadoras. Com a recente contratação da dupla Fernando & Sorocaba, este empecilho será superado e mais um capítulo da História será inuagurado.

4

O evidente extrabismo de Luan Santana acabou por resultar num acalorado debate sobre como pequenos comentários acerca da anatomia de certas celebridades resultam em comoções públicas que ampliam o conceito de relevância da informação, assim como forneceu um riquíssimo mateiral para estudos psicológicos quanto aos instintos primitivos despertados ao arquétipo do ídolo for abordado de formas que não de idolatria destituída de ambiguidades.

5

A dupla de apresentadores Fausto Silva e Xuxa Meneghel, em seus respectivos programas semanais, demostraram um aparente constrangimento e, sob certos aspectos, até uma velada supresa, ao verem suas platéias cantarem as canções de Luan Santana em uníssono, ao passo que eles mesmo, desconheciam os versos. O fato implica a existencia de dois contextos culturais neste país, sendo que um não sabe da existência do outro e o outro não gostaria que o primeiro existisse.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Bandas Djavus causam confusão na cabeça de jornalistas afobados

Alguém aí lembra do Watergate do tecnobrega, que escrevi no final do ano passado? Pois essa semana um dos personagens daquele rolo causaou uma enorme confusão na internet. A principio o jornal da Bahia Folha On Line divulgou a seguinte notícia:


Acidente na BR-116 na Bahia mata o vocalista da banda Dejavú


Seis pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida na manhã deste sábado, em um acidente que aconteceu por volta das 6h30, envolvendo dois carros na BR-116, em Planalto, na Bahia.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, as vítimas de ambos os carros eram componentes de bandas e uma delas estava voltando de um show.

De acordo com a polícia, um dos carros invadiu a contramão e bateu de frente com o outro veículo. O vocalista da banda de tecnobrega, Marcos Costa da Silva, de 29 anos, morreu no acidente, assim como o outro componente da banda, Herbert Almeida Cruz, de 33 anos.

No outro veículo quatro pessoas morreram, entre elas duas dançarinas de outra banda. A única sobrevivente foi Jéssica Mayara Barbosa Nunes, de 18 anos. Ela sofreu traumatismo craniano e está internada no Hospital Geral de Vitória da Conquista.

Folha On Line


Quem leu o Watergate do Tecnobrega está ligado da quantidade de cópias que surgiram da banda Djavu. Logo, um monte de sites trocaram as bolas e anunciaram a morte do cantor errado. O site que mais se confundiu foi o Portal Forrozão, que anunciou como se fosse a morte de Geanderson, cantor da Djavu oficial, ilustrou com a foto do Dejavu do Brasil, que é por assim dizer a "extra-oficial", sendo que na verdade quem morreu foi o cantor da DJ Javu, a cópia da cópia da cópia da cópia.

Para vocês terem uma idéia do naipe da cara de pau dos copiões, vejam a foto da Djavu oficial.



Agora vejam a cópia da cópia da cópia da cópia...




Néfoda?

Mais uma frente de batalha

Fiquem ligados, apartir do próximo domingo serei colunista do jornal O Liberal, lá de Belém do Pará. Além de escrever sobre os ritmos de lá - a saber: calypso, tecnomeloy entre outros - vou abordar também os outros ritmos polulares que abordo aqui no blog, afinal de contas o povo do Pará escuta de tudo.

Conto com vocês para divulgarem esta minha nova empreitada.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Eu sou fã da Janny Laura




Conheci a figura na época em que escrevi meu primeiro texto sobre o Forró do Muído. Ela é fera em criar redes de contatos quentes que rendem informação de alta qualidade. De lá pra cá desenvolvemos uma amizade cativante. Quando o André Forastieri me permitiu que convidasse novas cabeçcas para colunarem no BiS MTV o primeiro nome que veio na cabeça foi a Jannynha.

Adoro o estilo de retórica dela. Dá pra "ouvir" o sotaque nordestino gostoso em suas frases. A terminologia dela é originalíssima. Vivo implorando que ela blogue com mais frenquencia, mas dentre outras virtudes, a danada é humilde.

Desta vez ela emplacou um texto sensacional onde compara a cantora Joelma, da banda Calypso com Lady Gaga. Genial. Vejam o primeiro parágrafo e se curtiram, confiram o resto no Bis MTV.

Essa uma pergunta difícil. Quer dizer, pior que difícil. No mínimo, essa é uma questão muito polêmica, principalmente porque tanto os fãs de Joelma quanto os fãs de Lady Gaga são um pouco “xiitas” (pelo amor de Nossa Senhora do Bom Humor, não me levem a mal!). Mas eu vou opinar mesmo assim, que eu não ganho dinheiro pra ficar calada (nem pra falar também, mas o atrevimento do mundo todinho rodou e parou em mim, fazer o quê, né?)

leiam o resto clicando aqui > Joelma x Lady Gaga

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Revista Pôster de Luan Santana

No mês passado fiz a redação do texto que foi publicado em anexo à revista poster de Luan Santana. Vou mostrar pra vocês, mas já de cara vou alertando que se trata de uma publicação voltada a um público pré-adolescente. Logo, não esperem altos níveis de retórica. A linguagem é bem simples.

A parte dos números de Luan Santana já está bem desatualizada. A quantidade de membros na comunidade do Orkut, por exemplo, já ultrapassou os 300.000 e não pára de crescer. Pelo andar da carruagem, o rapaz vai fechar o ano com a maior comunidade de um artista nacional em toda a rede social.



Introdução

No Brasil já existiram vários ídolos que conquistaram milhões de fãs ensandecidos, mas uma ascenção meteórica como a de Luan Santana é absolutamente inédita. A três anos atrás ele começava sua carreira com um disco que se chamava O Gurizinho, porque ele tinha apenas 16 anos

Hoje já tem admiradores de todas as faixas de idade, pois os pais que acompnham seus filhos nos shows, acabam contagiados pela energia de suas apresentações e pela qualidade de suas canções. Conheça agora mais curiosidades e informações da carreira deste fenômeno.

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Frases soltas:

"Eu já nasci cantando, quando saí da barriga de minha mãe, ao invés de chorar, eu cantei"

"Começei a carreira muito cedo, tinha apenas 14 anos e já convivia com tudo que de errado rola na noite e nas baladas, por isso sempre tento passar um exemplo positivo pra juventude, para que nunca caiam nas tentações fáceis que a noite ofereçe."

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O começo

A carreira de Luan Santana começou quandoi ele tinha apenas 14 anos e foi num churrasco. Num churrasco?! Isso mesmo. Foi numa festa na casa de amigos na cidade de Jaguaribe, onde ele gravou a música "Falando Sério" apenas na voz e violão. Depois disso seu amigo Salsicha postou a gravação no Youtube e em um mês foi escutada 100.000 vezes.

Numa certa manhã, seu pai amarildo recebeu uma ligação de um contratante querendo fazer um show. Supreso com o sucesso que até então nem sabia que seu filho fazia, cobrou apenas a gazolina para a viagem, imaginando que seria show de abertura de alguma dupla sertaneja.

Chegando lá descobriu que seria o show principal e mais, a quantidade de jovens adolescentes histéricas gritando "É o Luan! É o Luan mesmo!" era imensa. De lá pra cá a quantidade destas fãs só aumentou, culminando com o prêmio Revelação do Ano que o jovem cantor recebeu no Domingão do Faustão.

Assista ao primeiro vídeo de Luan Santana postado no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=esBM981d5k0

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As dificuldades

Você sabia que Luan Santana quase desistiu de sua carreira? Com 16 anos ele lançou seu primeiro disco e foram três músicas para serem tocadas nas rádios, a já conhecida "Falando sério", mais "Sufoco" e "Faz de conta". Acontece que uma dupla sertaneja, já bastante conhecida, gravou as mesmas músicas e por isso as músicas de Luan não emplacaram.

Ele ficou muito triste e pensou seriamente em abandonar tudo. Sua sorte (ou seria o destino?) foi que o cantor Sorocaba, da dupla Fernando & Sorocaba decidiu apoiá-lo, produzindo-o e lhe cedendo canções inéditas. Foi assim que Luan Santana começou a cantar nos shows as músicas que hoje em dia todo mundo canta, "Meteoro", "Tô de Cara", "Você não sabe o que é amor", dentre outras, todas do Sorocaba.

Com um disco ao vivo gravado e fazendo muitos shows por vários estados do Brasil, sempre com sua humildade e sua dedicação, Luan conseguiu gravar seu primeiro DVD em Campo Grande, que foi lançado pela Som Livre e que já conquistou o Disco de Ouro.

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Agora vamos ver se você é fã mesmo.

Responda as seguintes perguntas e veremos o quanto você sabe sobre seu ídolo:

1) Que o apelido do amigo do Luan que postou o primeiro vídeo na Internet todo mundo sabe que é Salsicha, afinal tá bem bem grandão lá na legenda, mas como é o nome verdadeiro dele?

a) Marcelo Almeida
b) André Giacobo
c) Marco Antonio Lazzaroto
d) Alexandre Pato

2) Qual o nome completo de nosso ídolo?

a) Luan Santana Farias
b) Luan Rafael Domingos Santana
c) Luan Dias Santana
d) Luan Dedé Santana

3) Luan Santana tem irmãos?

a) não
b) uma irmã
c) uma irmão
d) tem mais 15 irmãos, todos cantores

4) Qual foi a dupla sertaneja conhecida no meio, que gravou as músicas "Falando sério", "Sufoco" e "Faz de conta", que constavam no disco de estréia de Luan Santana?

a) Victor & Leo
b) João Bosco & Vinicius
c) Maria Cacilia & Rodolfo
d) Caju & Castanha

5) Qual o nome dos pais de Luan?

a) Claudete e Amarildo
b) Marizete e Amarildo
c) Maria Ivonete e Amarildo
d) Amarula e Amarildo

6) Em qual dia da semana foi gravado o show em Campo Grande que deu origem ao DVD?

a) Domingo
b) Terça-feira
c) Sábado
d) Sexta-feira 13

7) O dia da gravação do show da pergunta original foi diferente do previsto. Qual foi o motivo da mudança de data?

a) Uma dupla sertaneja importante tinha marcado show pro mesmo dia
b) Choveu muito na data originalmente marcada
c) O caos aéreo impossibilitou a chegada a tempo do equipamento e do cenário
d) Luan tinha conseguido se classificar pra final do campeonato de Play 2 com seus amigos e era justamente nesse dia.

8) Com qual cantor Luan Santana dividiu o palco em sua primeira aparição no programa da Hebe Camargo?

a) Sorocaba
b) Zezé di Camargo
c) Fiuki
d) Roberto Carlos

9) Onde a familia de Luan reside atualmente?

a) Campo Grande
b) Londrina
c) São Paulo
d) Carnaubera da Penha

10) Qual foi a cidade em que Luan Santana fez seu primeiro show?

a) Campo Grande
b) Bela Vista, fronteira com o Paraguai
c) Londrina
d) Arapiraka, interior de Alagoas

Respostas: Se você respondeu letra a) a maior parte das perguntas, você está bem fora. Se a letra b) foi a escolha na maioria, é especista no assunto e mereçe uma visita ao camarim. Se foi c) você está trocando nomes e se confundindo muito. Agora, cá entre nós, se você escolheu a última opção mais de uma vez, me desculpe, mas além de não saber nada, é bem retardadinha.

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Bate bola

Deus: Tudo
Familia: Base de tudo
Fama: A gente tá em busca
Fernando & Sorocaba: Parceiros demais
Sonho: fazer show fora do Brasil
Rodeio: sertanejo
Defeito: ser sincero demais
Qualidade: Muito amigo
Hobby: Pescar
Namorada? Estou solteiro.

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Luan Santana em números

DVD em Campo Grande, mais de 85.000 pessoas numa terça-feira

225.000 membros da comunidade do Orkut

250.000 cópias do DVD vendidas em uma semana

210.000 seguidores no Twitter

Detalhe: Luan Santana sempre lembra aos fãs não tem Orkut, qualquer um que se apresente como ele, não acredite.

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Luan Santana na Internet

Comunidade oficial no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#CommTopics?cmm=36737097

Twitter pessoal de Luan Santana:
http://twitter.com/luansantanaevc

Canal Oficial no Youtube:
http://www.youtube.com/user/luansantanaoficial?blend=1&ob=4

Fã Clube Oficial:
http://www.luansantana.com.br/faclube.aspx

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