O Rock Nacional Morreu e teve show Sertanejo no Enterro

O sertanejo substituiu o rock como a música consumida pela juventude brasileira. Se esta frase fosse escrita no começo dos anos 90, seria considerada ficção escatológica, mas na atualidade é a mais Pura Realidade.

Exaltasamba Anuncia Pausa na Carreira

Depois de 25 Anos de uma Carreira Brilhante e de Muito Sucesso, o Grupo Exaltasamba anuncia que vai dar uma 'Pausa' na Carreira.

Discoteca Básica - Aviões do Forró Volume 3

O Tempo nunca fez eu te esquecer. A primeira frase da primeira música do Volume 3 do Aviões doForró sintetiza a obra com perfeição: um disco Inesquecível.

Por um Help à Música Sertaneja

Depois de dois anos, João Bosco e Vinicius, de novo conduzidos por Dudu Borges, surgem com mais um trabalho. Só que ao invés de empolgar, como foi o caso de Terremoto, o disco soa indiferente.

Mais uma História Absurda Envolvendo a A3 Entretenimentos

Tudo começou na sexta-feira, quando Flaviane Torres começou uma campanha no Twitter para uma Espécie de flash mob virtual em que os Fãs do Muído deveriam replicar a Tag #ClipSeEuFosseUmGaroto...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Os Ventos da Mudança no Forró

O caso do calote que a banda Aviões do Forró sofreu na cidade de Serra Talhada é emblemático acerca dos novos tempos de disseminações das redes sociais. A 10 anos atrás o ocorrido teria passado a brancas nuvens, posto que o ínico veículo da mídia "tradicional" a repercutir foi uma rádio AM da cidade. Mas agora vivemos em outros tempos.

A começar pelo fato de que os shows de forró hoje em dia são quase todos gravados e disponibilizados gratuitamente na mesma noite. Não fosse assim, a declaração de Xandy e Solange almeida ao final da apresentação seria assunto das rodas de fofocas de quem estava lá nos dias seguintes e logo cairia em esquecimento. Não foi o caso, pois o arquivo com o discurso pulou de link em link, esparramou-se pelas redes sociais e o calote virou um escândalo amplamente conhecido. Tanto que o caloteiro, passado dois dias, obrigou-se a pronunciar-se. Aí entra outro detalhe dos tempos modernos.

Não é mais pelo fato de que tenha dado entrevista a uma obsucra rádio AM do sertão nordestino, que as palavras do empresário Bruno Sampaio da BK Promoções (anotem esse nome) não seriam ouvidas. O programa também foi gravado e as bobagens pronunciadas pelo picareta estão virando motivo de chacota em blogs, comunidades e outras redes. Vai ser difícil ele recuperar sua reputação e conseguir comprar datas dos artistas, daqui para frente.

Assim como a Internet está sendo amplamente utilizada para denunciar a cópia desenfreada e descarada de músicas - e há sinais de que o público com isso está abrindo os olhos e ouvidos a ponto de mudar o estados das coisas - também pode contribuir para que os desmandos do showbusiness também acabem. Quer me chamar de otimista, utópico ou idealista, sinta-se à vontade. De minha parte, prosseguirei com meu trabalho de formiguinha por uma causa que me atrai e me diverte: o bem do forró em particular e da música verdadeiramente popular brasileira.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Entrevista de Bruno Sampaio, o homem que deu calote nos Aviões do Forró em Serra Talhada

A entrevista foi dada por telefone na rádio A Voz do Sertão AM de Serra Talhada, hoje, dia 30.05.2011 Exclusividade do seu Cabatet predileto!



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sábado, 28 de maio de 2011

Aviões do Forró sofrem calote em Serra Talhada

Lugarzinho pra ter corno que nem Serra Talhada eu não conheço. As estatísticas são assustadores, 100% dos cabras que conheço e que são naturais da cidade de Lampião, são cornos. A alguns anos atrás, quando me transferi a trabalho para Pernambuco, queriam que eu morasse lá. Minha resposta foi enfática: MANEMFODENO!

Pois bem, nesta semana circulou a notícia de que os Aviões do Forró, após se apresentarem na cidade, levaram um textual calote de R$140.000,00 representando 70% do que havia sido acordado. Os organizadores não apareceram no hotel, chegaram furtivamente na festa, pegaram a bilheteria e sumiram. Não pagaram nem a equipe de som. Numa atitude de completo respeito a seus fãs, Xandy Avião fez questão de fazer o show mesmo assim.

No final, Xandy e Solanja dão uma senhora lição de moral aos empresários inescrupulosos e são efusivamente aplaudidos. Confiram:

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Clássicos Cabaret apresenta: Bonde do Maluco - Pisa na Barata

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Wesley Safadão vs Tony Guerra - Elas ficam loucas!



Não entendeu? Clique aqui!

Charge de Lucas Negreiros

O Homem do Forró - entrevista com Isaias Cds

Esta entrevista foi publicada no jornal O Povo no último dia 23 deste mês. Pela primeira vez ele é questionado sobre as denuncias feitas por este Cabaret. Admito que admiro a história dele, suas idéias revolucionárias e etc. Pode parecer contraditório, mas pago pau pro Isaias CDs sim, apesar das cagadas que ele faz. Confiram



O homem do forró

De Santa Quitéria ao mundo, Isaías CDs montou seu império. Dono do grupo Aviões do Forró e outras cinco bandas do gênero, ele transforma alegria em muito dinheiro


A história de Antônio Isaías Paiva Duarte, 36, o Isaías CDs, dá um filme que ele gosta de narrar em detalhes. Começa na fazenda em Santa Quitéria, onde vivia com os pais e dez irmãos na condição de moradores. “A gente cuidava dos animais e vivia do que produzia. Mas algo dizia dentro de mim que não tinha nascido pra trabalhar na roça”, conta. Depois de uma briga com o pai, que na lembrança de Isaías tinha a ver com isso, ele correu para a estrada, pegou carona num caminhão e começou sua aventura aos 11 anos de idade.



Chegou na Praça Coração de Jesus, no Centro de Fortaleza. “Vendia pastel. Conheci uma senhora que me deu esse emprego. Na época existia a (boate) Paraíso. Trabalhava à noite e de dia dormia dentro do carro, uma Veraneio que ela tinha. Não saí da Coração de Jesus pra nada durante esses dois anos”. Aos 14, Isaías foi morar na Aerolândia com um irmão, passou um tempo vivendo de bicos, até que se deu por vencido e voltou pro Interior. Foi ser vaqueiro numa fazenda perto de Canindé.


Não durou muito, se inquietou de novo e voltou para Fortaleza. “Aí, olha o destino: conheci a sobrinha de Rita de Cássia (compositora de forró, autora de Meu vaqueiro, meu peão, primeiro sucesso da banda Mastruz com Leite)”, refaz Isaías, para quem “nem uma folha cai da árvore sem a previsão de Deus”. Foi ela que lhe apresentou Emanuel Gurgel, dono da SomZoom, a produtora que deu início ao mercado do forró eletrônico. O jovem Isaías, fã de festa, vaquejada, Mastruz com Leite, Beto Barbosa e Kátia Di Tróia, aproveitou a chance.


Seguidor

“A SomZoom já era estourada! Tinha 11 bandas”, lembra Isaías. Primeiro, ele cuidou da granja de Emanuel Gurgel. Depois, insistiu até entrar como zelador na SomZoom. Um dia, a mulher do cafezinho faltou e ele passou um ano e meio fazendo café para Emanuel. “Sempre que ele tava ouvindo um CD, me pedia uma opinião e sempre que eu dava uma opinião, a coisa acontecia. Fiz muitos eventos com ele, comecei a vender discos lá e fui pegando gosto pela coisa”.


Hoje Isaías CDs é que é o homem forte do forró. Tem seis bandas, começando pela maior do Brasil hoje, o Aviões do Forró, e mais meia dúzia de casas de show em Fortaleza. De lá até aqui, tem muita trama e causo no enredo do filme. Isaías mudou o mercado, distribuindo CDs de graça quando ninguém fazia isso. Quebrou quando a sua primeira sociedade numa banda de forró, a Gaviões do Forró, se desfez depois de ele sentir o gostinho do sucesso. “Não tinha nada assinado, fiquei mal mesmo”.


Foi tentar de novo. Se juntou a Carlos Aristides para montar a Aviões do Forró e deu o pulo do gato. “Via que as bandas eram meio bregas, as dançarinas nuas nos palcos. Não era legal. Tinha que fazer uma banda diferente que se vestisse bonito, então terminei de investir tudo o que tinha”. Figura polêmica no mercado, com fama de destemperado, Isaías se defende: “O que Deus me deu de coisa boa, me deu de inveja”.


O POVO - Seu objetivo era ser dono de uma banda de forró de sucesso. Você imaginava que o Aviões do Forró fosse tão longe?

Isaias CDs - Imaginava ficar no meio das dez melhores bandas. Graças a Deus, hoje é a número um. Tenho seis bandas. Sou um cara que sei ler, não sei escrever muito bem e me considero bom de matemática. Só tem uma coisa que tenho vontade ainda, passar numa sala de aula. Nunca entrei num colégio. Aprendi no mundo. Passava o dia soletrando as coisas e fui aprendendo. Aprendi tudo de gerência dentro da SomZoom (a primeira empresa produtora de bandas de forró que lançou, entre outras, Mastruz com Leite). Quando o Aviões começou a crescer, a concorrência aumentou muito. As pessoas que me ajudavam, passaram a querer me travar. Em Fortaleza, existia uma barreira, quem tinha que ganhar dinheiro era dono de casa (de show), não banda. Fui tocar no Siqueira por R$ 350 e gastei R$ 2.300. Quando inventei de bancar um show no Cantinho do Céu, ganhei R$ 48 mil.

OP - E aí resolveu montar suas próprias casas de show?

Isaias - Não, fui tocar pra essas mesmas pessoas, botei o pé na parede e disse que não tocaria mais por cachê. Queria bilheteria também. Foi uma briga, rompi com o Assis Monteiro (outro todo poderoso do mercado do forró). Ele não aceitou, mas outros aceitaram. Ficou 50% da bilheteria pra mim, 50% pra quem faz a festa. Hoje o mercado funciona assim.

OP - Mas hoje você só toca nas suas próprias casas, não é?

Isaias - Toco pra todo mundo, contanto que não venha concorrer comigo. Tenho uma sociedade no Forró do Sítio, sou dono do Cantinho do Céu, onde tudo começou, e tenho uma parceria no Kangalha, Forró do Boi e Engarrafamento. Investi na roupagem da casa, na grade. Boto as bandas lá e tenho participação na bilheteria. Todas as casas querem meus produtos.

OP - Essa estrutura onde a A3 está é onde funcionava a SomZoom?

Isaias - A gente ficava numa casa ali do lado. Quando o Emanuel fechou isso aqui, sempre que passava em frente tinha vontade de comprar. Meu sócio dizia que era um elefante branco. Tinha trabalhado sete anos aqui, era uma energia muito forte comigo. Era zelador, limpava todo esse chão. Um dia encontrei com a mulher do Mução, isso era dele. Ela me disse que tinha se separado e ganho esse miolo, onde ficam os estúdios. Entramos aqui e quando ligamos, pegou tudo. Comprei. Meu sócio não quis nem conversa.


OP - Como você se sente quando entra aqui e lembra disso?

Isaias - A ficha não caiu, nem quero que caia. Tenho um bocado de besteira, graças a Deus, mas não tomo isso como se fosse dono, é como se cuidasse pra alguém, como um gerente. Montei isso na cabeça. Não me apego a nada material. Gosto de ajudar. Ajudo 17 creches. Naquela tragédia que teve no Rio de Janeiro, eu e meu sócio conseguimos mais de 12 toneladas de alimento.



OP - Como é sua rotina?

Isaias - A minha vida é meio desmantelada. Meus filhos viraram rapaz, um tem 17, outro 12. Moram comigo. Deixei bem claro pra eles que naquele momento não podia fazer o papel de pai, sair pra passear, passar o fim de semana junto. Temos um pouco de tempo em casa, mas se você me perguntar quando é que fui no cinema com meus filhos, pra uma praia, não sei. A semana toda saio daqui à noite, se chegar 4 da manhã em casa, às 9 ‘tô’ no escritório.


OP - Até hoje gosta das festas? Com tanto poder no mercado, o assédio é muito grande?

Isaias - Gosto de fazer o que faço. O mundo é assim, as pessoas dizem que o dinheiro é 100%. É 100% pras coisas ruins. Pra atrair o amigo falso, a inveja, alguém te perseguir a vida toda. Muitas pessoas não se sentem bem em ver você crescer. É difícil chegar um e dizer “fulano de tal está tão bem”. Mas que fulano está lascado, toda hora a gente escuta. É um mercado muito bom, mas a concorrência é muito cerrada. A galera é sempre querendo atropelar. Mas acho que as pessoas novas no meio, aos poucos vão se distanciando disso. Acho que o forró não chegou ainda a 50% do que vai chegar.

OP - Vai até onde?

Isaias - Vai dominar tudo. Em Salvador, toda banda de axé toca uma música de forró. Em Miami, as boates tocam forró. Na hora que a televisão passar a dar o gás que dá em pagode no forró, ninguém segura.

OP - E você acha que tem participação nisso?

Isaias - O Aviões hoje é a banda responsável. O Mastruz com Leite foi um grande sucesso, Calcinha Preta, Magníficos, Limão com Mel, mas nenhuma conseguiu o que o Aviões conseguiu: dar valor ao forró. Vou tocar com o Chiclete, meu cachê é igual ao deles. Só perco pro Roberto Carlos. Hoje temos uma música na novela das sete. Por coincidência, é o tema do prefeito Isaías (risos).

OP - A distribuição gratuita de CDs é muito comum no mercado da música popular. Você foi pioneiro nessa estratégia?

Isaias - Quando vi a pirataria crescendo, vi que não se vendia mais disco. Pensei: ‘Vou é dar!’. É uma moeda que vai e volta. Dou o CD e volta na bilheteria. Todos os donos de loja – Tok Discos tinha 12 lojas, Aki Discos tinha 13 – me procuraram perguntando se eu tava maluco. Diziam que ia acabar com as lojas. Mas quem ia acabar, e acabou, era a pirataria. Quando criei dar porcentagem pro cantor pra ele passar a ser dono de banda também, todo mundo me odiou de novo. O Alexandre e a Solange, por exemplo, tem 10% do Aviões. Nas minhas bandas, todo mundo é sócio. Se isso viesse acontecendo desde o início, o Mastruz estava com a frente dele até hoje. O problema é que os donos da banda não davam o valor que o cantor merece.

OP - Ainda hoje vocês distribuem?

Isaias - Estou pensando em outra situação, porque todo mundo está fazendo a mesma coisa. Tem muito CD com qualidade ruim. Por isso, acho que o forró não avançou mais. Se todo mundo se preocupasse com a qualidade que me preocupo... O DVD do Aviões saiu pela Som Livre. Começamos como terceiro DVD mais vendido e chegamos no primeiro. Vamos lançar CD e DVD também do Muído pela Som Livre.

OP - Vocês procuraram isso?

Isaias - Não, fomos procurados. Estamos na novela das sete e vamos estar na das oito também, tudo ao comando de Deus. Nunca insisti em botar o Aviões na televisão e nem gosto muito porque a televisão é boa você indo uma, duas vezes no ano. Desgasta muito. O Calypso fez tanta televisão que o povo não vai mais pro show.


OP - Vocês gravam em média cinco CDs promocionais pra cada banda por ano. De onde sai tanta música? E a questão dos direitos autorais?

Isaias - A maioria são músicas boas que estão no momento. A galera hoje não respeita. A gente pega uma música boa, todo mundo toca. A maioria chega até ao desrespeito de tocar em televisão, rádio, não só no repertório de show. É uma bagunça muito grande. Onde vai parar, não sei.

OP - Você já se envolveu em algumas polêmicas por isso. Minha Mulher Não Deixa Não e Água que passarinho não bebe foram gravadas por vocês e pela Garota Safada e deu problema.

Isaias - Acontece muito por causa do compositor. Ele vende pra mim, depois pra Garota Safada. Termina em polêmica. Minha Mulher Não Deixa Não, o compositor veio aqui e pediu até pra gravar um clipe pra ‘ajudar ele’. Só que não sabia que ele tinha feito com a Garota Safada também.


OP - Você já ouviu a acusação de que a A3 tem olheiros por aí “roubando” músicas que fazem sucesso no Interior. O que tem de verdade nessa história?

Isaias - A gente está ligado em tudo porque a gente está na rua. Antes os donos de banda não saíam do escritório. Existia um grupinho de compositores: Rita de Cássia, Luiz Fidélis e mais dois, três. Depois que a gente veio, abriu a porta pra todos os compositores. Não é olheiro. Todo compositor quer botar música na Aviões ou na Garota, que também está bem no mercado.

OP - Mas então você conhece essas histórias, as acusações feitas pelo blog Cabaré do Timpin, por exemplo? (em carta aberta no blog, Isaías é acusado, entre outras coisas, de “humilhar” o segurança de uma casa de shows em Patos-PB, e de ter espancado um segurança que impediu sua acompanhante de entrar de graça num evento).

Isaias - Esse acaba comigo na Internet e fica p... porque não respondo nada. Quando vim do Interior pra cá, caí no meio de uma sociedade e terminei tomando espaço. Queira ou não queira, trabalhei com o Franzé (D’Aurora), Assis Monteiro, Possidônio, com Emanuel Gurgel. Chegar num momento em que a A3 está como está, eu à frente de um produto nacional, as pessoas não aceitam muito. Não sou um cara de beber muito, mas bebo. Sou solteiro, geralmente nas minhas mesas tem muitas amigas mulheres e tem muita briga que não tem nada a ver comigo.

OP - Você ficou muito rico?

Isaias - Vivo bem. Como tenho muitos amigos, já viajei no helicóptero do Marrone, aí dizem logo que é meu. A vodka Slova patrocina minha banda e eles fazem questão que eu passe o mês junino no jatinho deles. Às vezes estou aqui, o Aviões vai tocar em Mossoró, chegam seis amigos querendo ir, é longe, eles alugam um jatinho e vou junto. Aí a galera acha que o jato é meu. E a Receita Federal atrás de mim direto (risos).


OP - Quem passou por dificuldades, deve investir de forma a não passar por aperto de novo?
Isaias - Me preocupo com o futuro, lógico! Sou a estrutura da minha família. Antes de comprar uma casa pra mim, comprei uma pra cada irmão, pra minha mãe, pra minha ex-mulher, pra todos eles. Eu me viraria sozinho, mas meus irmãos não. Eles não aprenderam a ler, nem escrever. Gosto de investir em coisas futuras, em terreno, aluguel porque é uma coisa pra aposentadoria. Banda não é pra vida toda. Sou muito feliz com o que tenho, não peço mais nada a Deus.


OP - Uma última pergunta. Você soube da polêmica com Chico César, secretário de cultura da Paraíba, que disse que não ia contratar banda de ‘forró de plástico’ no São João de seu Estado?

Isaias - Ele foi infeliz, mas acho que vai voltar atrás. A assessoria dele já me procurou, mas não tenho data. Vamos tocar em Caruaru. O prefeito de lá também mordeu a língua ano passado. Disse que não botaria banda como Aviões, mas me ligou no final do São João pedindo Muído e Aviões. Eu disse: senhor, ressuscite Luiz Gonzaga e bote pra tocar. Nesse ano mudou tudo porque o do ano passado não deu ninguém, foi o maior desastre.

Fonte: O Povo

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gaby Amarantos e DJ Waldo Squash no clipe com Jota Quest

Observem, no final do clipe, o quanto Rogério Flausino se divertiu com a parada. Aposto que muito em breve vai rolar uma parceria de peso entre Jota Quest e Waldo Squash. Quase rima!

O teto de vidro de Tony Guerra, da Forró Sacode

Tem certos artistas que quando vivem um momento de ostracismo, se recolhem para criar material novo, ensaiar um show de qualidade ou rever sua postura no mercado. Outros, optam por jogar merda no ventilador para conseguirem aparecer na mídia, para que o público note que ainda existem. O cantor cearense Tony guerra escolheu a segunda opção. Semana passada apareceu na mídia chorando as pitangas pelo fato de que Wesley Safadão gravou duas de suas músicas, sem sua autorização. Clique aqui para assistir a matéria na íntegra.


Charge de Lucas Negreiros


Ocorre que além de demonstrar total desconhecimento da legislação autoral e ainda pronunciar umas bobagens, como por exemplo, dizer que luta pela "legalização dos direitos autorais - e é ilegal? - o fato é que Tony Guerra não tem envergadura moral para levantar esta bandeira. Além de ser acusado de comprar músicas de compositores desconhecidos em cidades do interior da Bahia e do Piauí e depóis dizer serem suas, a Forró Sacode já gravou inúmeras músicas de outros artistas sem autorização dos mesmo. Cito aqui apenas um exemplo, mas existem muitos outros. A música "Se eu te pego,Ó!", da cantora sertaneja iniciante Tuta Guedes. Até na televisão ele tocou a música! E era a música de trabalho dela. Clique aqui e confira.

Versão original com André e Adriano & Tuta Guedes
André e Adriano & Tuta Guedes - Se Eu Te Pego Oh

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Gravação não autorizada da Forró Sacode
Forró Sacode - Se Eu Te Pego Oh

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Outro agravante deste caso é o fato de que a Garota Safada não foi a única banda a gravar as músicas que ele reclama, várias outras gravaram, como por exemplo viões do Forró, Forro da Curtição, Furacão do Forró, Arreiode Ouro... Porque a artilharia foi voltada pra cima da banda que neste São João tem tudo para firmar-se como a maior banda de forró da atualidade, tirando a taça das mãos dos Aviões do forró depois de um par de anos?

A amizade entre Tony Guerra e o pessoal da A3 Entretenimentos já é algo conhecido por todos, através dos inúmeros recados que Xandy Avião manda pro Tony nas gravações dos shows. Seria essa uma jogada ensaiada para arranhar a imagem da Garota Safada? Isso talvez nunca se saiba, mas o que é certo que, por mais que a causa seja justa - afinal as cópias de músicas já estão sendo abusivas (já falei sobre isso aqui)- Tony Guerra não é o paladino correto da luta. O que ficará para história deste caso será uma das maiores demonstrações de hipocrisia já conhecida no cenário do forró.

Sambatrônico - A consagração artística de Marcio Victor e seu Psirico




Que o pagode atingiu seu ponto de maturação e que não repercute mais por conta do monopólio do axé no carnaval baiano é algo que este cabaret nunca escondeu de ninguém. Em 2009 o Fantasmão ameaçava acabar com este estado das coisas, porém uma briga entre o cantor Eddy com o empresário Franco Daniele enterrou a banda e as esperanças. Outro nome que represanta a vanguarda do gênero é Marcio Victor, o frontman do Psirico. Esta semana ele lançou a música Sambratrônico, na verdade uma jam de mais de 20 minutos que passeia do samba de roda ao techno com uma desenvoltura sem igual. Se a busca pelo pagode perfeito era a grande meta de Marcio Victor com essa gravação ele chegou bem perto de seu intento. Ouça no volume máximo!

Sambatronico.wma

terça-feira, 24 de maio de 2011

"Desce Piriguete" vira caso de polícia...

...mas não pelos motivos que a organização Tradição, Família e Propriedade gostaria, mas enfim. Taí o vídeo que causou furor no mercado do forró na semana passada. Os fãs da Garota Safada prometem faz uma manifestação na frente da delegacia, caso Wesley Safadão compareça para depor.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Guerra no Forró pode fazer de 2011 um divisor de águas no mercado

Algumas observações com relação a recente polêmica envolvendo os cantores Tony Guerra e Wesley Safadão, com o primeiro acusando o segundo de tocar músicas suas sem a devida autorização. Esse assunto aliás, já vem sendo abordado desde o inicio do ano em nosso Wikileaks do Forró. Mas vamos analisar com mais racionalidade, pois nas redes sociais a pacionalidade tem sido usada com bem mais frequência.

A dinâmica do mercado do forró mudou com a popularização das gravações de show e disponibilização das mesmas em provedores para downloads. Some-se a isso, a disseminação de players de mp3 e celulares, o consumo de música aumentou muito, o que faz com que o repertório se esgote rapidamente. A promocional lançado no começo do mês, torna-se obsoleto antes que o mês acabe, forçando as bandas a procurarem novas músicas e correrem atrás do repertório perfeito. Isso acabe levando ao inevitável, a procura acaba sendo maior que a oferta.

Num cenário desses as bandas tem que tomar a decisão de seguir um rumo, ou abraça um repertório próprio e investe nele, acreditando em sua qualidade e trabalhando com afinco as musicas em que mais acredita ou sai por aí, numa atitude de desespero diante do caos, tocando e regravando toda e qualquer música que imaginem ter potencial para o sucesso.

Infelizmente o que está se delineando para esse São João, o evento mais importante para a cena forrozeira do ano, é a segunda opção. Que Tony Guerra ou qualquer outro compositor que por ventura se sinta lesado consiga levar a questão a um tribunal sério, é algo que todo amante do forró e da música deve desejar. O problema é que os direitos autorais estão no foco de um amplo debate em torno de como ser gerido, frente às novas mídias digitais e mais, o próprio ECAD - órgão responsável pela arregadação desses direitos - está sob ameaça de sofrer uma CPI devido a fraudes internas.

Como se pode notar, o tema é espinhoso, mas que deve ser debatido em todas as suas facetas, para o bem do forró, dos compositores, dos artistas e principalmente dos amantes da música, que cada vez maos estão se sentindo uns trouxas sendo manipulados por máquinas de fazer fortunas, que são as muitas empresas donas de bandas. Ao que tudo indica, este ano pode ser um divisor de águas para o mercado do forró, se este debate se acirrar.

Twitter: @cabaredotimpin

Tony Guerra x Wesley Safadão - Cópia de músicas vira caso de polícia

Estou preparando uma análise sobre as profundas transformações que estão acontecendo no mercado do forró neste ano, com relação a violação de direitos autorais. Enquanto isso, deixo esta noticia para os leitores irem se familiarizando com o assunto.

Briga de forrozeiros está na Polícia

Uma polêmica envolvendo artistas e produtores de bandas de forró locais transformou-se num caso de Polícia e agora virou inquérito já instaurado na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF). O caso chegou ao conhecimento daquela Especializada através de uma notícia-crime formulada pelo cantor e produtor Gleison Castro Alves de Leitão Sousa, o ´Tony Guerra´.

Na queixa apresentada na DDF, ´Tony Guerra´, que se identificou como proprietário da empresa ´Guerra Eventos e Produção Artística Limitada´, afirma que duas composições musicais de sua autoria, intituladas de ´Periqueti´ e ´Elas ficam loucas´, foram ilicitamente copiadas, gravadas em milhares de CDs e vêm sendo executadas em shows não autorizados por sua empresa. Aponta como responsáveis pelo crime a banda ´Forró Garota Safada´ e o seu vocalista, ´Wesley Safadão´.

leia o resto da notícia no site do Diário do Nordeste

O blog Forró do Brasil acompanhou a treta via Twitter ontem a noite, confiram

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mulher do Tamburete - Tem coisas que só Recife sabe produzir

Estava aqui escrevendo sobre João do Morro e seu novo disco, comentando que tem coisas que só Recife sabe produzir e recebo o link de um vídeo caseiro. Eram dois moleque dentro de um apartamento, com uma câmera na mão e nenhuma idéia na cabeça. Então, eis que ouvem uma vendedora ambulante cantando e divulgando seu produto: tamburete. O resultado ficou sensacional.



Como na história recente Recife ficou notória por produzir o maior web hit brasileiro de todos os tempos, o infame "Minha mulher não deixa não", bem que a cidade podia se redimir e assim como pôs em evidência o cantor Reginho, motivar alguém a localizar esta senhora e dar a ela a chance de gravar um disco e revelar seu talento. Poderia ser um caso semelhante ao daquela violeira pantaneira chamada Helena Meirelles, que só estreou em disco quando sexagenária.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Tecnobrega e o Neocolonialismo Musical

Na revista Veja desta semana um matéria com a seguinte manchete: Tecnobrega - a nova música de exportação brasileira. Até aí, tudo ok, afinal não é de hoje que se aponta esse potencial para a nova música paraense. O problema é que ao se ler o corpo da matéria algumas coisas saltam ao olhos e demonstram que a coisa não é assim tão simples e bonita quanto o título sugere.



Já no primeiro parágrafo a referência como tóxica ao se referir a mistura de carimbó, brega e eletrônica do tecnobrega já entrega o jornalismo parcial da revista, que não se limita a noticiar, mas sempre que possível emitir juízo de valor. O juízo de valor de sua linha editorial, importante ressaltar. Em seguida um erro de pesquisa e apuração primário, afirmando textualmente que Wanderley Andrade e a Banda Calypso tocam tecnobrega. Essa poderia motivar Chimbinha a processar a revista por difamação, posto que o guitarrista é um dos principais detratores do ritmo, não perdendo uma única oportunidade na mídia para falar mal. O caso de Wanderley Andrade, além dele não tocar tecnobrega, é preguiça de pesquisar, o cantor a anos caiu na irrelevância e hoje em dia só toca em muquifos de quinta categoria em cidade do interior.

Mas o mais grave na matéria nem é a matéria, como eu posso a estar dando a entender. O grave é que a música está sendo exportada uma pinóia! Pelo que a matéria revela, o que está acontecendo é que os DJs Europeus estão vindo ao Brasil, visitando nossas periferias (o funk carioca tabém é citado), comprando CD nos camelôs e levando de volta pro velho mundo para remixar e tocar em suas festas. Qualquer semelhança com o período colonial, quando os portugueses vinham aqui para buscar nosso pau brasil, açucar e café, não é mera coincidência. É bem isso que está acontecendo.

E isso só está acontecendo por conta da mentalidade de nossa elite cultural, tão emblematicamente representada pela Veja em matérias como essa. Uma elite que não dá valor ao que é produzido em seu quintal, por achar que se trata de uma coisa menor, fruto da ignorância e rusticidade de um povo feio e incapaz. Porque não se engane, quanto estampa uma foto bonita da Gaby Amarantos na publicação, a revista não está ratificando a cantora paraense por seu talento. A prova está na seguinte frase: "A versão de Águas de Março, imortalizada por Tom Jobim e Elis Regina ganhou uma versão estridente e frenética da cantora paraense".

Estridente? A voz de Gaby Amarantos estridente? Certamente o autor escreveu, mas não ouviu.

Leia aqui a matéria original da Veja

domingo, 15 de maio de 2011

A Pompa da Garota - Promocional novo da Garota Safada decepciona

Admitir que artistas que você ama e que foram responsáveis pela trilha sonora de momentos lindos em nossa vida é sempre muito triste. Foi assim quando tive que resenhar o fraquíssimo Volume 7 dos Aviões. E é assim agora, ao admitir que o novo CD promocional da Garota Safada está fraco. Depois de uma série de promocionais sensacional que estava se mantendo constante desde o segundo semestre do ano passado, Wesley Safadão e sua trupe cometeram um disco frustrante.



Gravado em Fortaleza no Clube do Vaqueiro, a idéia era aproveitar o bom momento da banda na mídia, com aparições em diversos programas de transmissão nacional e gravar um show pomposo. Mecher em time que está ganhando é sempre uma coisa complicada, embora um passo evolutivo sempre seja necessário para que não se caia na armadilha da mesmisse. Mas vamos aos motivos para estar dizendo essas coisas.

Após uma breve introdução como uma execução meio tímida de "Eu fui clonado" para depois ameaçar incendiar a casa com a matadora "Balada". Só que na sequência Wesley puxa o frio de mão com o carro a 150Km e emenda "As lembranças vão na mala" do Luan Santana, jogando todo mundo que estava sem cinto pelas janelas abertas do carro pancadão. Depois três versões de bandas grandes. Músicas que já estavam gravadas na mente dos ouvintes em suas versões originais. A saber, Cavaleiros do Forró e Forró do Muído.


E dá-lhe freio de mão a 150km/hora no Carro Pancadão da Garota Safada


Depois de um começo assim, fica difícil virar o jogo. Claro, nem tudo foi bola fora. Quando Marcia Fellipe começa a cantar "Pra você" fica difícil conter os arrepios, mesmo nas almas mais casca grossas. No miolo da apresentação, várias músicas do repertório do recente, que nos deixa com aquela sensação de que se essa fosse a opção desde o começo do disco, as coisas teriam sido bem diferentes.

Na última metade da festa temos o momento mais ousado e inovador da obra, uma série de participações especiais, como o visível intuito de agregar valor artístico ao produto final. Mastruz com Leite, Geraldinho Lins, Mara Pavanelly, Forró Real, Dove Aventura, Forró di Taipa, Amigos Sertanejos, Safadões do Forró e Forró da Xeta, ufa! Um time de primeira. A iniciativa foi louvável, o dueto com Geraldinho Lins ficou lindo, o resgate da "Pneu Furado" com Mastruz, celebrando o atual Movimento Forró das Antigas (sic!) soa pertinente, mas a grande variada acabou gerando um anti climax de montanha russa.

É provavel que esse sentimento de frustração que esse promocional provoca se deva unicamente ao clima de espectativa que tomava conta de todos ao aguardar cada novo lançamento da banda e que nunca era frustrado. Quando uma banda atinge um patamar de qualidade como o que a Garota Safada atingiu, a responsbilidade de matar um leão por dia sempre se impõe.

Mas a banda, ao contrário dos Aviões do Forró, que agora trabalham sob o jugo de uma Som Livre, a Garota Safada ainda está na inpendencia com total liberdade artística e pode rapidamente corrigir seu rumo e como no atual e ágil cenário do forró tudo é muito rápido, talvez daqui a dois meses ninguém lembre deste deslize.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Cabaré do Timpin apresenta a dupla sertaneja predileta da casa: João Carreiro & Capataz

Esta semana fui convidado para participar do projeto de uma revista virtual. Não é blog, não é site, é revista mesmo, nos mesmos moldes de revista impressa, mas que a principio será distribuída virtualmente em formato pdf. A idéia genial - e toda a realização - saiu da cabeça do compositos Thiago Elias ( @thiagoelias_) que eu nem conhecia. Quando pedi a ele que me mandasse a prévia da primeira edição pra começar a divulgar, qual não foi minha surpresa ao constatar que a primeira capa seria com minha dupla sertaneja predileta: João Carreiro & Capataz!



Não vou falar da dupla, até pra não furar a revista e ainda por cima arriscar comer poeira diante de um texto pior do que vai ser publicado, mas vou fazer aqui um Top Five das musicas que eu mais curto. Mas justificar o fato de ser minha dupla predileta é uma obrigação. Pois bem, eles conseguem ser Roots & Punks ao mesmo tempo. Conseguem agradar desde os apreciadores de antigas modas de viola, até adolescentes com os hormônios à flor da pele que se socam e se chutam durante a execução de uma música em um show. E isso na mesma música. Duvidam? chega de prosódia e vamos ao sons.

Prefiro os tubarões



Descartável



Ói nós traveiz



Tá bagunçado, mas tem gerência



Pra finalizar, o cartão de visitas, a "música manifesto" dos caras

Bruto, rústico e sistemático



E como sou fã da dupla e todo fã é mala, vou colocar no meu "top five" uma faixa bõnus. Um single "experimental" que eles lançaram na net enquanto curtem sua fase geladeira. Explico: eles fizeram a cagada de assinarem com a Som Livre e aguardam a mais de um ano o lançamento do DVD incluindo as musicas que vocês acabaram de ouvir. Se você ainda tinha alguma dúvida de que assinar com as majors hoje em dia é cagar fora do penico, espero que esse post mude sua visão da vida como ela é e das coisas como elas são.

Faixa bônus: Roqueirinha

O Troféu Cabaret Clipe Sofisticado da Semana vai para... "Minha mulher não trabalha"

Muito barulho por nada - Profissão Repórter "polêmico"

Segundo a produção do programa, a edição do Profissão Repórter desta semana foi a que mais causou furor nas redes sociais da Internet. Um dos motivos foram os Twitteiros paraenses revoltados com a inclusão da banda Djavú numa suposta matéria sobre tecnobrega. Outro motivo foram as comemorações dos fãs que celebraram a aparição da banda Garota Safada no programa, levando o cantor Wesley Safadão aos Top Trends - expressões mais comentadas no Twitter - por mais de onze horas seguidas. Bobagem, em ambos os casos.

No primeiro caso, o da banda Djavú, o foco nem era o tecnobrega, mas detalhes peculiares envolvendo a banda, dando ênfase justamente no racha de seus membros, que originou a existência de duas bandas Djavús, como o mesmo nome, mesmo visual e mesmas músicas. Mais do que ficarem ofendidos com a produção do programa, os paraenses deveriam comemorar o fato de que o destino encarregou-se de castigar a banda, que se apropriou de músicas parenses para fazerem sucesso. Venceram copiando? Pois agora chafurdem na lama e morram ingerindo seu próprio veneno, copiando a si mesmos. Se você não conhece a história do roubo de músicas cometido pela Djavu, leia o Watergate do Tecnobrega.



Já o caso da Garota Safada, foi um exagero os fãs comemorarem a presença de Wesley Safadão nos Top Trends . A banda era mera figurante da matéria, tanto quanto a Solteirões do Forró. As estrelas da repostagem os gravadores de shows Junior Moral, Stênio CDs e Henrique CDs. Destaque mesmo foi quando a Garota Safada tocou durante quase vinte minutos ao vivo no Domingão do Faustão, aquilo sim foi a consagração. Talvez toda a agitação dos fãs se deva à atual richa da banda com os Aviões do Forró, que já tão grande que existe uma comunidade no Orkut com quase trinta mil membros, onde o principal foco é a competição e que é mais atualizada que as comunidades oficiais das duas bandas.

Inclusive, para quem quiser se informar do que acontece envolvendo as bandas, essa é a comuidade certa, porque as oficiais procuram esconder temas mais espinhosos, como a resente caso de uma mensagem no Twitter da cantora da Garota Safada, Marcia Felipe. Em seu microblog ela jogou mais gasolina na fogueira da disputa entre as bandas publicando a seguinte frase: "Eu jah vi #GAROTA parar o tranzito, mais derrubar #AVIÃO é a primeira vez. Aceita pai " A declaração despertou a ira dos fãs dos Aviões do Forró e causou desconforto até ente os próprios fãs da Garota Safada. O fato não foi comentado nas comunidades oficiais.



No frigir dos ovos - e Deus queira que eu esteja certo - talvez a agitação causada nas redes sociais seja uma lição para os diretores de jornalismo da grande mídia. A lição de que existe uma realidade aqui fora que eles não podem mais ignorar. Porque fazer uma matéria sobre a Djavu sem levar em conta que eles fizeram sucesso roubando música, é de uma ignorância crassa. Até o racha interno eles só foram descobrir durante a realização da reportagem, através de um e-mail que o cantor Geanderson mandou para o Caco Barcelos.

Nem o que programa trouxe de mais "novo" e que surpreendeu muita gente a ponto de cunharem a expressão "Nova Estratégia do Marketing do Alô" é tão novo. Embora não tenha citado essa forma dos gravadores de shows, eu já falei deles a mais de dois anos atrás no extinto site Bis MTV. O original não está mais disponível, mas o distinto frequentador pode ler a matéria em cache clicando aqui.

Que uma renovação da visão da cultura brasileira REAL ocorra o quanto antes, que a grande mídia abra os olhos para a produção cultural riquíssima que atualmente está sendo produzida no Brasil, sob o risco de que quando a copa do mundo chegar, seje apresentados aos gringos como produtores culturais nomes como Chico César, Alceu Valença e Preta Gil...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Cowboys Fora da Lei - dupla sertaneja é presa por assalto a joalherias

Uma dupla sertaneja foi presa em flagrante, terça-feira, em Ibitinga (SP), acusada de furtar joalherias em pelo menos oito cidades do interior de São Paulo. Dudu di Valença e Rodrigo, nome da dupla, têm CDs e DVDs gravados. Por causa da prisão, shows que já estavam marcados foram cancelados.



De acordo com a polícia, os irmãos Altair Leles Parreiro (Rodrigo) e Altemir Cândido Parreiro (Dudu di Valença) repetiam a mesma atuação em todos os furtos. Sempre vestidos com roupas caras, os músicos realizavam o assalto com um deles distraindo o vendedor da loja. Enquanto isso, o outro aguardava com o carro ligado do lado de fora. A polícia suspeita que a venda das joias furtadas sustentasse a carreira da dupla, que é famosa em Goiás.

Ainda segundo a polícia, a dupla não resistiu à prisão. Altemir foi abordado na saída da joalheria, e no bolso de sua calça os policiais acharam anel avaliado em R$ 3 mil. Outras joias também foram encontradas com a dupla, provavelmente também fruto de roubos em outras cidades - tudo avaliado em R$ 20 mil.

Uma das vítimas conseguiu filmar a ação da dupla, e a polícia repassou as imagens para diversos donos de joalherias. Os sertanejos foram levados para a penitenciária de Araraquara.

Fonte: Paraíba.com.br

terça-feira, 10 de maio de 2011

Watergate do Tecnobrega - Conheça a verdadeira história da Banda Djavú

Hoje a noite o programa Profissão Repórter vai exibir um matéria sobre bandas que cairam no gosto popular. As escolhidas foram Garota Safada e Djavú. Palmas pela escolha da Garota Safada, que vive um fase dourada em sua tragétória e vaias, muitas vaias pela infeliz escolha da Djavú.

Infeliz porque a Banda Djavú conquistou o gosto popular protagonizando o maior escândalo de roubo de músicas da história da música brasileira. E pior, a pauta do programa é justamente "um nome, duas bandas", ou seja, o cantor Geanderson vai se queixar de que a ex vocalista Nádila, inventou uma banda clone, ou seja, uma cópia. Ironia do destino e ignorância por parte do programa sobre a verdadeira história da Djavú

Nosso cabaret vai publicar aqui, na íntegra, uma série de repostagens feitas para o extinto site BiS MTV e que foram publicadas no final de 2009. A história é longa, mas garanto que vale a pena a leitura.

Divirtam-se!

Watergate do Tecnobrega - Parte 1




Rubi é uma pedra preciosa vermelha, uma variedade do mineral corindon (óxido de alumínio) cuja cor é causada principalmente pela presença de crômio. Rubi é uma das principais aparelhagens de Belém, criada nos anos 50 pelo Dj Orlando Santos e que hoje anima as festas de tecnobrega. Rubi, ou Extremeçe Rubi, como era originalmente chamada, é a música de trabalho do disco de estreia da Banda Ravelly. No decorrer deste ano, esta música causou intensos debates sobre o que é cover e o que é roubo, além de ser a responsável pela popularização do tecnobrega no sudeste.

Tudo começou em 2007, quando DJ Gilmar da Aparelhagem Rubi pediu que os DJs Leo e David compusessem uma música nova para ser executada em suas festas. A cantora oficial da dupla era Viviane Batidão, mas como sua prima Vanda estava em dificuldades, separada do marido e com filho pra criar, pediu que a chamassem para a tarefa. Assim nasceu Rubi, no barraco da dupla de DJs, na periferia de Santa Isabel, interior do Pará, ao custo de R$ 200,00.

No intuiuto de ajudar a moça em dificuldades, mais e mais músicas foram sendo gravadas, como Meteoro, Maciota Light e Atração Pittbull e outras, que quando começaram a acontecer Belém, motivaram a criação da Banda Ravelly, nome inspirado no pseudônimo que Vanda usava desde o tempo em que era vocalista da banda de forró Caicó, em Fortaleza, com os DJs Leo e David mandando ver nas bases.

Com a banda emplacando e fazendo shows, a grana começou a entrar, Vanda reatou com seu marido Max Sandro, que se encontrava exilado no Recife e contrataram Flávio para empresariá-los. Como em diversos casos já ocorridos no meio artístico em que o sucesso comercial atiça a ambição, começaram a ocorrer discussões com relação ao percentual de participação dos lucros entre as partes envolvidas e Max Sandro, devido ao fato de já ter aprendido a fazer as bases, achou por bem e conveniente dar um pé na bunda de Leo e David, justamente a dupla de compositores.

Paralelamente, há mais de dois mil quilômetros de distância, sem relação nenhuma com o fato e absolutamente do nada, as músicas começaram a fazer sucesso nos camelódromos do norte da Bahia. Dois empresários de Capim Grosso, Geanderson e Paulo Palcos, resolveram contratar a Banda Ravelly para uma série de shows. Ligaram para o Pará, acertaram tudo com Max Sandro e começaram a trabalhar na divulgação. Foi então que a famosa borboleta, que quando bate asas na Argentina causa tufões na China, deu as caras na história. O empresário Flávio pegou o chip do celular de Max Sandro, colocou em seu Nokia e passou a receber as ligações.

Em Senhor do Bonfim, a pouco mais de 100 Km de Capim Grosso, os radialistas do programa Zueira Legal tiveram a mesma idéia, uma turnê da Banda Ravelly pela região, ligaram para o Pará e desta vez quem atendeu foi Paulo, que por um erro crasso de comunicação interna, não sabia que sua banda já tinha sido contratada para a tarefa e fechou negócio. Numa bela manhã, Paulo Palcos acorda e vê sua cidade entupidas de cartazes anunciando os shows que seriam promovidos, olha só! Por seu concorrente.

Ao ligar para fazer a reclamação, recebe um tachativo "azar o seu, já fechamos com o Zueira Legal". Como Paulo Palcos é um cara meio, digamos assim, rude em suas maneiras de lidar com as intempéries da vida, resolveu sacanear os caras e montar uma banda que tocasse as mesmas músicas, do mesmo jeito e partir para a briga com a banda que lhe deu calote. Tudo foi feito às pressas. Chamou Nádila para os vocais, escalou Juninho Portugal, que não sabia tocar nem triângulo em forró de pé de serra como DJ de mentirinha e seu sócio Geanderson para os vocais.

Uma dúzia de gostosas de Capim Grosso completaram a formação da maior falcatrua da história musical brasileira.

O que se sucedeu foi um duelo digno dos maiores enxadristas entre as duas bandas, que saíram em turnê paralelamente pelo sertão nordestino. O xeque mate, por parte da Djavu, começou a ser arquitetado quando Paulo Palcos começou a fazer uso de todo o seu talento para o “Marketing Esquema Novo”: a gravação de um DVD. Abrindo um show da Banda Calypso, fizeram a gravação em um evento que foi um fracasso absoluto, mas que serviu para confirmar que imagem é tudo. A filmagem foi tão as pressas que, no vídeo, pode-se ver bandeirosas marcas feitas com esparadrapo no palco, porque as dançarinas ainda não tinham aprendido a coreografia correta.

Habituado a negócios escusos, Paulo Palcos não encontrou nenhuma dificuldade em largar o "master" do DVD na mão do alto escalão do mercado pirateiro de São Paulo. Em pouquíssimo tempo, as músicas estouraram num dos maiores de fenômenos de sucesso em massa de nossa história recente. O problema é que em sua vingança contra a Banda Ravelly, Paulo Palcos e Geanderson passaram o rodo em Belém e gravaram as melhores músicas da cena local, sacaneando meio mundo de gente e se comportando como se fossem suas.

Naturalmente que o pessoal de Belém chiou, gritou, berrou, mas a distância geográfica que encarece as turnês os deixou em tremenda desvantagem e quando a própria banda Ravelly desceu para tocar em São Paulo, foi acusada de ser uma cópia da Djavu. Nas comunidades do Orkut as discussões logo começaram a pegar fogo e mais uma vez a quadrilha encabeçada por Paulo Palcos foi esperta. Criaram dezenas de fakes que jogavam gasolina na fogueira, uns criticando e outros detonando a Djavu, o que só fez aumentar a curiosidade das pessoas, aumentando exponencialmente a quantidade de downloads.

Que fique bem claro aqui que a questão nem é que eles tenham roubado as músicas, afinal no norte e nordeste, direitos autorais não costumam ser muito respeitados. A questão é o sucesso a qualquer preço, obtido a fórceps por meio de meios escusos. As falcatruagens de Paulo Palcos já estão se tornando conhecidas no meio. Para não perderem uma aparição na TV, deram um cano em um show em Sorocaba que levou a multidão a destruir palco, equipamento e camarins.

Outra coisa que Palcos costuma fazer é denegrir a imagem de bandas mais bem estruturadas que a dele, para a produção de eventos de apresentações coletivas, para que a sua Djavu não tenha concorrente de peso e se sai como a grande banda da festa. Trocar nomes de músicas nas legendas de seus DVDs para driblar o ECAD é outra técnica recorrente. A lista de delitos é enorme e não ficarei cansando o leitor com elas.

A cara de pau dos usurpadores é tão grande que, em entrevista a um telejornal local da Bahia, Juninho Portugal declarou que o que eles fizeram foi pegar o Melody de Belém e acrescentar um tempero baiano. Tempero baiano? Só se for o orifício circular corrugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de Vossa Excelência. No som em si, não há nada de diferente e se há, é a batida extremamente brocochô e repetitiva que soa como se viesse de um teclado furreba qualquer. Quem está habituado a escutar o Melody de Belém, se recusa a escutar este genérico degenerado.

Mas infelizmente o sucesso da Djavu foi fulminante. Até porque as músicas foram selecionadas a dedo e a Djavu se comportava como se fossem suas. Logicamente que os desavisados acharam a banda sensacional e os fãs se multiplicaram, os shows começaram a lotar e em pouquíssimo tempo estavam na mídia e ricos, podres de ricos. O faturamento mensal da banda gira em torno de R$ 3 milhões. Assim, passaram a agir legalmente comprando músicas em Belém, de gente que, devido a necessidade financeiras diversas, trairam a cena local entregando os cordeirinhos ao lobo, fazendo o monstro atingir proporções tais que uma vingança ficou aparentemente inviável.

Falei aparentemente porque ela veio, adicionando o elemento comédia a esta história policial e de onde menos se esperava. Ele, o pilantra do bem, o anarcocapitalista da música popular, futuro candidato a deputado federal pelo estado de Rondônia e que em um de seus DVDs se diz mais poderoso que Bin Laden e mais gostoso que Brad Pitt: DJ Maluco.

Ele já tem há anos uma banda que faz algo semelhante a Djavu: vive de fazer cover, o Bonde do Forró, só que nunca escondeu ser uma cópia. Um dos vocalistas, por exemplo, é um clone melhorado do Bruno da dupla Bruno & Marroni. Como a especialidade do DJ Maluco são falcatruagens construtivas, o que sua banda faz é divulgar o forró no sul do país. O Bonde do Forró é um sucesso e até DVD gravado em Barretos eles têm.

E como diabos o DJ Maluco conseguiu vingar os paraenses? Criando o fake do fake, a cópia da cópia: a Banda De Javu do Brasil, acertando a grafia do termo francês e inserindo músicos de verdade. Mais rápido ainda do que os falsários baianos, deslocou a vocalista Anne Lis, do Bonde do Forró, com larga experiência vocal e com um séquito de fãs já estabelecido, gravou sete músicas, mandou fabricar mais de 200 mil discos, criou site oficial, twitter, facebook, o diabo, assim como uma biografia falsa que dizia que o disco era o Volume 5 e mandou o release pra meio mundo de gente.

Quase todo mundo caiu na pegadinha e atualmente DJ Maluco está estufando ainda mais seu bolso de dinheiro, enquanto empresários diversos contratam sua banda para shows, comprando, no caso, lebre por gato. Isso porque a cópia da cópia ficou melhor que a cópia. O groove amazonense da música Rubi da De Javu do Brasil arrasa com aquele sonzinho fuleiro dos baianos. Acrescente-se que ele gravou uma versão de Beat It, de Michael Jackson, e deu uma de mestre, uma versão do hit Pocker Face de Lady Gaga, que de tecnobrega não tem nada, mas desce redondo nos ouvidos ainda não acostumados à batida de Belém no sul do país. Um Cavalo de Tróia, por assim dizer.

Segundo DJ Maluco, quando a Djavu perder o processo por plágio, afinal a cidade de Belém inteira é testemunha contra eles, a sua banda ficará como a original. Como essa história irá acabar é algo que nem Nostradamus seria capaz de conceber. Se isso acabar em morte, não ficarei surpreso, porque saiu no jornal local do Pará que Gabi Amarantos, vocalista da Banda Tecnoshow, foi ameaçada por telefone por ser uma das mais ferrenhas denunciantes do plágio. Inclusive essa novela ganhou agora outro ator peso pesado, a Rede Record. Como incluíram uma música da Djavu na novela Bela A Feia, simplesmente cortaram Gabi Amaranto quando, num programa recente, ela começou a fazer denúncias. Cabuloso isso tudo, muito cabuloso.

Rola até um boato muito forte de que Gugu Liberato é um dos sócios ocultos de Paulo Palcos. De um cidadão que tem falsos sequestradores em seu currículo, não seria de admirar que esse boato fosse real. De fato, fontes seguras afirmam que um diretor do alto escalão da Rede Record é sócio do esquema. Após inúmeras tentativas, consegui falar por telefone com o cidadão que, naturalmente, negou tudo. Aparentemente, ele atendeu o telefone pensando que eu queria contratar sua quadrilha para uma apresentação, pois ficou muito nervoso quando eu citei a questão do plágio e disparou uma avalanche de explicações e declarações que, posteriormente checadas, eram todas falsas. A única verdade que ele falou nos cinco minutos de ligação, foi seu nome de batismo, Marinho Silva Campos.

O mais revoltante nessa história toda é que Leo e David, os dois meninos humildes de Santa Isabel do Pará, continuam sem receber um centavo pelo mérito de serem autores de alguns dos maiores sucessos de 2009 e continuam morando no seu casebre que necessita de reforma urgente, pois cada vez que vem as tradicionais enchurradas amazonenses, tem uma parede lá que ameaça desabar. A Banda Ravelly, que praticamente negou tijolo quando a dupla de DJs foi pedir ajuda para a supracitada reforma, espero que tenha seu castigo com a publicação deste esforço de reportagem.

Quanto à Banda Djavú, muito provavelmente o nocaute, o dia que em que os meliantes beijarão a lona, virá no round em que os artistas paraenses em peso descerem para São Paulo. Quero só ver a Djavu ter que concorrer com nomes como AR-15, Viviane Batidão, Gangue do Eletro, Banda Elektra e a própria Ravelly e Tecno Show, que já estão com as malas prontas.

O Hermano Vianna sonhava em ver o tecnobrega ser descoberto primeiramente por um gringo, para depois aterrissar por aqui. Nosso intrépido antropólogo deve estar nesse momento "pre-té-ri-to" ao ver seu tesouro musical nas páginas policiais e nos tribunais. É Hermano, como vovó já dizia, a língua é o chicote da bunda.

Por Timpin

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Watergate do Tecnobrega - Parte 2


O faro investigativo do 'Hunter Thompson' do BiS Blog descobriu que há um iceberg de inverdades por baixo do angú de caroço do tecnobrega



O incêndio provocado pela reportagem O Watergate do Tecnobrega teve começo no Diário do Pará, alastrou-se para a Bahia via Blog do Marrom, Correio da Bahia e Bahia Notícias, chegou a São Paulo através do portal Forró em Sampa e não dá os mínimos sinais de que será contido pela equipe de assessoria de imprensa da banda Djavu. Se é que tal equipe existe.

Diante do furor que o escândalo causou na Web, Paulo Palcos, o homem por trás da Djavu se viu obrigado a manifestar-se publicamente em resposta à reportagem do BiS e fez isso da maneira que lhe é peculiar, mentindo e falando bobagem. Numa ligação para o Bahia Notícias, afirmou que sua banda não cometeu plágio por que "o nome de uma banda é Ravelly e o da outra é Djavu, onde está o plágio?" Essa nem os redatores da Escolinha do Barulho, capitaneada por Sidney Magal na TV Bandeirantes, colocariam no roteiro.

Em outra frase, acusou os paraenses de ciúmes, pois "o ritmo existe a 40 anos e estava enfurnado no Pará sem nunca fazer sucesso no resto do país". Quarenta anos? Qual será o ritmo que o Doutor Palcos deve estar se referindo? Seria a bossa nova? Segundo ele, Belém não é dona do ritmo, pois se assim fosse, só existiria uma banda de axé, uma banda de forró, uma banda de pagode e assim por diante.


Paulo Palcos falando merda pro Bahia Notícias


Agora, como que uma pessoa totalmente destituída de noção como esta conseguiu fazer de sua banda um dos maiores fenômenos do ano é uma tarefa que ultrapassa minhas capacidades humanas e que francamente, deixarei para os futuros historiadores.

Outra personagem desta novela que se manifestou, foi Vanda Ravelly, aquela que encontrava-se em dificuldades, separada do marido, com um filho pequeno para criar e prima de Viviane Batidão. Aquela que, que ao atender a ligação da reportagem, derramou lágrimas de crocodilo enquanto mentia desavergonhadamente. Só que a resposta dela não foi pública, porque ela não é otária de se complicar ainda mais. Foi no meu orkut, mas vou torná-la pública aqui na matéria por, meus amigos, tratar-se de um poema:

Foi com absoluto respeito que vi sua materia que envolvia o nome da banda Ravelly, o meu e o do meu marido. E é com absoluta certeza q t digo q nao espero mas nada da justiça do homem, mas todo homem deve esperar pela justiça d DEUS! Pois apenas ele sabera (sic) recompensar todo veneno q eu e Max Sandro estamos tendo q tomar.É muito bom, ler o que li e continuar firme!!!!!!

Te desejo toda paz d espirito e muito sucesso, e um dia quando a justiça d meu pai se cumprir t mando noticias, alias (sic), vc tera (sic) noticias, vc e todos q nao sabem da verdade como ela realmente é, mas q um dia prevalecera (sic). Obrigada, e deixo um humilde abraço.
Vanda Ravelly

Se você leitor, souber o que significaria o contrário, um abraço arrogante, como comentou um anônimo que assinou Zelito no meu blog, o link pro meu orkut tá ali em cima e a página de rercados serve pra isso.

Mas o que veio à tona com a publicação do Watergate do Tecnobrega, é muito, mas muito cabuloso do que uma banda ficar rica e famosa às custas das composições dos garotos Leo e Deivid, da Banda Puro Desejo, que ainda ralam pela Amazônia e cuja casa, lá nas cercanias de Santa Isabel do Pará, ainda tem uma parede que ameça desabar. O que veio à tona foi que Paulo Palcos não está sozinho no ramo do crime musical qualificado. Ele tem um grande concorrente que, segundo fontes que me imploraram para não terem seu nome revelado, é capaz de matar pessoas para atingir seus objetivos.

Trata-se de Alessandre A. Silveira, vulgo Zú, de vitória da conquista, que pratica furto musical da maneira mais desonesta possível e imaginável. Ele tem o dom de conseguir superar Paulo Palcos em termos de falcatruagem. Só para citar um exemplo, um empresário do Pará, que naturalmente prefere não ser identificado, contratou a banda Djavu para uma série de shows pelo estado, Foi atendido com uma arrogancia e uma grosseria tamanha da parte de Paulo Palcos que seu sangue faltou só sair pelas ventas de tanto que ferveu.

Para vingar a rasteira, contratou uma das bandas clones da Djavu que surgiram às dezenas pelo Brasil, a banda DJ Javú, propriedade de Zu para tocar no lugar da original. Pois não que o prejuízo foi maior ainda? E como ferramenta de vingança o que ele fez? Mais uma cópia da Djavu, a D JJavú. Já está faltando letras no alfabeto para dar conta da clonagem generalizada.

Zu tem um vasto currículo de cópias, só que ao contrário de um DJ Maluco, que assume a cópia públicamente e ainda te dá aulas de como tocar tocar a música que o povo quer ouvir, o cidadão de Vitória da Conquista garante para o contratande que sua banda é original sim senhor e a mentira pega, uma rápida consulta ao Google confirmou que seus clones tocam em meio mundo de eventos pelo interior do nordeste.

O mais famoso dele atende pela alcunha de Boing do Maluco, se fazendo passar por Bonde do Maluco. Oralando Barros, empresário e produtor do Bonde original, declarou à reportagem que por uma questão de um mês, não ocorreu com ele o que ocorreu com a Ravelly. Zu, tentou registrar a sua banda como a autêntica, com as mesmas músicas, estilão Paulo Palcos. Ele ficou tão fuiroso que abriu um B.O. na policia civil e foram atrás do ladrão com mandato de prisão. O sujeito atualmente é considerado forajido da justiça.

Nossa equipe conseguiu um informção de suma importância para o leitor. Se você receber uma proposta de negócios de uma empresa com o CNPJ de número, 04448300 / 0001-99, por gentileza acione o 190 e solicite o imediato rastreamento da ligação. O nordeste agradesce a sua ligação e sua indentidade será mantido no mais absoluto sigilo.

Está assustado? Tem mais, mas agora saímos do caderno policial e nos adentramos no surrealismo criado pelo artista francês André Breton. Quando Paulo Palcos resolver brigar com a Ravelly e montar sua banda, foi como se tivesse aberto aquela caixinha do Hellraiser e despertado o Leviatã. O nome ele escolheu porque tinha gostado do filme De Javu e desta vez sem querer, talvez na única acusação das milhares que tem recebido, seja inocente.

Uma banda rock do interior de São Paulo partiu pra briga judical por causa do nome da banda. Na ativa desde 2006, o grupo Dejavoo encontra-se numa sinuca de bico por causa da palhaçada de Paulo Palcos. Eles vão ter que trocar de nome, refazer a arte de seu CD, modificar o template do seu blog e ter que gastar horrores para refazer o estrago feito pela divulgação de um nome que atualmente se encontra mais maculado que Judas Escariotes. Os caras da banda não aguentam mais o povo ligando para contratá-los para shows junto a bandas como Arreio de Ouro, Bichinha Arrumada e Cacete Armado.


Os azarados roqueiros paulistas da Djavoo


Se você achava que nunca veria tretas maiores do que as de dentro do Senado Federa,, tá na hora de rever seus conceitos. Conforme falei, este incêndio tem tudo para se alastrar ainda mais e com certeza esta não será a última reportagem do Watergate do Tecnobrega. Ainda falta contar a história da Banda Puro Desejo e detalhar a sacanagem que a Banda Ravelly fez com a dupla DJs Leo & Deivid.

Isso não é tudo pessoal, semana que vem tem mais.

por Timpin


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Watergate do Tecnobrega - Parte 3


Quando o BiS inicou as investigações do Watergate do Tecnobrega, nem imaginava o tamanho da encrenca que estava por ser revelada, nem sonhava que estava abrindo uma Caixa de Pandora da qual sombras aterrorizantes. Existem muitos esqueletos no armário do tecnobrega. O enredo é capaz de botar o roteiro do filme Todos os Homens do Presidente no chinelo. Complôs, espiões, agentes duplos, noticias falsas plantadas na mídia e o escambau.

A principal notícia falsa plantada na mídia pode ser conferida na primeira reportagem desta série, a versão de que os autores das músicas roubadas pela Djavu são a dupla de Djs Leo & Deivid e mais ninguém. Que a Djavu plagiou o povo do Pará não resta mais nenhuma dúvida, agora quem são os verdadeiros autores das músicas talvez seja mais difícil de comprovar do que os verdadeiros responsáveis pelo assassinato de JFK ou pela que das Torres Gêmeas. O que vou apresentar aqui é o máximo que se pode chegar na apuraçào dos fatos, o que resta são palavras de uns contra palavras de outros e a verdade final talvez nunca venha à tona.

O cenário começou a mudar quando surgiram os primeiros comentários no BiS. Uma das grandes vantagens das novas mídias digitais é que acabou a mão única na difusão das informações. Se antes era necessário enviar cartas às redações para contestar uma notícia e torçer para que a editoria desse satisfações, agora bastar escrever algumas linhas na caixa de comentários e, caso o argumento for de peso, a verdade acaba por ser revelada. Jornalistas não podem mais fabricar verdades e graças aos comentaristas, pude ter a chance de contornar algumas injustiças cometidas no texto.

A começar por Vanda, vocalista da banda Ravelly. Foi com ela que cometi a maior sacanagem, com ela peguei pesado, induzido por falsas informações fornecidas por umas das facções da conspiração do Pará, Gaby Amarantos, vocalista da banda Tecnoshow e Alde César, empresário dos Djs Leo & Deivid. Os objetivos de cada uma destas duas pessoas diferem, mas os métodos são os mesmos, produção de ruído de fundo que induza a mídia ao erro. E eu caí feito um patinho.


Depois de dois anos, Wanda Ravelly e Timpin se encontram, esclarecem os mal entendidos e reatam relações


Gaby Amarantos é uma exelente criatura, praticamente uma sócia fundadora do movimento do tecnobrega, nem de longe quero questionar aqui sua honestidade e integridade moral, mas talvez seja traída pela sua própria ambição de entrar para a história como rainha do tecnobrega e essa ambição despertou um temor de que com a repercussão da questão plágio da Djavu, Vanda Ravelly fosse colher os louros da glória. Talvez. Como afimei antes, não existem verdades finais nessa história. O Filósofo Nietzche, lá no século passado, de posse de seu bigode avantajado, já nos alertava que não existe esse treco de verdades finais.

Alde César é um picareta com formação acadêmica, pós graduação na Sorbone é um cara esperto pra cacete. Leo & Deivid tinha recebido um sonoro não por parte de Max Sandro, marido de Vanda Ravelly, quando foram pedir ajuda para a reforma da famigerada parede prestes a desabar relatada na primeira reportagem desta série. Ficaram com raiva. Ficaram com muita raiva e Alde César usou estava raiva para convencê-los a registrar a letra das músicas em cartório, para assim tentarem faturar algum em cima de um eventual processo contra a Djavu.

Que fique claro aqui que Leo & Deivid tem sim participação na criação das músicas roubadas, foram eles que criaram as bases e apesar da legislaçào em vigor relegar a um papel secundário dos arranjados na autoria de uma canção, no tecnobrega o arranjo é muito importante no produto final. Aconteçe que na hora de processar a Djavu pelo plágio, apenas Vanda Ravelly e Max Sandro foram citados como autores e é aqui que entra a eminência parda deste enredo, o personagem que aparece no meio do filme e muda todo o cenário (Hitckock adoraria filmar isso!): Marlon Branco, a voz que aparece na música Rubi (Nave do som).

Marlon Branco afirma que as letras das quatro músicas roubadas são dele e de Vanda e mais ninguém e que se deu mal simplesmente pelo fato de não ter hábito de registrar suas músicas, coisa que a Banda Ravelly fez, em nome de Vanda e Max Sandro. Marlon conta com uma testemunha de peso, e se trata de uma testemunha qualquer, é o próprio Dj Gilmar, dono da aparelhagem Rubi e que é personagem da música, aparecendo no trecho "...eu bem que estava certo em duvidar, daquelas saidinhas com Dj Gilmar...". Gilmar garante que a música é de Marlon Branco, pelo mesnos esta. Talvez Marlon seja o cara mais injustiçado nessa história. Talvez.

O que não resta dúvidas é que é triste de ver aquela turma, que gravou estas quatro músicas fantásticas e que figuravam na vinha que marcará época: "Banda Ravelly, Marlon Branco & Djs Leo & Deivid" está atualmente querendo seus escalpos mútuos e chingando seus ascendentes familares.

Mas nem tudo são espinhos no jardim do tenobrega e no caminho das pedras amarelas que levará a Djavu a pagar pelos crimes que cometeu. Tem um nome pouco citado pelos noticiarios e que é o pai de uma criança que já garantiu sua vaga no subconsciente coletivo nacional. Esta criança se faz existeir através deste refrão: "O que pensa que eu sou / Se não sou o que pensou / Me Libera / Não insista / Vá buscar um outro amoooooor". É a música "Ma Libera", que a cabou por ser o maior hit da Djavu e seu autor, selado, registrado, carimbado, avaliado e que ainda pode voar, chama-se Max Murilo, a banda Morena Cor.

Geanderson, vocalista da Djavu, vive afirmando aos quatro ventos que possui uma autorização do autor da música para tocá-la onde quiser, gravar na mídia que quiser e esta autorização não existe. Interrogado por telefone pela reportagem, Geandeson afirmou que cabe a Max Murilo provar que não existe essa liberação. Aqui cabe uma pausa para uma profunda meditação. Aqui entra um paradoxo que vai aposentar de vez aquela antiga questão resolver quem veio primeiro, o ovo e da galinha. Vamos lá. Como é que uma pessoa faz para apresentar um documentos inexistente que prove a inexistencia do mesmo documento? Hein? Hein? Chupa que é de uva estimado leitor!

Só que o destino não é tão sacana quanto os pessimistas costumam afirmar. O livro de Jó do movimento tecnobrega talvez, eu disse talvez, esteja em seus versículos finais. O sucesso da djavu no sudeste, aliado justamente a este burburinho do plágio, acabou por despertar a atenção da Som Livre, que resolveu gravar um DVD em Belém, reunindo as quatro principais festas de aparelhagens da cidade, a saber: Super Pop, Hiper Tupinambá, Mega Principe e Rubi, com shows de dez bandas: XXXXXXXXXXXXXXXXXX. A festa promete ser uma verdadeira rave e tem tudo para ser inesquecível, pois as apresentações das aparelhagens são umas das melhores baladas do Brasil, quiçá do mundo.

O show será amanhã, anote da data que futuramente irá parar nos caledário de Belém, justificando o feriado municipal, 19 de dezembro de 2009. Como a confusão flui mais que as águas do amazonas naquelas bandas, hoje é sexta-feira 18 de dezembro e o povo da antiga formação da Ravelly ainda estão trocando farpas. A Ravelly diz que amanhã irá tocar as quatro músicas pra mostrar pro Brasil de quem é o ritmo do tecnobrega, Marlon Branco quer por que quer subir no palco na hora da execução da Rubi (Nave do Som) e Leo & Deivid, a esta altura do campeonato, ao ver sua banda Puro Desejo não ser escalada para o evento, devem estar uma expressão no rosto mais perdida que filho de meretriz em dia dos pais. Talvez!

Para finalizar mais este capítulo da nossa confusa e muitas vezes atrapalhada reportagem, fica o registro de um boato que tem divertido muita gente na Internet. A música "Nave do Amor", a única de autoria da Djavu e que está na trilha sonora da novela Bela a Feia da Rede Record, foi composta pela vocalista Nádila, no entanto foi registrada no nome do vocalista Geanderson e bocas pequenas dizem que a imitadora das coreografia de Joelma anda nervosinha por não estar faturando nada.

Quer dizer, os caras roubam até entre eles. Grandiospai!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Povo canta forró... e agora a gente ouve!

O DVD dos Aviões do Forró, gravado em Salvador no segundo semestre do ano passado e lançado recentemente pela Som Livre já é o terceiro mais vendido do catálogo da gravadora. Some-se a isso a inclusão de sua gravação do clássico "Ovo de Codorna" e pode-se afirmar que a banda vive um bom momento no sudeste. Os Aviões continuam sendo a grande aposta para que o forró supere o nicho regional Norte/Nordeste.

Mas o que pouco tem sido comentado são os aspectos técnicos. O avanço foi significativo. Uma das maiores deficiências das gravações de shows de forró sempre foi a captação do áudio da platéia. No show de Salvador, ouve-se com nitidez o coro da platéia durante a execução dos maiores sucessos.


No novo DVd dos Aviões do Forró, Ivete Sangalo participa em duas músicas


Não é a primeira vez que isso ocorre, o novo DVD dos veteranos da Limão com Mel, "Um Show de Emoções" gravado no Chevrolett Hall de Recife em fevereiro deste ano, também deu um trato especial na captação de áudio. No caso específico da Limão, tratou-se da correção de uma falha que prejudicou muito um lançamento anterior, o show de comemoração de 20 anos de carreira autoral do cantor Batista Lima.

Gravado na cidade pernambucana Salgueiro, berço tanto da banda quanto do cantor, simplesmente não se ouvia nada que viesse do público, resultando em silêncios constrangedores que comprometeram o resultado final de uma das melhores apresentações da história da música brasileira. Pode parecer exagero, mas afirmo que não é. Este disco ainda será reconhecido pela crítica cultural num futuro próximo. Que Batista Lima não seja amplamente aclamado por seu talento como compositor, é mais uma das injustiças praticadas neste país com artistas populares.

No caso dos Aviões do Forró e levando em conta a popularidade da banda, espero que a experiência inspire e motive as dezenas de Fulanos CDs que gravam quase todos os shows das bandas de forró. Que corram atrás da inovação, que reconsiderem os equipamentos necessários para mais esse avanço. Foi apartir do forró que surgiram os revolucionários CDs promocionais, foi apartir do forró que as gravações de shows e posterior divulgação na Internet se popularizou, nada mais natural de que seja apartir do forró que surja mais essa inovação.

domingo, 8 de maio de 2011

Muito além da Banda Calypso

Texto escrito por Paty Faria. Paty possui um conhecimento musical enciclopédico e com este texto exclusivo, faz sua estréia no Cabaret. Para falar sobre ela, nada melhor que ela mesma.

Ela ainda escreve nos seguintes sites:
Brega Pop
Pará On Line
Som dos Paredões
Seu Forró
Twitter: @patyzinhafaria

Muito além da Banda Calypso


Saudade ... Direto a saudade bate ... Saudade de anos como 2003, 2004 e principalmente 2005, anos que foram dourados e que renderam muito para o ritmo calypso, em suas diversas nuances e versões, tanto dói essa saudade, que hoje passei a tarde escutando alguns vídeos de bandas como Kassikó, Furação do Pará, Lamazon, Parámazon, Vendaval, Companhia do Calypso, Banda da Loirinha, e principalmente da Banda Calypso há uns 8 anos atrás ou menos, vídeos que em sua maioria, raramente acontecem ao vivo, nos dias hoje, cenas que com certeza não se repetiram novamente, e que nos faz perguntar o porquê um ritmo que trazia tantas performances boas, acabou desse jeito. Por que ?



Ano passado,escrevi uma matéria sobre o fim de uma das maiores bandas do ritmo calypso (FURAÇÃO DO CALYPSO), e da decadência do mesmo, para o site BREGAPOP, foi um alvoroço total, e recebi uma resposta de uma leitora de Belém, dizendo que gostava muito do meu trabalho, mas como eu não era de Belém, estava enganada em dizer que o ritmo calypso tinha acabado, pois ele nunca deixou de tocar no Pará, pois sempre tocava nos bailes da saudade.

Não me ofendi com a crítica da minha estimada leitora, até porque todos têm direito ao livre arbítrio e ao direito de liberdade de expressão, mas fiquei a pensar, será que estou cega, surda, muda?

Em várias pesquisas e em contato com vários amigos paraenses, alguns do meio musical, eles sempre me reclamavam que o ritmo estava morto, e o pior, só não estava sepultado, porque a Banda Calypso, ainda o estava a tocar.

Bom, tudo bem que ela falou que sempre tocava nos bailinhos da saudade, mas o que adianta tocar em bailes da saudade? Cadê o glamour, os figurinos parecendo alegoria de carnaval de escola de samba, os dançarinos dançando pra lá e pra cá sem parar, as encenações, as letras ora românticas, ora engraçadas?

Pelo jeito, irão ficar apenas presas em bailinhos da saudade mesmo ... E isso para mim não é consolo, pelo contrário,é derrota!

Outros me dizem que, foi necessária essa exclusão do ritmo calypso, pois o tecnomelody é uma evolução do mesmo, tanto que hoje a maioria das bandas que eram ritmo calypso ou viraram forró ou tecnomelody, é, realmente, pode ser uma evolução, e apesar de gostar muito de melody, confesso que preferiria mil vezes, virar a mulher das cavernas e não evoluir, apenas para que o ritmo calypso fosse preservado.
Metaleiras afinadas, vários dançarinos, muita cores (algumas bregas até demais), coreografias muito sensuais, e encenações, como sinto falta de encenações ... Sinto falta também de ótimas cantoras como: Nayra Rêgo, Mylla Karvalho, Lenne Bandeira, Joelma Mota, Ana Paula Mota, Leya Sanches, dentre outras, sendo que a maioria aqui citada não está mais na ativa.



Chegamos a um final tão triste e caótico, e o pior, sabendo que a maioria quis chegar a este fim, afinal sempre havia vários fãs da Banda Calypso, que tentava unificar a banda como única, tudo que aparecia era cópia e não prestava (não que não houvessem cópias) haviam, mas bastava bom senso para diferenciar. Hoje, uma grande maioria de fãs pede de volta a essência da Banda Calypso, aquela banda que conquistou todo o Brasil em 2003,2004, assim como sentem falta de outras bandas que tocavam o ritmo.
Talvez tenha sido por preconceito, talvez a Banda Calypso não cedesse espaço para seus conterrâneos, talvez tenha sido pelas brigas e ambições assim como tem acontecido no tecnomelody, afirmar o real motivo seria muita pretensão por minha parte, eu mesma não sei, na verdade seria um pouco de tudo que fora citado.

A esperança talvez exista, a banda Kassikó, por exemplo, lançara um breve um cd em ritmo calypso, para comemorar seus dez anos de carreira, a Banda Companhia do Calypso lançou recentemente seu quarto DVD, com ótimas músicas em ritmo calypso, o que podemos fazer é torcer para que dê certo,e que o ritmo não fique apenas na mão da Banda Calypso, pois desse modo mais cedo ou mais tarde, o ritmo perderá suas raízes, já que está sem chão para se firmar, e muito menos que fiquem restritos a "bailinhos da saudade”, pois de SAUDADE aqui basta!

Sem mais ...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Binha Cardoso fala sobre sua saída do Forró do Muído

Não preciso nem comentar, neste vídeo o Binha fala tudo. Sem mais.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Simaria Mendes - Pode não ter tamanho, mas tem tem ousadia e coragem

O post da Janny Laura sobre o novo cantor do forró do Muído tem causado uma certa discussão, como era de se esperar. Alguns não gostaram do que foi dito, mas muitos aplaudiram, o que é um sinal de que Naldinho tem poucos fãs. Porque se tem algo que desperta a ira de fãs e entope a caixa de comentários com mensagens raivosas, é criticar um ídolo. No caso apenas um comentário em defesa do cantor, o que pode ser qualificado como exceção que confirma regra.

Mas de tudo que rolou depois do post tem uma coisa que eu queria destacar aqui. A atitude corajosa de Simaria. Em seu Twitter ela teve a atitude mais paudurescente que já uma cantora de forró ter. Ela retwittou uma mensagem de um fã que achava que era muito melhor deixar ela e Simone na linha de frente da banda.



Em um meio onde as bandas em sua quase totalidade são meros funcionários de empresas que visam em primeiro lugar o retorno financeiro e sabe-se lá em qual lugar o aspecto artístico, a atitude de Simaria deve ser louvada. Estamos diante de uma guerreira que já está de saco cheio deste estado atual das coisas, que se encontra o mundo do forró.

Em um momento inicial - e estou falando lá nos anos 90, quando surgiram as bandas que agora integram o movimento Forró das Antigas - essa visão puramente comercial ajudou a tirar o forró do ostracismo. Mas agora o cenário é outro. Essa ganância financeira acabou se tornando um monstro, todo mundo só se preocupando em faturar em cima do sucesso da hora, mandando às favas a ética e copiando o hit do momento custe o que custar. O que aliás, fez com que o Forró das Antigas fosse relevante.

Não é voltando a um passado idílico que o forró vai sair do beco sem saída em que se encontra. Mas sim evoluindo, dando um passo além. É isso que Simaria Mendes sinalizou com sua atitude corajosa. Peitando seus chefes que estão mais preocupados com o dinheiro que entra na conta, do que com arte que seus artistas possam por ventura querer oferecer aos ouvintes.

Na situação em que o forró se encontra, só quem ganha é meia dúzia de empresários, quem perde são milhões de fãs do ritmo e quem trabalha feito gado em plantação, que são os artistas e músicos. Se vivêssemos em um país justo e digno, Simaria Mendes deveria receber uma medalha de honra pelo fato de que através de um simples RT, tenha desencadeado um debate que salvou um ritmo inteiro, o forró, de sua ruína criativa.

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