quinta-feira, 19 de maio de 2011

Guerra no Forró pode fazer de 2011 um divisor de águas no mercado

Algumas observações com relação a recente polêmica envolvendo os cantores Tony Guerra e Wesley Safadão, com o primeiro acusando o segundo de tocar músicas suas sem a devida autorização. Esse assunto aliás, já vem sendo abordado desde o inicio do ano em nosso Wikileaks do Forró. Mas vamos analisar com mais racionalidade, pois nas redes sociais a pacionalidade tem sido usada com bem mais frequência.

A dinâmica do mercado do forró mudou com a popularização das gravações de show e disponibilização das mesmas em provedores para downloads. Some-se a isso, a disseminação de players de mp3 e celulares, o consumo de música aumentou muito, o que faz com que o repertório se esgote rapidamente. A promocional lançado no começo do mês, torna-se obsoleto antes que o mês acabe, forçando as bandas a procurarem novas músicas e correrem atrás do repertório perfeito. Isso acabe levando ao inevitável, a procura acaba sendo maior que a oferta.

Num cenário desses as bandas tem que tomar a decisão de seguir um rumo, ou abraça um repertório próprio e investe nele, acreditando em sua qualidade e trabalhando com afinco as musicas em que mais acredita ou sai por aí, numa atitude de desespero diante do caos, tocando e regravando toda e qualquer música que imaginem ter potencial para o sucesso.

Infelizmente o que está se delineando para esse São João, o evento mais importante para a cena forrozeira do ano, é a segunda opção. Que Tony Guerra ou qualquer outro compositor que por ventura se sinta lesado consiga levar a questão a um tribunal sério, é algo que todo amante do forró e da música deve desejar. O problema é que os direitos autorais estão no foco de um amplo debate em torno de como ser gerido, frente às novas mídias digitais e mais, o próprio ECAD - órgão responsável pela arregadação desses direitos - está sob ameaça de sofrer uma CPI devido a fraudes internas.

Como se pode notar, o tema é espinhoso, mas que deve ser debatido em todas as suas facetas, para o bem do forró, dos compositores, dos artistas e principalmente dos amantes da música, que cada vez maos estão se sentindo uns trouxas sendo manipulados por máquinas de fazer fortunas, que são as muitas empresas donas de bandas. Ao que tudo indica, este ano pode ser um divisor de águas para o mercado do forró, se este debate se acirrar.

Twitter: @cabaredotimpin

4 comentários:

O forró só irá pra frente e stourar naconalmente quando essas pilantragens acabarem!

Parabens, tu é um cara que está contribuindo muito pra essas safadezas acabarem! :)

rapaz. e tem gente que ainda protege o moço do cabelo grande kkkkkkkkkkkkkkkk..

cara produção artistica comprada ou nao é uma produção de quem comprou ou produziu.

Não importa se ele vai enfiar o papel com a musica na bunda, o que importa eh que é dele, copiar e ainda dizer que nao vai tirar a musica o repertorio é coisa de gentinha, o forro so tende a decair com essa gentinha. mandando esses tipos de coisas na midia, cada um podendo fazer seu trabalho sem precisa denegrir imagem de ninguém. mas dai eh foda, quando ate os locutores de radio estão se matando. O FORRO ESTA NA LAMA!

nao entendi tb no propio cd repertorio novo de sacode , tem liga da justiça (da banda leva noiz ) , tem (ai se eu te pego ) da banda meninos do seu zeh , agora assim concordo com ele que a banda tem que dar os creditos a pessoa que fez a musica issos concordo demais !!!

Timpin,
Estamos com um projeto para filmar o que está acontecendo de cultura na periferia de dez capitais, o piloto do projeto está no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=DobrqTdlfik

Gostaria de falar mais sobre o que esamos fazendo, me passa seu e-mail por favor?

Atenciosamente

Renato
renatobarreiros@hotmail.com

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