Abaixo o teaser do lançamento das sete músicas. Aguardem para breve matérias especiais com os artistas mais relevantes, lançados neste projeto.
O sertanejo substituiu o rock como a música consumida pela juventude brasileira. Se esta frase fosse escrita no começo dos anos 90, seria considerada ficção escatológica, mas na atualidade é a mais Pura Realidade.
Depois de 25 Anos de uma Carreira Brilhante e de Muito Sucesso, o Grupo Exaltasamba anuncia que vai dar uma 'Pausa' na Carreira.
O Tempo nunca fez eu te esquecer. A primeira frase da primeira música do Volume 3 do Aviões doForró sintetiza a obra com perfeição: um disco Inesquecível.
Depois de dois anos, João Bosco e Vinicius, de novo conduzidos por Dudu Borges, surgem com mais um trabalho. Só que ao invés de empolgar, como foi o caso de Terremoto, o disco soa indiferente.
Tudo começou na sexta-feira, quando Flaviane Torres começou uma campanha no Twitter para uma Espécie de flash mob virtual em que os Fãs do Muído deveriam replicar a Tag #ClipSeEuFosseUmGaroto...
Todo mundo tá besta e feio de saber do descaso da A3 Entretenimentos com o Forró do Muído. Isso já foi falado, gritado aos quatro ventos por muitas pessoas, inclusive por mim. Tem nem mais graça. Existia uma Guerra Fria dentro da empresa, mas hoje está escancarada, perdeu-se a vergonha na cara há um tempo. O fato é que as Coleguinhas, as verdadeiras e únicas Coleguinhas, nesse projeto do Muído só tiveram os fãs do seu lado e agora não será diferente. Chegou um momento em que qualquer coisa é melhor que estar na A3. Você aí, querido leitor, trabalharia numa empresa onde, além de não ter nenhuma oportunidade de crescer, seu tapete seja puxado a cada trabalho bem feito? Pois é, eu também não. E nem elas. Acontece que a A3 nunca imaginou que o Forró do Muído voaria tão alto a ponto de, em certa época, fazer mais sucesso que o seu intocável Aviões, porém eles não conseguiram cortar o produto pelo simples fato de não ter sido criado por eles mesmos. Quem fez a fama e a voz do Muído foram os fãs e isso amarrou a mão suja de quem queria/quer o mal de Simone e Simaria.
Situação exposta, vamos à minha experiência pessoal. Fui a Campina Grande resolver umas papeladas e decidi fugir pra Recife (saravá três vezes pra mainha não ler isso!). Seria a última oportunidade de vê-las do jeito que me apaixonei e eu não poderia perder o bendito show de Paudalho - PE. Já cheguei lá nervosa, comecei a beber... E antes de começar o babado eu já estava puxando fogo (nota mental: vodka = mijo do cão!). Foi o show mais emocionante da minha vida. Quando elas entraram, que eu olhei pra Simone, vi p povo enlouquecido cantando... Olhe, veio tudo à minha mente. Cada música era uma história vivida, era uma boa lembrança, era o motivo de eu estar ali. Olhar pro lado e ver os maiores presentes que o Muído me deu, minhas grandes amigas Wanessa e Flaviane, além de ver uma galera que eu já tinha aprontado muito por aí... São cenas que estão guardadas em flash na minha memória e nem precisa dizer que eu chorei. Chorei feito criança, subi no suporte do som, dancei, curti (e não foi pela vodka, garanto!)... Palavras são vagas pra tornar aquele momento palpável a vocês, mas resumindo: fui lá e fiz meu nome, caro coleguinha! Depois do show, tinha o camarim e era lá que eu precisava me entender com Simone, por causa daquela matéria publicada neste Cabaré. Tudo se resolveu, as divergências foram esclarecidas e depois de 10 meses sem ir a um show e 5 meses sem olhar nos olhos delas, pela primeira vez no camarim eu me emocionei. Não são lágrimas de tristeza, até porque elas estão fazendo o que é certo, mas são lágrimas de gratidão a tudo o que me deram... E elas sabem muito bem disso. Depois, pela manhã, ainda teve outro melhor momento e a gente foi pra casa.
Mal sabia eu que viajaria na quarta pra outro show, esse sim seria o meu último, em Canhotinho - PE. Já deveria estar em Campina Grande, mas eu já estava lascada mesmo, o que seria mais uma chinelada quando chegasse em casa? Não bebi dessa vez, também não chorei, me preocupei em gravar na memória cada minuto e me diverti muito, pra variar. Lá elas anunciaram oficialmente a saída da A3 e foram muito aplaudidas pelo público, como vocês conferiram aqui (link). Teve camarim de novo, bem especial, e, por fim, aquela despedida que eu tomei como um “até logo, meninas”.
“Até logo”, “até breve”. Não quero que o novo projeto demore e acredito que você também não, companheiro de leitura. Simone e Simaria tem brilho próprio, não há dinheiro que compre talento e hoje está mais do que provado que aqueles fãs enlouquecidos que acompanhavam o Muído não pertenciam à banda, pertencem a elas. Aonde forem a gente vai atrás. Ou melhor, a gente leva pro topo. Ontem, depois de uma twitcam das duas (peguei só o final, pense num ódio!), a tag #AmamosSimoneeSimaria foi pro primeiro lugar dos Top Trends MUN-DI-AIS! O que isso significa? Que tem neguinho por aí cortando os pulsos de tanta inveja. Que tem gente fazendo o mal, mas não sabe que Deus está de olho em tudo e o bem, o talento e a honestidade hão de vencer a safadeza e a falta de caráter. Besta daquele que empurra uma mola, pois, no instante em que soltá-la, ela vai voar. Voar mais alto que muito Avião por aí.
Não bastasse o talento autoral, é ao vivo que a dupla faz a diferença, com shows animados que já percorreram os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia e Ceará. No ano passado foram 93 shows. Com suas composições caindo nas graças das duplas sertanejas, muito em breve eles terão condições de estenderem suas turnês também ao sul e desta forma o país inteiro poderá conhecer seu Bolerado, que é como eles classificam seu bolero acelerado.
Tamanha super exposição no cenário musical do nordeste acabou despertando a invejas de certos detratores, que recentemente acusaram Maraial de fazer declarações políticas em shows pelo interior de Pernambuco, pois ele foi vice-prefeito de sua cidade natal. Também correram boatos de que a dupla estaria prestes a se separar. Através de um comunicado ofical, a assessoria desmentiu ambas as noticias. É esperar para ver e torcer muito, pois só quem perderia com final da dupla seria seu imenso e fiel público. Escriba incluso.
O interessante em Edu & Maraial é que, numa primeira audição, pareçe que não se está escutando nada de novo, parece ser aquele mesmo som romântico a la Thayrone Cigano. Mas de repente, o ouvinte é contagiado pela levada pop de seu repertório e não consegue mais parar de ouvir. Principalmente se a referida audição for regada a algum etílico e o cidadão se encontrar com alguma pendência afetiva. O enigma talvez possa ser resolvido se levarmos em conta a qualidade das composições e o fato deles usarem uma banda completa, com direito a sanfona e percussão. Partindo do pressuposto que todo cânone que resultou no Arrocha foi executado apenas com um teclado, isso faz uma diferença lazarenta.
O outro nome que vou apresentar aqui não inventa outros nomes para definir seu Arrocha, mas é dono de uma criatividade que não parece encontrar limites, são os soteroplitanos do Bonde do Maluco. A banda surgiu da idéia do produtor musical Orlando Barros de juntar Dan Ventura, que já havia emplacado o hit "Piriripompom" no carnaval de 2007, com o paulista Billy X, que vinha da praia do Hip Hop. Somando a isso as referências do pagode do Axé e até mesmo Jazz, o som resultante foi algo totalmente original.
O seu disco de estréia, lançado no final de 2007 está cravejado de jóias. O primeiro sucesso foi "Não Vale Mais Chorar por ele", versão da música "Don't Matter" do rapper Akon que causou tanto que Ivete Sangalo, do alto do seu Trio Elétrico no carnaval de 2008, a cantou no tradicional momento em que se traveste de Piriguete Sangalo e canta algum sucesso alheio. Dan Ventura certa vez afirmou que sua versão é melhor que a original e que o negão americano teria que rebolar muito para chegar em seu nível. E eu concordo com o descarado. É claro que não faltaram imbecis que tomaram a parte pelo todo e devido ao simples fato da música ser uma versão de um hit gringo e descartaram o resto do disco. E que resto!
Destacar algumas músicas é uma tarefa ingrata, mas como tem gente que limpa fossas, vamos lá. Com uma introdução emulando uma voz infantil, "Cadê os Cachaçeiros" fazem a alegria da criançada, que responde um coro no refrão, "tão tudo dormindo, tão lá no cabaré", sem nem se tocarem do deprave da coisa. Meus filhos adoram. Na "Bichinhas do Arrocha" os quatros vocalistas interpretam bichonas numa performance teatral que é de chorar. Já "Malha Arrocha" é capaz de fazer um Bóris Cazoy rebolar tal qual um baiano da gema.
Mas o filé mesmo é a sexta faixa, "Sai da frente, rapaz". Com um solo de saxofone pra lá de suingado na abertura e uma letra minimalista na medida exata, a música teve a honra de ser incluída no repertórios do Aviões do Forró e olhe que eles não tocam nada que não seja sucesso popular, independente o gênero. Os Aviões costumam atuar como um carimbo de autenticação de um versadeiro sucesso. Depois eles ainda incluiram outras musicas do Bonde do Maluco em seu repertório, o que só faz comprovar o êxito dos baianos.
Com apenas dois anos de carreira, eles já estão com quatro discos lançados, sendo que um deles foi gravado ao vivo em Aracaju e posteriormente laçado como DVD oficial. Segundo Dan Ventura os discos venderam feito água e não fosse a pirataria, já estariam na casa dos milhões. Segundo Timpin, não fosse a pirataria eles ainda estariam animando serestas furrebas na periferia de Salvador. Mas não polemizemos, os caras são muito gente fina.
Falei aqui dos dois nomes que mais se destacam na cena do Arrocha, mas tem muito mais gente fazendo a alegria do povo nordestino. Enquanto no extremo sul do país, os puristas gaúchos lamentam a "contaminação" da vanera pelo sertanejo, o axé, o pagode e o forró, o sincretismo musical do norte e nordeste segue avante ao infinito com seus coquetéis musicais que não fazem nada além de criar maravilhas culturais que colorem ainda mais esse Brasilzão véio sem porteira.
Pelo menos em termos musicais, eu tenho a certeza de que este é o país do futuro.