O Rock Nacional Morreu e teve show Sertanejo no Enterro

O sertanejo substituiu o rock como a música consumida pela juventude brasileira. Se esta frase fosse escrita no começo dos anos 90, seria considerada ficção escatológica, mas na atualidade é a mais Pura Realidade.

Exaltasamba Anuncia Pausa na Carreira

Depois de 25 Anos de uma Carreira Brilhante e de Muito Sucesso, o Grupo Exaltasamba anuncia que vai dar uma 'Pausa' na Carreira.

Discoteca Básica - Aviões do Forró Volume 3

O Tempo nunca fez eu te esquecer. A primeira frase da primeira música do Volume 3 do Aviões doForró sintetiza a obra com perfeição: um disco Inesquecível.

Por um Help à Música Sertaneja

Depois de dois anos, João Bosco e Vinicius, de novo conduzidos por Dudu Borges, surgem com mais um trabalho. Só que ao invés de empolgar, como foi o caso de Terremoto, o disco soa indiferente.

Mais uma História Absurda Envolvendo a A3 Entretenimentos

Tudo começou na sexta-feira, quando Flaviane Torres começou uma campanha no Twitter para uma Espécie de flash mob virtual em que os Fãs do Muído deveriam replicar a Tag #ClipSeEuFosseUmGaroto...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Stefhany & Eu - Pra se apaixonar

Rumores na Internet dizem que Stefhany vai aparecer no programa Fantástico da Globo no próximo domingo, 31 de maio. Não sei, mas penso que é possível. Os rumores dizem que foi feita uma gravação onde Luciano Huck e Preta Gil dão uma passeio de Cross Fox pelo Rio de Janeiro. O fato de Preta Gil estar na fita é a pista que me leva a crer que talvez os rumores sejam verdadeiros. Se bem que os rumores são descendentes da raça dos humores e como tais, mudam com uma certa freqüência. A prudência adverte então que não é uma boa desmarcar aquele cineminha com a namorada pra fazer plantão na frente da TV pra flagrar a self made girl do Piauí.

Na coluna em que apresentei a Stefhany para os leitores do Bis MTV afirmei com todas as letras que Preta Gil era uma aproveitadora desonesta e se essa gravação for veiculada no Fantástico ser a maior prova de que eu estava certo. A curtíssimo prazo foi uma vitória pra ela, conseguiu aparecer na grande mídia.

Embarcar no sucesso alheio pra conseguir visibilidade na mídia não é uma estratégia propriamente nova no caso da atriz gorda. Assim que soube que Ivete Sangalo convidaria os Aviões do Forró para participar de seu novo DVD, ela começou a cantar Chupa que é de Uva em seus shows. Como os Aviões são uma banda com uma trajetória bem sólida, esse constrangimento não alterou um milímetro sequer a trajetória da aeronave de Xandy e Solanja.

Mas não vou ficar perdendo aqui meu precioso tempinho com esse depósito ambulante de gorduras trans, é a Stefhany que importa. Quando escrevi a coluna sobre ela me enchi de esperanças de que ela fosse gostar do texto e quem sabe até, delírio dos delírios, conseguir um contato com ela. Mas nada, nem na comunidade do Orkut comentaram muita coisa. Só que dizem que os anjos velam pelos cegos, pelas crianças e pelos bêbados. Não sou nenhum dos três, mas bebo de vez em quando, meus amigos me chamam de crianção quando faço algumas coisas meio, digamos assim, retardadas e já me chamaram de cego quando namorei a Jucilene.

Algum anjo meio desocupado lá de cima me apresentou um tal de Flavin na Comunidade Stefhany Pra Se Apaixonar e ele tem um dos dançarinos da diva no seu MSN. Bom, ter um dançarinos dela na lista de contatos não é uma coisa assim muito saudável pra reputação ninguém. Eu só reparei que eram dançarinos e não dançarinas quando um colega de trabalho me alertou para o fato. Como não dá pra fazer um omelete sem quebrar os ovos (sem trocadilhos nem insinuações espúrias aqui, viu seu viado?) estou disposto a encarar o constrangimento.

Só que minha consciência volta e meia me liga a cobrar. No último interurbano que ela me fez, ela me disse que sou muito burro. Que não reparei no fato de que a Stefhany ficou amiguíssima daquela atriz gorda que não vou mais falar o nome e que simplesmente deve ter o-di-a-do o meu texto. Na Claudia Leite eu também desci o sarrafo e ela deve adorar a loura aguada Ivete Sangalo cover que se acha pra caralho e que teve que dar um show de graça no Rio pra que pudesse ter público o suficiente pra poder gravar seu DVD sem que sua mãe se suicidasse de decepção ao assistí-lo.

Logo, a conjunção de Saturno com a quinta lua de Júpiter, mais meia dúzia de meteoritos imundos azendando meu zodíaco, indicam que não vou me dar muito bem nessa história.

O que é uma pena. O que é um sinal de que pra o Universo ficar perfeitinho de verdade, Deus ainda deve fazer uns up grades de hardware e uns downloads de softwares. Por que em minha coluna fiz questão de enaltecer os talentos de Stefhany. Na época, seus clipes... rudimentares eram a grande sensação do momento no Youtube e ela era motivo de chacota de cabo a rabo nesse país que um dia já foi famoso pela produção de mulatas. Meu medo era que ela fosse estereotipada e tivesse sua reputação arruinada pra sempre.

O fato de que ela talvez apareça no Fantástico reduz um pouco meus temores. O que falta para a nossa heroína é um produtor talentoso, que incentive ela a trabalhar em novas composições e que grave suas novas músicas com arranjos bacanas, de modo que o brega, essa manifestação cultural genuinamente brasileira, deixe de ser um gênero visto com desprezo. Não que as músicas de seus dois primeiros discos sejam ruins, muito pelo contrário, ao invés de fazer verões de sucessos internacionais, tem várias composições originais de ótima qualidade.

Se isso vai ocorrer ou não, meu oráculo está sem créditos e não vou conseguir descobrir. Só me resta sofrer e torcer para que Stefhany me perdoe por ter difamado suas novas coleguinhas. Mas uma pista pode ser obtida de uma versão de uma música do Jota Quest que ela canta num CD ao vivo que consegui dela. Na performance ela canta: "Mas se quiser saber pra onde eu vou. Pra onde leva eu, é pra lá que eu vou." Entendeu ou quer que eu desenhe?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Making Off da Coluna do Muído

Depois de dois meses de colagens de notícias, já está mais do que na hora de começar a blogar de verdade. Para estréia vou contar o making off da coluna do Forró do Muído, que é quase tão interessante quanto a coluna em si. Foi um mês de bateção de cabeça até chegar ao resultado final.

A idéia inicial era escrever um perfil bem bacana dos Aviões do Forró, que eu considero a melhor banda do estilo em atividade no momento. Pra inicio de conversa não sou jornalista formado, não tenho as manhas, não tenho as técnicas, logo, acessei o site da banda, fui na seção de contato e mandei um e-mail propondo uma pauta. Como sou um reles desconhecido, naturalmente que não me responderam.

Resolvi mudar de estratégia e atacar na comunidade oficial da banda, que tem milhares de membros. Dando uma lida nos tópicos identifiquei um cara que aparentemente sabia tudo sobre a banda. Mandei um scrap pro cidadão e ele inicialmente demonstrou interesse em ajudar. Somente inicialmente, pois novamente não recebi mais nenhum retorno. Só que fuçando nas comunidades do cara notei um padrão, todos estavam falando bem de um tal Forró do Muído.

Forró do Muído? Eita nomezinho estranho da gota, nunca jamais tinha ouvido falar. Imediatamente fui nas comunidades de download e tratei de baixar algo deles pra escutar. Foi só descompactar o arquivo e jogar no mp3 pra que a cagada fosse feita. De cara notei que além de tocarem forró de uma maneira muito original, o som tinha uma levada muito, mas muito maneira.

Fui escutando no mp3 no ônibus no caminho de casa, mal conseguindo esperar pra ouvir aquilo num som potente, se possível tomando uma gelada. Foi o que fiz e quando botei pra tocar o Muído Elétrico, versão acelerada das músicas pro carnaval, já estava subindo as paredes.

- Puta que o pariu cara, esse som é do caraaaaaaaaalho! - Estava definida a coluna da próxima semana.

No outro dia, de volta ao trampo, comecei minhas pesquisas na web. Se eu já estava apaixonado pelo som deles, imaginem a minha surpresa ao digitar o nome das vocalistas no google e ter essa foto como resposta. Amor a primeira vista.



O problema é que em termos de informações biográficas da banda, encontrei pouquíssima coisa. Um release breve da banda e apenas uma entrevista, nada mais. Muito pouco pra escrever a coluna que a banda merceia. Apenas a informação de que a banda era sucesso absoluto no norte e nordeste, com uma média superior a trinta shows por mês. No entanto, notei que tinha um blog muito bem organizado tocado pelos fãs. Calejado pelo fato de ter sido ignorado nas tentativas de contato via e-mail (o que já tinha ocorrido com o Fantasmão e com a Stefhany), resolvi mudar de tática e contatar os fãs.

Deu certo, no outro dia estava lá o e-mail de Flaviane Torres, uma das minas que tocavam o Blog do Muído, dizendo que achava a interessante a proposta. Melhor, ela tinha contado direto com Simaria, uma das vocalistas da banda. Animado com a perspecitiva de que Simaria responderia minhas perguntas, adiei a coluna do Muído por uma semana e acabei escrevendo o texto Pirataria Legal, sobre os caras que gravam os shows ao vivo. Escrevi dez perguntas e mandei pra Flaviane repassar pra Simaria.

Só que durante a semana a banda estava em turnê por cidades do interior, o que dificultava imensamente o contato, somente no fim de semana que Flaviane conseguiu repassar as perguntas para Simaria. Chaga a segunda-feira e nada de Simaria responder, terça-feira e nada novamente. Ocorre que eu tinha o hábito de enviar minhas colunas na segunda, no máximo terça-feira. Então, pelo MSN, desabafei pra Flaviane que tava foda, todos os meus esforços tentando contato, tentando divulgar a banda para um público diferente e eles nem tchuns.

Pedi pra ela que me contasse tudo o que sabia sobre a história da banda. Ela começou a escrever e não parou mais. Ficou meia hora digitando no improviso e forçando sua tendinite. No final, a coluna estava pronta. Foi só salvar a conversa, abrir meu editor de texto e escrever a matéria. Como Flaviane estava meio insegura quanto às informações, pediu o texto pra mostrar pra Simaria. Mais uma vez não obteve retorno. Já impaciente com a demora toda e crente de que não tinha escrito nada que comprometesse a banda, mandei a coluna pro pessoal do MTV Bis e fui embora.

Eis que então, lá pelas 20:00, a própria Simaria liga no meu celular. Meu coração quase parou, aquela gostosona e talentosa estava falando com euzinho, um fã recém conquistado. Só que a alegria se dissipou assim que ela acabou de se apresentar. Tinha muita coisa errada no texto, não era daquela forma que as coisas tinham acontecido. Quando desliguei o celular pensei:

- Caralho! Agora que dei uma dentro, acabo dando uma fora?

Estava sem computador e a lan house do bairro tinha sido fechada no fim de semana anterior. O que fazer? E se a matéria já estivesse on line, o que faríamos pra corrigir a besteirada? Liguei pra um amigo, passei meus dados e senha de e-mail e pedi pra ele enviar uma mensagem de pelamordedeus, não postem o texto! pro pessoal do Bis. Com o cú não, na manhã seguinte acesso o site e Ufa! Não tinha sido publicado. Simaria, na ligação, prometeu ligar de novo para corrigirmos tudo. O dia de quinta-feira passou e nada da ligação.

Na sexta-feira, as dez horas da manhã resolvi chutar o balde e gastar algum dinheiro com interurbanos. Liguei na A3 Entretenimentos, empresa que gerencia a banda e abri meu coração pro primeiro infeliz que me deu atenção. Disse que estava com a matéria pra lá de atrasada e que meu emprego estava em risco. O cara se comoveu e me passou o telefone da assessora de imprensa da banda. Liguei na casa da mulher, maior choradeira de criança e tal e expus meu problema.

Ela me deu o endereço de seu e-mail, pediu pra me passar o texto para corrigir e até o final do dia a coluna estaria fechada. Acontece que a banda estava em Fortaleza e faria um show pela noite, logo, a assessora estava assoberbada até o talo com as funções de ceder credenciais de imprensa e outros detalhes. Meu desconfiômetro piscou, meus nervos estava à flor da pele. Fui na farmácia mais próxima do trampo, comprei uma Maracujina, tomei meio vidro no gargalo mesmo, sentei na frente do PC, respirei fundo e pensei, tenho que escrever uma coluna tapa buraco pra semana não passar em branco.

Foi assim que surgiu a coluna "A salvação da produção musical vem da selva".

Desde que comecei a colunar no Bis que decretei o sábado como o dia de fazer minhas audições. Como minha área é vastíssima e não tem como eu conhecer todos os discos de todo mundo sobre os quais escrevo, costumo baixar tudo o que posso durante a semana e, no sábado, compro uma caixa de latinhas de cerveja, ponho o som no máximo e faço o que chamo de Imersão Total no Trabalho do Artista. Começo cedo, lá por uma da tarde e quando chega a noite já estou completamente bêbado e manjando tudo do som da banda ou do cantor.

E foi assim, no final da sessão etílica que estou eu lá, ouvindo Forró do Muído ao vivo em Massaranduba, quando toca o celular e ela própria, a mesma que estava cantando "São Amores" no volume máximo. Manguaçado que estava, foi mal ela começar a falar que já cortei.

- Você é uma traíra do caralho!
- O que?
- Ficou de me ligar e não ligou! Ficou de mandar e-mail e não mandou!
- Mas eu respondi as perguntas...
- Que porra de responder perguntas, sua fuleira! Eu não quero mais caralho nenhum de respostas, a porra do texto tá pronto, é só corrigir o que estava errado.
- Mas tu não recebeu minhas respostas?
- Recebi caralho nenhum!

E assim por diante.

Na segunda-feira, ressaca pantagruélica, eu era só arrependimento. Liguei pra assessora de imprensa e me desmanchei em desculpas. Ela riu um pouco e ficou de me ligar na terça pra acertarmos o texto por telefone mesmo. Liguei também pra Simaria (esse mês eu tô fudido com os descontos de ligações) e ela riu bastante com a comédia da situação e ficou de mandar o e-mail pro endereço correto, tinha mandado pro meu Hotmail bichado. Desta vez as duas cumpriram a promessa.

Ocorre que nem tudo seria tão fácil e indolor assim. Além de me passar as informações corretas, numa longa ligação de mais de quarenta minutos (bom!), começou a dar pitacos em frases que eu tinha escrito que, embora corretas, ela achava que não pegava bem pra imagem de Simaria (mau!). Já falei, não sou jornalista formado, não tenho experiência, foi meu primeiro contato com assessorias de imprensas.

Com esta frase, em específico, ela empiçou:

"As duas cantam desde criança, quando moravam no interior da Bahia. Cheias de talento, mas destituídas de uma banda, toda vez que tinha algum artista tocando em sua cidade elas iam lá e imploravam para cantar junto. Tanta persistência acabou levando as duas a toparem com Frank Aguiar, virando backing vocal e dançarinas da banda do hoje deputado federal."

Encasquetou com o "implorar". Nesta outra frase, implicou com o "chorar as pitangas":

"Insatisfeitas com o trabalho secundário que estavam fazendo, abandonaram o barco para se lançarem como dupla. Infelizmente, devido a falta de um empresário eficaz, os dois discos que lançaram não aconteceram. Foi quando resolveram chorar as pitangas para Fernando Gusmão, vocalista do Rasta Chinela."

Como vocês bem podem observar, essas frases não saíram no texto final, isso porque eu reescrevi quase tudo, mantendo apenas o parágrafo inicial e a piada com o espanhol no final, que tanto a assessora quanto a Simaria pediram pra tirar, mas que o casca grossa aqui, que pode até ser um folgado aprendendo jornalismo na base da quebração de cabeça, mas não é otário, manteve. Pô, Simaria querida, se por um acaso estiver lendo isso, entenda, trata-se de um final de texto que preserva aquela jovialidade característica do som da banda, além de dar aquele toque de humor imprescindível. Ficou legal, admita.

No final tudo deu certo, a coluna saiu, o pessoal do Blog do Muído divulgou e eu ainda por cima estou com a Simaria no meu MSN e na minha agenda do celular. Se eu fosse o espanhol namorado da Simaria, tratava de se mudar nem que fosse pra Quixeramobin e ficar mais perto de sua namorada. Não é por nada, mas sabe como é que é, nénão?

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Quer ler a reprodução da tal coluna? O Site Bis MTV não existe mais, então reproduzimos aqui no blog, clique já!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Forró do Muído: pé de serra para o século XXI

A Banda Calypso tem uma legião quase religiosa de fãs. No entanto, no show do dia 20 de março no Centro de Tradições Nordestinas em São Paulo quem roubou a cena foi uma banda nova do Ceará. Atuando no circuito de shows do norte há dois anos, o Forró do Muído parece repetir a mesma história de sucesso e fanatismo da banda de Chimbinha.

O Forró do Muído surgiu em 2007 quando Isaias, um dos empresários da A3 Entretenimentos, dona dos Aviões do Forró, resolveu montar uma banda de forró pé de serra. Só que o pessoal da A3 não costuma seguir fórmulas batidas, logo, trataram de modernizar sua banda somando à tradicional formação sanfona/zabumba/triângulo um baixo elétrico, bateria adicional e a grande sacada, o saxofone de Fabiano. No front, o vocal Binha Cardoso, forrozeiro das antigas com passagem em bandas como Canários do Reino e Brasas do Forró.

Mas ainda faltava uma vocalista que deixasse Isaías satisfeito. Várias já haviam sido testadas, mas nenhuma se encaixava com o perfil da banda. Foi quando recebeu uma ligação de Fernando Gusmão, empresário da banda Rasta Chinela, e soube que Simaria, antiga vocalista da banda do deputado federal Frank Aguiar, estava insatisfeita com os resultados da dupla que mantinha com sua irmã Simone. Já conhecendo o trabalho das duas, Isaias chamou imediatamente as meninas para uma conversa em Fortaleza. Elas eram tudo o que eles queriam para complementar o recém formado Forró do Muído.



No princípio a banda foi tocando em pequenos eventos particulares para que fosse testado o efeito daquele estilo diferente na platéia. O repertório jovem, o som envolvente e o carisma das vocalistas foi cativando o público até o ponto em que o pessoal da A3 decidiu gravar o primeiro CD promocional da banda. Com o lançamento do disco, de imediato a música "Deletando o Amor" foi subindo nas paradas das rádios até atingir o primeiro lugar.

O sucesso da música motivou o lançamento do segundo disco, e desta vez foram quatro hits. Daí para se tornarem o maior fenômeno no norte e nordeste da atualidade foi uma questão de meses. Com uma agenda lotada e fazendo uma média de trinta e seis shows por mês, o Forró do Muído está pronto, lapidado para estourar em todo o país. Enquanto bandas como os Aviões do Forró sentem dificuldade em serem digeridas fora do nicho forrozeiro, o som diferenciado do Muído tem potencial para vencer essa limitação.

Falar das apresentações do Muído para quem não os assistiu ao vivo é uma tarefa ingrata. Simone e Simaria são mestres na arte do improviso a ponto de seguramente podermos chamar o que elas fazem de forró free style. Simara, por exemplo, no meio de um show inventou do nada a sua versão pra Dança do Créu, que imediatamente caiu nas graças do povo. Outra característica fundamental das duas são os bordões, como "vocês são óóóóóóótimos" ou "vai coleguinha, vai vai coleguinha", que acabam virando gíria corrente entre os fãs.



Os detalhes que fazem a diferença são tantos que eu poderia ficar horas descrevendo. Um dos mais interessantes são as chamadas Raves do Muído, que é quando eles são escalados para serem a última banda a tocar nos eventos e o arrasta pé se estende até o raiar do dia.

Só que se você ficou curioso e afim de comprar um CD deles, nem pense em ir a uma loja. Todos os quatro discos promocionais deles são distribuídos de graça nos shows (invenção do Isaías, que eu poderia gastaria uma coluna inteira pra falar sobre ele) ou então adquiridos no, digamos assim, mercado informal. A banda está trabalhando seu primeiro disco de estúdio com previsão de lançamento em junho nas festividades de São João.

Essa história não termina aqui, essa história está apenas começando. E para os marmanjos folgados tais quais este escriba, deixo um brochante recado: Simaria está namorando um espanhol que ela conheceu pelo Orkut.

Pela sanfona de Luis Gonzaga! Poderia ter sido eu!

PS do Timpin.: Deixo aqui um imenso muito obrigado pro pessoal do blog do Muído.


originalmente publicado no site Bis

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A salvação da produção musical vem da selva

Parece que a Amazônia não detém só o potencial de salvar o ecosistema planetário, mas tambem o de salvar a produção musical da falência decretada pelo mp3. Saiu na web recentemente um livro em pdf organizado por Ronaldo Lemos e Oana Castro, dentre outros, chamado "Tecnobrega: O Pará Reinventando o Negócio da Música", que traz a tábua de salvação para os artistas que estão vendo suas carreiras irem para o ralo com a falência da industria fonográfica.

Que esta indústria está falida, ninguém com suas faculdades mentais intactas é capaz de questionar. Os números comprovam, sob qualquer ponto de vista que se analise a questão. Victor & Leo, o maior fenômeno pop da atualidade, não consegue nem de longe chegar na marca de um milhão de discos vendidos. O próprio rei Roberto Carlos, que sempre foi aposta ganha de antemão, não consegue mais atingir a marca.

O que a cena brega de Belém inventou não foi feito com intensões políticas nem ideológicas, mas sim como alternativa de sobrevivência cultural e financeira por parte dos envolvidos. De uma maneira simplificada, podemos dizer que negócio do tecnobrega funciona de acordo com o seguinte ciclo de realimentação, composto por sete etapas:

1) Os artistas gravam seus discos em estúdio - próprio ou de terceiros.
2) As melhores produções são levadas a reprodutores de larga escala ou camelôs.
3) Camelôs vendem os discos a preços compatíveis com a realidade local e os divulgam.
4) DJs tocam esses discos nas festas.
5) Os artistas são contratados para shows.
6) Nos shows, CDs e DVDs são gravados e vendidos.
7) Músicas e bandas fazem sucesso e realimentam o processo.

Esse modelo é extremamente funcional, tanto para os artistas quanto para o público, gerando fonte de renda para muita gente. Um estudo da FGV prova isso com números: cada ambulante vende em média 300 CDs e 200 DVDs por mês. A maior parte das vendas vem dos grandes reprodutores (cerca de 80%). No entanto, 17% das vendas vêm da reprodução própria - o que, baseado no volume total de discos vendidos em Belém e na região metropolitana, é um montante considerável na análise da geração de renda.

No caso específico da cena tecnobrega, pesa também a questão das festas de aparelhagem. Elas reúnem milhares de baladeiros que veneram as aparelhagens como se fossem astros. As gigantestescas paredes de caixas de som produzem um tsunami sonoro que literalmente faz o chão tremer. A cabine dos DJs, chamadas de Altar Sonoro, têm nomes sugestivos como Nave do Som ou Duplo Cyber Comando e são equipadas com a mais alta tecnologia de produção de efeitos sonoros e visuais. Todos a observam como se fossse uma banda tocando no palco.

As aparelhagens mais famosas hoje são a Tupinambá, Rubi, Ciclone e Super Pop. Como as festas costumam durar um fim de semana inteiro, como raves, acabam gerando procura por artistas tecnobregas e favorecem o surgimentos de novos grupos, fazendo com que a cena tenha um crescimento contínuo e, dessa forma, contribuindo de forma decisiva para o novo modelo de produção musical nascido na Amazônia.



Em termos de êxito comercial, a Banda Calypso é o expoente máximo dessa metodologia de trabalho no que podemos chamar de Método Chimbinha de Gerenciamento de Carreiras. A dupla Joelma e Chimbinha inventou uma nova maneira de se virar sem depender de gravadoras comerciais. Eles criaram seu próprio selo e começaram a vender seus discos a preços mais acessíveis - entre R$ 5 e R$10 - em supermercados populares, feiras, festas e locais frequentados por fãs potenciais. A estratégia deu certo e o resultado todos já constataram.

Quando falei que a Banda Calypso era a banda brasileira da década a primeira coluna aqui no BiS, muita gente me chamou de louco suicida, esquecendo-se de que além de serem os grandes divulgadores desse modelo que pode salvar a produção de música no país, Joelma e Chimbinha são os maiores vendedores de discos do Brasil. Outra opinião minha que costuma arrancar gargalhadas de quem é adepto do senso comum é que Victor & Leo deveriam dar um pé na bunda da Sony Music. Além de não precisarem da multinacional, serviriam de exemplo para disseminar essa revolução na produção musical também no sul do país.

Como conclui Hermano Viana no texto da orelha do livro: "Quem quiser pensar o futuro da música não pode ignorar as lições tecnobregas da Amazônia digital."


originalmente publicado no site Bis

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O funk, minha gente, é o futuro do movimento social

Por Ari Almeida & Marcelo Träsel

o bonde do tigrão vai anarquizar o bananão

Eu acho funk carioca o máximo.

Um bando de analfabetos funcionais miseráveis e sem o menor refinamento se junta, aprende a operar aparelhos até certo ponto sofisticados, apropria-se de peças da indústria cultural e avacalha com tudo, transformando-as em um batidão irresistível pontuado por letras que falam de suas próprias vidas. Cultura popular é isso aí.

Mais do que isso, estes jovens criam um mercado próprio para sua música, inventam festas que reforçam os laços comunitários — muito embora isso em geral envolva tomar posição contra outras comunidades — e criam um sistema de distribuição de renda e ascensão social próprio das favelas.

De acordo com reportagem da revista Carta Capital de 20 de abril, por Pedro Alexandre Sanches, não são raros os funkeiros que faturam mais de R$ 10 mil por mês. Além disso, sua música tem um sistema de distribuição independente de fato, passando longe das grandes gravadoras e até mesmo dos impostos cobrados pelo governo.

Os intelectuais de plantão, quando poderiam enxergar no funk a manifestação de uma imensa criatividade que, bem canalizada, poderia gerar música popular de excelente qualidade, preferem desqualificar o estilo com base em padrões eruditos. É óbvio que o funk é ruim. Difícil é esperar de excluídos semi-analfabetos que façam música que siga alto padrão, com a qual nunca tiveram contato.

Critica-se também a "mensagem" do funk. Mas ora, não se passou décadas exigindo uma cultura verdadeiramente popular no Brasil? Pois aí está ela. As letras falam da vida daquelas pessoas: assassinato e tráfico no horário comercial, sexo e drogas à noite para relaxar. Talvez algumas personalidades mais delicadas sintam nojo ao ver a falta de perspectivas daquela juventude exposta assim, nuazinha.

Assim como se chocam ao escutar meninas pedindo para serem "atoladas no cuzinho" ou coisa que o valha. Acham que isso mostra a exploração sofrida pela mulher nas rudes vielas onde mora a escória. Estranho não passar pela cabeça da gente de bem que elas possam realmente gostar disso e, na verdade, estejam levando o feminismo a um ponto mais alto, mostrando que podem encarar o sexo de maneira tanto quanto ou ainda mais fisiológica do que os homens.

O principal, no entanto, é que eles parecem estar se divertindo. E muito. No fundo, toda a grita contra o funk pode ser preconceito contra o fato de pobres estarem se divertindo. Da direita — porque, audácia! A ralé não tem o direito de se divertir! — ou da esquerda — porque eles deviam estar sofrendo com suas condições de vida subumanas e preparando a revolução, ou ao menos rendendo material para o Sebastião Salgado.

Acho o funk carioca o máximo não tanto como estilo musical — embora admita curtir um pancadão bem pegado em certos momentos —; acho o máximo mais como instituição. O funk, minha gente, é o futuro do movimento social.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Pirataria legal

Gustavo CDs. Henrique CDs. Rodolfo CDs. Quem escuta os discos ao vivo das bandas do nordeste está habituado a ouvir esses nomes. Trata-se do sujeito que grava o show e que no dia seguinte colocará à venda o CD com a apresentação, de modo que o fã possa continuar se emocionando no conforto de seu lar.

Essa tradição é antiga. Ainda nos anos 90, Chiquinho da Discofran de Viçosa (CE) fazia suas gravações e as lançava em vinil. Com a chegada do CD e o consequente barateamento da gravação e reprodução, a moda pegou. Hoje em dia, praticamente todos os shows são gravados, no que pode ser classificado como institucionalização da pirataria, apesar de muitos não se considerarem pirateiros, mas divulgadores. Tanto que não é preciso pagar nada para a banda, basta um OK do dono da casa de shows e dos artistas.

Enquanto um Biquini Cavadão leva uma carreira inteira para lançar um disco ao vivo repleto de equívocos, os Aviões do Forró têm mais de duzentos "ao vivos" para download em sua comunidade no Orkut, todos relevantes, pois raramente o grupo repete músicas em seus shows. E a qualidade das gravações é surpreendente. Segundo Rodolfo Cezar, de Fortaleza, ela não depende apenas de quem grava. "Digo isso por experiência própria. O som da festa influi muito." Mas na grande maioria dos casos, a relação custo-benefício é satisfatória.



Como esse mercado está em plena ascensão, foi criada a Associação dos Gravadores, que exige um mínimo de dois anos de experiência e comprovação da qualidade das gravações. Gustavo Parente, de Salgueiro, Pernambuco, explica a importância da criação desse orgão. "O esquema foi criado a partir de uma discussão na comunidade 'Rede Forrozão N.1'. Com o gigantesco aumento das pessoas que se dizem gravadoras, os 'fulanos cds' que trabalham com profissionalismo se sentiram prejudicados por essa máfia nascida no Orkut. Sem um pingo de noção de áudio, esses caras se humilham só para ganharem alguns alôs durante o show e se acharem 'os estourados'." De acordo com a Associação, se o gravador for cadastrado, a qualidade é garantida.

Com a chegada do Orkut e a consolidação das redes sociais no Brasil, a distribuição das gravações deu um salto enorme. Os gravadores têm suas próprias comunidades, onde são tratados como autênticas celebridades, com direito a fãs e admiradores. A maioria dos gravadores da nova geração começou a trabalhar com isso em busca de fama, para ouvirem seus nomes nos shows e conquistar o prestígio dos amigos, para depois se profissionalizarem.

Convém frisar que esse hábito ainda está circunscrito ao norte do país. Quando artistas do sul vão se apresentar lá, não costumam permitir as gravações, com o velha e batido argumento da quebra de direitos autorais. Além de não evitar a pirataria, essa atitude burra impede os fãs de desfrutarem de performances únicas, que costumam ser feitas em momentos de especial inspiração.

Além da vantagem óbvia de usar a pirataria como divulgação, as bandas saem ganhando também na questão do teste de repertório. Todo artista sabe que no primeiro disco a escolha das músicas costuma ser mais fácil, porque a banda vem de um intenso período de shows e já sabe de antemão as músicas preferidas do público. A chamada "síndrome do segundo disco", que muitas bandas de rock enfrentam, deriva dessa deficiência do teste ao vivo.

Ao disponibilizarem seus shows em CDs que são vendidos logo após a apresentação, o teste do repertório ao vivo continua vai além do show. E ainda há o efeito multiplicador de que, além da pessoa que adquiriu a cópia, outras pessoas ouvirão as músicas e banda ganha um feedback perfeito. Tão perfeito que ao entrar no estúdio para gravar o próximo disco oficial, já sabe qual o setlist preferido pelos fãs.

No final todo mundo sai ganhando. Artista, vendedor de CD e público. É o tipo da coisa que dá certo quando se tem uma atitude pragmática e respeito mútuo entre produtor e consumidor, pois no final das contas, são pessoas lidando com pessoas. É como Victor, da dupla Victor & Leo, afirmou em entrevista recente: "Não enxergamos fãs, enxergamos pessoas e cada pessoa tem sua história de vida, suas vitórias, seus traumas, suas virtudes. Quando estamos diante de uma multidão, sabemos que cada pessoa ali pagou um ingresso para nos assistir, se deslocou de casa ou do trabalho e veio em busca de emoção. Não há uma multidão, mas milhares de 'cada um'".

PS do Timpin.: Deixo aqui meus efusivos agradecimentos a Flaviane Torres do blog do muido, cuja ajuda foi fundamental para a elaboração desse texto.

Comunidade do Gustavo CDs

Comunidade do Rodolfo CDs

Podem baixar à vontade, que é tudo legal.



originalmente publicado no site Bis

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Britney Spears - Gimme More versão TECNOBREGA

Brit se acabando no ritmo paraense

sábado, 2 de maio de 2009

Tem socialite no funk

por Melina Dalboni

A mais nova funkeira do Rio não vem dos morros. Cunhada de João Gilberto e filha do conhecido dentista Olympio Faissol, a cantora Heloísa Faissol anda fazendo sucesso no Youtube com a música "Dou pra cachorro". Aos 38 anos, depois de ter sido estilista, acrobata, atriz, pintora e bailarina, a socialite resolveu cantar funk safadinho, chocando a família e o high society.

- Estou sem falar com minha família desde o ano passado. Tenho um irmão diplomata que está achando que eu estou doente - conta, às gargalhadas.

Heloísa vem sendo chamada de a nova Narcisa Tamborindeguy, de quem ela até admira a "autenticidade", mas acha que falta pé no chão. O outro apelido é Heloísa Quebra-Mansão.

Mas, por que agora a música? Por causa do Chico Buarque, ela exclama. Na tentativa de conquistá-lo, Heloísa escreveu textos, cartas, poemas, músicas e pintou quadros. Sua última cartada foi arriscar um rap: "Miau, miau, miau, pode até fazer au-au, pois só vou me sossegar quando eu te conquistar".

- Quando conheci o Chico, eu o admirei muito. Além de ser um grande artista, ele é ótimo pai, respeita a ex-mulher, é encantador, ético, ajuda outros artistas, ajuda os pobres, daí fiquei meio obcecada por ele. Tive até que fazer terapia porque minha vida parou - conta.

Admiradora de Preta Gil, Rita Lee e Carla Bruni, a funkeira que só tem "Dou pra cachorro" atualmente no repertório, atrai críticas. O DJ Marlboro disse que entende "quando os meninos da comunidade lançam músicas pornográficas, apesar de não concordar", mas uma patricinha ele não aceita porque "é muita queimação de filme para o funk". Por outro lado, Heloísa recebe o apoio de Tati Quebra-Barraco, com quem pensa em gravar.

- Por causa dessa música, ficam falando que eu sou burra. Mas deixa pra lá, um dia eu vou mostrar minhas outras letras, que falam de política, amor, crise, drogas - diz, enquanto fuma um... Marlboro.

Ela gostaria de gravar um CD e se apresentar no Via Show:
- Com a música, eu me encontrei. Não tenho dinheiro para fazer um CD agora, mas não vou desistir, mesmo sem o apoio da família.

Seu filho, João Artur, de 12 anos, entende o trabalho, ela diz.

Desde que começou a cantar seu primeiro e por enquanto único funk (Versão original: "Tô fervendo, tô no ponto, eu dou no primeiro encontro/ Se você for tarado, vem que eu gosto do babado"), as relações com a família estremeceram:
- Minha mãe mandou um recado de que me perdoou. Mas, de quê? Eu não matei, não roubei, não traí, não menti, mas eles não compreendem meu trabalho. Meu pai é um que vem com um discurso moralista.

João Gilberto, pai de sua afilhada Luisa Carolina - filha de sua irmã, Cláudia Faissol - também parece não aprovar.

- Soube que ele disse "A Lolozinha está muito doente. Precisa ser tratada". Ficou horrorizado - conta - Mas o João é um amor.

A carioca, que agora frequenta o Morro da Babilônia, no Leme, quer distância das "festas chatas" e dos "papos fúteis".
- O high society é falso. As pessoas mais simples falam na lata: "O cara transava mal pra caramba, parecia uma britadeira". As socialites dizem, com um sorrisinho: "Ai, ele é um amor". Às vezes, nem transam, nem gozam, mas têm que representar aquele personagem lady.

Depois de ser chamada de "Helouca" pelos antigos amigos, ela decidiu só andar com artistas e a turma da comunidade.

Formada pela Escola Suíço-Brasileira, em Santa Teresa, Heloísa estudou com Letícia e Tonico Monteiro de Carvalho, Marisa e Maria Rita Magalhães Pinto e Jaqueline De Botton. Aos 17 anos, foi morar em Paris, onde se formou em moda pela Esmod. Quando voltou ao Rio, resolveu abrir um ateliê, que durou pouco mais de um ano. Então estudou marketing, acrobacia, circo, pintura e namorou Duda Lacerda Soares, Andy Lundgren, João Pellegrino e o editor Charles Cosac.

Hoje, apesar de cantar para quem quiser ouvir que dá pra cachorro, conta que "está na seca".
- Eu adoraria estar dando pra cachorro porque quem dá pra cachorro deve estar feliz. Mas eu sou muito romântica. Escrevi essa letra inspirada numa amiga que estava dando mole para todos os homens num bar, e no Nietzsche, meu cachorro, que ficava trepando na perna de todo mundo que ia lá em casa.

A música que toca nas rádios é uma versão mais light da que roda na internet. Os DJs acharam o funk pesado demais e pediram uma letra mais leve.
- A maioria das pessoas para quem eu mostro a música cai na gargalhada. É quase uma coisa infantil, é lúdica, debochada.

Heloísa tem na gaveta o "Funk da galinha": "Cócórócócó, vem, me roça o fiofó/ Cócórócócó, te dou mole, dou sem dó".

Resta saber se as rádios vão pedir uma versão mais leve...

fonte: O Globo

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