O Rock Nacional Morreu e teve show Sertanejo no Enterro

O sertanejo substituiu o rock como a música consumida pela juventude brasileira. Se esta frase fosse escrita no começo dos anos 90, seria considerada ficção escatológica, mas na atualidade é a mais Pura Realidade.

Exaltasamba Anuncia Pausa na Carreira

Depois de 25 Anos de uma Carreira Brilhante e de Muito Sucesso, o Grupo Exaltasamba anuncia que vai dar uma 'Pausa' na Carreira.

Discoteca Básica - Aviões do Forró Volume 3

O Tempo nunca fez eu te esquecer. A primeira frase da primeira música do Volume 3 do Aviões doForró sintetiza a obra com perfeição: um disco Inesquecível.

Por um Help à Música Sertaneja

Depois de dois anos, João Bosco e Vinicius, de novo conduzidos por Dudu Borges, surgem com mais um trabalho. Só que ao invés de empolgar, como foi o caso de Terremoto, o disco soa indiferente.

Mais uma História Absurda Envolvendo a A3 Entretenimentos

Tudo começou na sexta-feira, quando Flaviane Torres começou uma campanha no Twitter para uma Espécie de flash mob virtual em que os Fãs do Muído deveriam replicar a Tag #ClipSeEuFosseUmGaroto...

terça-feira, 11 de junho de 2013

Eu e a Nay e a Nay e eu

Foi Deus quem colocou a Nayara no meu caminho. Estava a dias pesquisando por cantoras de tecnobrega no Facebook, para indicá-las ao Bruno Mafra, da Bruno e Trio de Belém. Foi então que numa manhã de domingo simpatizei com uma foto dela e compartilhei da seguinte forma:

"Eu sou fã da Nayara Gomes!"

Eis a foto abençoada por Deus

Era a mais pura e cristalina mentira. Nunca tinha ouvido falar nela e não fazia a mínima idéia de quem era. Depois do compartilhamento ela veio puxar assunto no pate papo. Daí me vi obrigado a entrar no perfil dela e inteirar da situação, para não pagar mico. Foi aí que vi que ela era cantora. Foi aí que vi que ela era compositora.

A empatia entre a gente foi instantânea, passamos o resto do domingo conversando. Fomos dormir altas horas da noite, como se durante aquele domingo estivéssemos tirando o atraso de uma vida inteira. Eu fico até bolado de escrever esse tipo de coisa, ser piegas não cola bem em um cara que se intitula Timpas Cadelão, mas a Nay é encantadora, fiquei completamente de quatro por ela: é linda, inteligente, espirituosa, bem humorada e com uma sensibilidade artística à flor da pela.

Como ela é iniciante e não tem apoio nenhum, de ninguém além do tio que a hospeda em Belém, decidí ajudá-la no que puder e investir nela o quanto puder. Fiz um blog oficial e é com muito orgulho venho linkar aqui no Cabaré. Agora sou empresário e diretor artístico dela. Cliquem no link abaixo e conheçam a futura estrela.

Nayara Gomes - Uma cantora multifuncional 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Crise no mercado do tecnobrega DETECTED

Gaby Amarantos vai se apresentar no Festival cinema de Cannes, na França. Gang do Eletro está com seus disco de estréia lançado pela gravador Deck e está aparecendo em diversos programas de mídia de alcance nacional. Marlon Branco vai aparecer no programa da Fátima Bernardes. Isso significa que o tecnobrega está em alta, certo? Errado. Essa impressão não poderia ser mais errada. O tecnobrega está em crise. O tecnobrega está sangrando em uma hemorragia que pode lhe ser fatal.

Para que você, nobre leitor que não é do mercado do tecnobrega do Pará ou que não more no estado, possa entender o que está acontecendo, observe com atenção as duas imagens abaixo. Uma é o anúncio de uma nova casa de shows em Belém, outra é a capa de uma coletânea, produzida por um DJs da mesma cidade. Tente observar com atenção as imagens e tentar descobrir o que há de errado, muito errado nelas





Descobriu? Não? então me diga, onde estão os nomes das bandas. Uma é uma casa de shows, cadê as bandas que farão esses shows? Outra é uma coletânea de músicas, cadê as bandas que produzirão essas músicas?

Em 2009 a Fundação Getúlio Vargas encomendou um estudo sobre como funcionava - e funcionava bem, para todos os envolvidos - o mercado do tecnobrega. O estudo resultou no livro chamado Tecnobrega - O Pará reinventando o mercado da música, organizado pelo jornalista Ronaldo Lemos. O livro pode ser baixado aqui. Quatro anos depois esse mercado está em ruínas. Perdeu-se por completo o equilíbrio que tanto encantou a equipe de pesquisa da FGV.

Hoje em dia, na equação Rádios/Aparelhagens/DJs de coletâneas/Bandas, as bandas são as que tem menos moral. Além de terem que exaltar as aparelhagens nas letras das músicas, ainda tem que pagaram para suas músicas serem tocadas na festas. Já as rádios praticamente sempre foi mais ou menos assim, com o famoso jabá. Pra completar de complicar ainda mais a situação, os DJs estão se achando na condições de fazerem exigências para as bandas.

Capa da coletânea do Pith Batidão - Fazendo a coisa certa, dando nomes aos bois

Ontem o produtor Pith Batidão abriu um tópico em seu perfil do Facebook pedindo para que os DJs colocassem nas capas de suas coletâneas, além do nome das músicas, também o nomes das bandas. Até porque muitas músicas tem nomes iguais, o que dificulta até a vida do ouvinte. Ressalte-se que foi uma crítica construtiva, tentado ajudar os DJs a melhorar ainda mais seus produtos. Pois não é que eles aproveitaram a oportunidade de saírem do armário e com isso deixarem sair também uma cacetada de esqueletos.

Eles em peso alegaram que se as bandas quiserem ter "essa moral" também deveriam "dar moral" e gravar para eles, de graça!, vinhetas com seus nomes para colocarem nas coletâneas. Com toa a mais absoluta certeza esse é o fim da picada, o último grau do desequilíbrio. A ferida mortal no mercado do tecnobrega.

Esse assunto não se encerra com essa postagem. Tem muito mais coisas a serem ditas sobre o atual mercado do tecnobrega. Arrisco a dizer que nos últimos anos nosso blog foi o único espaço em que o tecnobrega foi noticiado e discutido com seriedade e respeito. Continuaremos com essa missão. Esta é apenas a primeira postagem de uma série. Espero que com o feedback que possivelmente teremos após a publicação deste texto, mais fatos venham a tona e sejam amplamente discutidos, na esperança de se encontrar uma solução para essa crise, que com certeza não será simples, mas esperamos que possível

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Crise na Musica Sertaneja: DETECTED

Parece que a Era de Ouro da musica sertaneja acabou. Marcus, no Blognejo declara com todas as letras:

"Parece ser um consenso geral no meio sertanejo que 2013 anda estranho. Depois da avalanche de investimentos nos últimos dois anos (principalmente no ano passado) em cima dos mais diversos artistas, em 2013 parece que a realidade mudou um pouco. A imensa maioria dos escritórios pisou no freio, fechou o velcro da carteira e preferiu deixar de gastar tanto quanto havia gastado nas temporadas anteriores."
(Fonte:  http://blognejo.com.br/destaques/e-o-dinheiro-cabo)



No mesmo texto ele afirma que no ano passado foi convidado para cobrir 31 eventos, a maioria gravações de DVDs, e este ano, até agora, só foi convidado para quatro. No decorrer de sua postagem ele tenta minimizar a crise, mas a verdade é que ela é real. Uma rápida olhada pela lista do site Hot100Brasil e pode-se constatar que os artistas sertanejos estão sumindo do rancking das cem musicas mais rocadas no país. Medalhões como Victor & Leo não estão na lista. Fernando & Sorocaba e Bruno & Marrone ocupam posições pífias.

A questão é: porquê isso isso está acontecendo? A resposta é: o erro por parte de artistas, empresário e produtores em investir em músicas para baladas. Público de balada gosta do que está na moida e o que está na moda, é passageiro. O sertanejo moderno deixou de ser uma tendência para se transformar em moda. Até artistas que pensavam em termos de carreira, como Fernando & Sorocaba, com forte conteúdo autoral e tendo o próprio Sorocaba como um ótimo produtor, chamaram Dudu Borges para produzí-los.

Dudu Borges é um cara que tem uma grande responsabilidade por esta crise da musica sertaneja. Inicialmente ele trouxe ares de renovação ao gênero. Concebeu o sensacional "Curtição" de João Bosco & Vinicius, consolidando a tendência pop que Ivan Miyazato tinha  inaugurado com suas produções. Em seguida Dudu chegou ao seu ápice criativo com "Aí já era" de Jorge & Mateus. Toda obra-prima impõe um dilema ao seu criador, qual caminho a seguir depois dela. O momento de sua decisão errada é facilmente identificável,  a música "Ai se eu te pego", de Michel Teló.

A música estourou nas rádios, nas balada e no mundo inteiro. Coisa nunca  vista e nem prevista. a dimensão do sucesso dela fez a manda inteira atravessar essa porteira e seguir por este caminho: músicas para baladas. Dá pra contar nos dedos os artistas que mantiveram sua linha: Victor & Leo, João Carreiro & Capataz, Bruno & Marrone e mais uns poucos gatos pingados.

Eu e meu amigo Yago Boufleuer, do blog Caipira de Prédio damos o alerta no momento em que "Ai se eu te pego" tinha sido lançada. Chamamos de Julho Negro da Música Sertaneja.  No blog do Yago o título da postagem foi "Sertanejo: assim você se mata". No meu blog fui alé e fiz uma lista dos 10 maiores equívocos musicais lançados naquele ano, com o título de "Troféu ASSIM VOCÊ ME MATA com as músicas sertanejas mais constrangedoras lançadas em 2011" Era um ranking e o primeiríssimo lugar foi pra música de Michel Teló.

Essa crise é irreversível? Não podemos afirmar. Talvez seja este o tão aguardado momento em que a música sertaneja vai dar seu salto de qualidade, que a elevará a um patamar mais elevado. Costumo muito fazer a comparação do sertanejo, que é a música da geração jovem de hoje, com o rock nos anos 60. No caso do rock naquela época o evento catalizador foi o encontro de Bob Dylan com John Lennon. Depois desse encontro os Beatles passaram a lançar discos com aspirações artísticas, além das aspirações puramente pop.

Ao infinito e o além, meus camaradas sertanejeiros, botem suas caixolas para funcionar e vamos sair deste lamaçal!!!

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