Bom Galera, meu Nome é Lucas Almeida e a partir de agora vou postar aqui no Blog assuntos relacionados ao Forró, pois sou simplesmente apaixonado pelo Ritmo Tradicionalmente Nordestino, mas vamos deixar de papo mole e irmos direto ao que interessa. O Forró Estilizado ou Eletrônico é o nome dado ao Movimento do qual fazem parte bandas como Aviões do Forró, Garota Safada, Magníficos, Mastruz com Leite, Limão com Mel entre muitas outras.
Ele recebe esse nome devido a utilização de instrumentos elétricos, tais como a Guitarra e o teclado. Até o começo dos anos 90, os instrumentos citados anteriormente não eram usados pelos grupos de Forró da época, que ainda seguiam a linha do saudoso Luiz Gonzaga, o eterno Rei do Baião. Em 1990 surgiu a banda que deu início a revolução fonográfica da música nordestina, que futuramente faria o ritmo romper barreiras nunca antes imaginadas. A Banda era à Mastruz com Leite, pioneira no segmento do Forró Estilizado. Graças a visão empreendedora do empresário Emanuel Gurgel, o Forró ganhou novas batidas e arranjos muito mais refinados.
É bastante comum escutar de algumas pessoas adeptas do Forró Tradicional os seguintes dizeres em relação ao Forró Estilizado: "Isso não é Forró","Forró tem que Falar sobre os Problemas dos Nordestinos", "Quem já se viu Substituir a Sanfona pelo Teclado". Na minha opinião isso é um ponto de vista muito arcaico por parte dos seguidores do Forró Tradicional. E outra coisa interessante é que muitos acham que a sanfona é substituida pelo Teclado. Quem entende de Forró sabe que todas as Bandas de Forró Estilizado usam de 1 á 3 Sanfonas de uma vez em cima do Palco, e outras ainda utilizam Zabumba e Triângulo em suas apresentações.
Portanto caro leitor, o que estamos presenciando em relação ao Forró Estilizado nada mais é do que preconceito, que pode ser comparado ao que Roberto Carlos sofreu no início da Jovem Guarda.
17 comentários:
Lucas, em Natal-RN chamam o forró estilizado de "Forró de plástico". Outra coisa o forró estilizado não substitui nenhum instrumento, apenas inclui mais instrumentos para uma maior riqueza da harmonia :)
Coutinho tô Ligado nessa Parada do "Forró de Plástico". Mas isso aí é reflexo da Declaração Infame do tal Chico César que provavelmente estava incomodado com seu próprio esquecimento no meio musical. Mas se você leu as últimas notícias, ele já está tentando apagar a polêmica de suas Declarações. Mas engraçado que é Forró de Plástico, mas a Galera vai pra festa e passa a Noite Inteira Dançando Forró e se Divertindo. Agora se não Fosse esse Novo Tipo de Fazer Forró, o Ritmo não teria conquistado o Público Jovem e consequentemente já estaria completamente esquecido na Mídia, se não fosse alguns poucos artistas como Dominguinhos e Elba Ramalho que raramente aparecem na TV. O que acontece é que a Mentalidade de algumas pessoas ainda não acompanhou a evolução do Mundo, e ainda estão paradas em uma época que a Censura era um empecilho para a Liberdade de expressão.
Abraços
tem quem goste, mas, zabumba, triangulo e 3 sanfonas, mal se ouve...
André Natal/RN
Aí é que você se engana. Bandas Como Forró do Muído, Boca a Boca, Toca do Vale, Solteirões do Forró, Forró do Bom entre muitas outras, é bastante perceptível o som da Sanfona, Triângulo e Zabumba. Já outras Bandas como Aviões do Forró, Forró Real, Forró dos Plays, Saia Rodada não usam Zabumba e Triângulo, porém o som da Sanfona é Bastante Evidente.
Lucas que eu saiba nos ultimas apresentações do Rei do Baião ele já estava utilizando de contra-baixo e guitarra nas suas apresentações, isso eu vi no DVD que tem a ultima apresentação do rei, que foi lançado pela Som Livre...
Não vejo uma unica graça naquelas bandas pé de serra a não ser dança-lás.
Pra mim é bem diferente o estilo da era mastruz pra essa, muito diferente por exemplo mastruz tem em suas musicas letras que falam sim de sertão e do nosso nordeste, as bandas de hj não falam sobre isso lembrando que mastruz continua com o msm estilo de fazer forró, inclusive lançou um cd nesse ano que se chama VAQUEJADA E FORRÓ, com letras bem sertanejas......pra mim tem que se ter cuidado com as comparações, e outra o forró do muido tem zabumba mais ja´sanfona pouco se ouve, todos as introduções são feitas pelo sax......e a batida das bandas atuais parece mais é swingueira bahiana
“Forró” eletrônico e seus inconvenientes.
“Forró” eletrônico contemporâneo e seus inconvenientes.
O chamado “forró” eletrônico contemporâneo (entre aspas por vários motivos que o tornam um não-forró) divide opiniões em todo o Nordeste. Tendo seu auge na segunda metade da década de 2000, esse ritmo ora é apreciado por jovens como um incentivo à curtição oba-oba, desregrada e desinibida da juventude ora é pesadamente criticado por incentivo à promiscuidade e perversão sexuais, banalização da traição, apologia do alcoolismo, coisificação feminina e louvor a um hedonismo irresponsável.
Cabe mostrar aqui por que tanta gente reclama do estilo e de sua popularidade e deseja tanto o fim de sua hegemonia na música nordestina. Esse que, por conveniência, chamarei aqui de FF – Falso Forró – merece muito mais debate do que há hoje e necessita de abordagens éticas, educacionais, sociológicas e antropológicas. Textos como este contribuem para a incitação dessa discussão entre a sociedade.
Os ouvidos dos nordestinos, ao longo dos últimos anos, vêm sendo sacudidos, desejada ou indesejadamente, por versos de efeito-chiclete como “Chupa, chupa, chupa que é de uva”, “Abre, abre, abre-abre-abre”, “Piri-piri, piri-piri, vamo beber, vamo beber”. Muitos adoram e celebram os prazeres sexuais da juventude que por tanto tempo foram reprimidos pela tradição católica nordestina e liberados pela superação das velhas normas sociais repressivas.
Por outro lado, tantos odeiam o ritmo, por uma série de motivos que fazem dele um veículo de comportamentos libertinos e até nocivos. Vale descrever os pontos mais criticados do FF:
a) Apelo sexual e apologia ao sexo irresponsável
Seja pelas letras de pornografia implícita ou escancarada – em que são exaltadas as delícias do sexo e posições sexuais como sexo oral, abertura de pernas e até a penetração –, pelo figurino sumário das dançarinas, vestidas com “pedaços de pano” que por pouco não deixam de cobrir suas partes íntimas, ou mesmo pelo comportamento dos cantores no palco, o tema pornográfico é muito frequente. É, aliás, um dos pilares temáticos do FF. São corriqueiras também as danças sensuais e os gemidos eróticos de vocalistas femininas.
Também destaca-se a irresponsabilidade da forma como o sexo é abordado no FF, com a falta de dedicação à segurança da camisinha e a cativação de um público adolescente que ainda está aprendendo suas primeiras noções sexuais. Os efeitos esperados da pornografia musical do ritmo são uma maior ferveção juvenil por sexo e um grande aumento da suscetibilidade de adolescentes à maternidade/paternidade indesejada e à transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.
A sexualidade do FF não seria um problema preocupante se o estilo não tivesse grande parte de uma geração adolescente como público-alvo e não induzisse tantos jovens na flor da idade (entre 13 e 24 anos) ao sexo irresponsável e inconsequente que gera filhos(as) indesejados(as) e propaga patologias.
b) Exaltação à prostituição
Os cabarés “pegam fogo” e jovens homens dirigem caminhonetes cheias de prostitutas – essa é a segunda parte da temática relativa ao erotismo no FF. Não seria intrinsecamente um mal se não incomodasse tantas pessoas que, adotando determinados valores culturais de moral e decência, acabam “obrigadas” a ouvir o que não gostam – apologias ao sexo pago – por causa do alto volume dos carros dos curtidores do estilo, se não cantasse a prostituição de forma a induzir à libertinagem e à irresponsabilidade sexual como é feito na maioria das músicas com esse tema e se não se concentrasse na prostituição feminina.
É, aliás, o fato de haver apenas prostitutas mulheres nas músicas um dos ingredientes da misoginia moral característica do ritmo, a qual transforma moças em brinquedos sexuais, como exposto no próximo ponto.
c) Misoginia moral e machismo
Há uma relação de dominação sexual do homem sobre a mulher em muitas canções do FF: as mulheres são cantadas como nada mais que brinquedinhos de sexo usados pelos “safados”, “gostosões” e “garanhões” nas horas “quentes”. Elas, sendo ou não prostitutas segundo as letras, são concubinas de sexo e eles, seus parceiros, são os comandantes da cama. Tem destaque a música “Lapada na Rachada”, que fez sucesso em 2006, em que a vocalista, entre gemidos, diz “Sou sua cachorrinha”.
Em tempos de avanços na diminuição da desigualdade de gêneros e do regime social do machismo, a reanimação desse comportamento não poderia ser pior e mais interferente, uma vez que atrapalha muito a afirmação da mulher como pessoa independente, sexualmente assertiva, senhora de si mesma e ávida por respeito e reconhecimento de sua dignidade perante os homens.
O machismo do FF também é uma investida contra a dignificação feminina porque ajuda a manter uma cultura discriminatória, em que o homem que “pega” muitas mulheres é o “garanhão”, o “gostosão” e a mulher que se relaciona com muitos rapazes é vista como “cachorra”, “vagabunda” e outras desqualidades mais, e fomenta o desejo sociocultural do homem de se afirmar como dominante sexual, deixando em última análise uma situação macrossocial mais suscetível à ocorrência de estupros.
d) Incentivo à infidelidade, banalização da traição conjugal, desvalorização do amor
Muitas bandas descrevem como fundamentos temáticos do ritmo “cachaça, mulher e gaia”. A última nada menos é do que o “chifre”, a traição conjugal. O amor fiel, o romance e o namoro respeitoso foram escanteados na cultura juvenil que o FF ajudou a erguer no Nordeste.
As letras que falam como é “bom” trair o(a) parceiro(a) vêm influenciando significativamente o comportamento amoroso dos jovens. Não há pesquisas sociais largamente disponíveis sobre o assunto, mas alguém que convive com admiradores desse estilo musical constatará que é quase generalizado que o curtidor de FF tenha tido uma ou mais relações amorosas paralelas ao seu namoro, ainda que breves.
Poderia ser apenas uma mudança inofensiva de costume social em que a dedicação a uma única pessoa fosse substituída pela divisão consentida do indivíduo entre o namoro principal e relações conjugais efêmeras paralelas. Mas isso não parece ter acontecido, uma vez que muitos dos relacionamentos em que traições foram descobertas desintegram-se em conflitos, na degradação dos sentimentos mútuos e no rompimento definitivo entre os companheiros.
e) Apologia ao alcoolismo
O alcoolismo social tornou-se ainda mais forte entre a juventude nordestina com a ascensão do FF nas rádios e palcos da região. A própria embriaguez é cantada como algo “bacana”, como sendo “o máximo”. Beber cerveja ou cachaça até cair é praticamente uma ordem dada por muitas canções, com destaque para as músicas “Piri-piri, vamo beber, vamo beber” e “Beber, cair e levantar”, que fizeram sucesso em 2007 e 2008.
As consequências esperadas para a exaltação do consumo imoderado e irresponsável de bebidas alcoólicas são as piores possíveis, incluindo-se o estímulo ao aumento dos acidentes de trânsito envolvendo motoristas bêbados e da violência doméstica cometida por homens ou mulheres nessa condição.
f) Parceria com vaquejadas
Canções exaltando a cultura das vaquejadas, eventos ditos “esportivos” que lançam mão da crueldade contra animais (bois e cavalos) para acontecer, são mais raras no FF, mas há uma parceria fiel entre bandas desse estilo e tais atividades. Atualmente, no cronograma de qualquer vaquejada, há shows com a presença desse ritmo. É uma aliança em que os ataques à moralidade somam-se às agressões contra bichos.
***
Saem ganhando as bandas (e seus empresários), que obtêm muito dinheiro no faturamento dos shows e nos patrocínios; as indústrias de bebidas alcoólicas; os donos de bares e os organizadores de vaquejadas. Saem perdendo os namoros, noivados e casamentos; as famílias que sofrem – muitas vezes com perda de vidas – com acidentes de trânsito ou violências domésticas; os valores do amor, do respeito conjugal e da fidelidade; as mulheres e sua dignidade; e os animais.
Pergunta-se muito: o que se pode fazer para parar as consequências do avanço do Falso Forró sobre a juventude nordestina? Como será possível curar as feridas socioculturais infligidas? Como se conseguirá implementar, depois de anos de domínio desse ritmo nos rádios e na cabeça dos jovens, uma cultura de respeito, responsabilidade e consciência? O tempo vai dizer como essas perguntas serão respondidas.
Por enquanto, muito pouco ainda vem sendo feito para coibir os abusos do FF, destacando-se a iniciativa da Prefeitura de Caruaru de proibi-lo nas festas juninas de 2009 e liberar apenas forró pé-de-serra e o forró estilizado mais tradicional, com letras moderadas. A discussão de novas ações de hoje em diante é muito necessária entre sociólogos, educadores, músicos, jovens e outras categorias interessadas na correção dos problemas que o ritmo aqui abordado vem causando.
Autor: Robson Fernando.
Sou nordestino, alagoano de nascimento, tenho 36 anos: Sou adepto do forró tradicional, pela herança cultural nos deixada por luíz gonzaga,jackson do pandeiro, lindú e seu trio nordestino. Já em relação ao forró eletrizado,apenas algumas bandas cultivam o tradicional forró, a maioria é mulher nua no palco, que diga aviões do forró. Ah pobres sem cultura.
Luan e Forró Estilizado é TOP!!!!!!!!
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏Mastruz com leite, ainda fala sobre o nordeste, vaqueiro, Fazenda,Cavalo e Gado e principalmente fala de AMOR. Não essas de hoje.
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